Máquinas e equipamentos apreendidos pela Polícia Federal durante a Operação Curimã II no garimpo do Cipoeiro, em Centro Novo do Maranhão

A Polícia Federal deflagrou, nesta semana, a Operação Curimã II, que teve como alvo o garimpo do Cipoeiro, localizado na zona rural de Centro Novo do Maranhão. A ação contou com o apoio do IBAMA e de forças táticas especializadas, com o objetivo de encerrar atividades de extração ilegal de ouro e crimes ambientais na região.

Durante a operação, foram apreendidas e inutilizadas máquinas e motores utilizados no garimpo clandestino. Entre os equipamentos, estavam duas pás-carregadeiras, sete PCs, um trator e dois caminhões caçamba, além de diversos motores que serviam para movimentar a estrutura criminosa.

A Polícia Federal destacou que os responsáveis pelo garimpo atuavam em área de preservação, causando impactos ambientais severos, como destruição da vegetação, poluição de rios e contaminação do solo. Os equipamentos inutilizados e apreendidos impedem a continuidade da atividade ilegal.

Além das ações ostensivas no garimpo, a operação cumpriu três mandados de busca e apreensão em residências de investigados. Os alvos são suspeitos de envolvimento em crimes de extração ilegal de minerais da União e de crimes ambientais previstos em lei.

A operação mobilizou equipes do Comando de Operações Aéreas (CAOP), do Grupo de Bombas e Explosivos (GBE), do Grupo de Pronta Intervenção (GPI), além do Centro Tático Aéreo (CTA) e do IBAMA, reforçando a dimensão da ação integrada.

De acordo com a PF, os elementos coletados no local configuram crimes previstos no artigo 2º da Lei 8.176/1991, que trata da usurpação de bens da União, e no artigo 55 da Lei 9.605/1998, que tipifica crimes ambientais relacionados à lavra sem autorização legal.

O garimpo do Cipoeiro já era alvo de monitoramento há meses, com o uso de imagens de satélite e laudos periciais que comprovaram a destruição ambiental. Os investigadores também devem ouvir depoimentos de suspeitos e testemunhas para aprofundar a apuração.

Segundo a Polícia Federal, a extração ilegal de ouro não apenas lesa os cofres da União, como também alimenta redes criminosas que lucram com a degradação do meio ambiente e a exploração descontrolada dos recursos naturais.

As operações de combate ao garimpo ilegal são consideradas estratégicas para reduzir a atuação de grupos criminosos que atuam no interior do Maranhão e de outros estados da Amazônia Legal.

Com a Operação Curimã II, a expectativa das autoridades é de frear os danos ambientais e responsabilizar criminalmente os envolvidos. As investigações seguem em andamento e novas fases não estão descartadas.