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Carbono Oculto: a megaoperação que ligou PCC, combustíveis, fundos e fintechs em um esquema bilionário de lavagem

A maior ofensiva recente contra o crime organizado no Brasil revelou um esquema sofisticado de lavagem de dinheiro que envolvia postos de combustíveis, fundos de investimento da Faria Lima e fintechs que funcionavam como “bancos paralelos” para a facção criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC). Batizada de Operação Carbono Oculto, a ação foi deflagrada pela Polícia Federal em parceria com a Receita Federal e o Gaeco, com mais de 300 mandados cumpridos em 12 estados e o bloqueio de cerca de R$ 2,5 bilhões em bens e ativos.

O nome da operação não é por acaso: remete ao uso do setor de combustíveis — altamente lucrativo, com grande circulação de caixa e facilidade de emissão de notas frias — como fachada para movimentar recursos ilícitos. A investigação mostrou que o dinheiro do crime, inicialmente em espécie, entrava em redes de postos e, a partir daí, era disfarçado por meio de notas fiscais fictícias. Esses valores eram então aplicados em fundos de investimento, como FIDCs, dando aparência de legalidade às transações. Em paralelo, fintechs e carteiras digitais facilitavam a pulverização dos recursos, permitindo transferências rápidas, inclusive para criptoativos, sem chamar atenção imediata das autoridades.

O caso escancara uma faceta pouco debatida: o PCC já opera como uma corporação financeira, capaz de manipular mecanismos legítimos do mercado para lavar dinheiro em escala bilionária. O modelo identificado pela Carbono Oculto conecta diretamente o crime organizado à elite financeira e tecnológica, criando uma pressão inédita sobre reguladores e sobre o setor de inovação.

Não por coincidência, no mesmo período da operação, a Receita Federal publicou uma Instrução Normativa que equipara fintechs a bancos tradicionais em termos de obrigação de reporte. A partir de agora, essas empresas terão de enviar dados de clientes e movimentações para o sistema e-Financeira, o mesmo usado pelas instituições bancárias para monitorar e prevenir crimes financeiros. Isso significa mais custos de compliance para startups financeiras, mas também mais proteção para clientes e investidores. Na prática, acaba o “vácuo regulatório” que permitia que carteiras digitais e plataformas de pagamento circulassem recursos sem a mesma vigilância dos bancos.

A megaoperação, porém, não ficou restrita ao campo policial e econômico: virou também palco de disputa política. O presidente Lula exaltou a força da ação integrada e reforçou a importância da Receita no desmonte do esquema. Já o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, destacou a atuação do Gaeco e da polícia estadual, insinuando que o protagonismo era paulista. Nos bastidores, a briga é clara: quem ficará com o crédito político por expor um esquema que mexe com o crime organizado, o setor financeiro e a imagem internacional do Brasil.

O impacto da Carbono Oculto vai além do noticiário criminal. Ao revelar como o PCC se apropriou de mecanismos sofisticados de finanças, a operação pressiona o sistema regulatório, desafia a credibilidade de fundos e fintechs e reacende a discussão sobre os limites da inovação financeira. De um lado, mostra a capacidade de adaptação do crime organizado; de outro, força uma resposta mais dura do Estado e um reposicionamento das empresas que atuam no setor.

Em meio a bilhões bloqueados, dezenas de empresas sob suspeita e a nova norma que muda o jogo para as fintechs, a Carbono Oculto já se consolida como um divisor de águas. Mais do que um caso policial, é um alerta: no Brasil, o combate ao crime organizado passa, cada vez mais, pelo rastreamento do dinheiro que circula dentro da economia formal.

PF deflagra operação contra crime organizado no setor de combustíveis; Receita identificou irregularidades em postos do Maranhão

A Polícia Federal deflagrou nesta terça-feira (26) uma grande operação para combater o crime organizado no setor de combustíveis. A ação contou com apoio da Receita Federal, que identificou irregularidades graves em postos de combustíveis no Maranhão.

Segundo informações, os alvos da operação estariam ligados a um esquema de fraude fiscal e sonegação, que teria movimentado milhões de reais. O objetivo da PF é desarticular grupos que atuam de forma estruturada para manipular o mercado e lesar os cofres públicos.

As investigações apontam que o esquema envolvia não apenas a adulteração e comercialização irregular de combustíveis, mas também práticas de lavagem de dinheiro. O trabalho conjunto entre Receita e PF buscou cruzar dados financeiros e fiscais para aprofundar a apuração.

No Maranhão, a Receita Federal constatou indícios de irregularidades em postos de combustíveis, levantando suspeitas sobre a atuação de empresas locais. Essa constatação reforçou a necessidade da ação coordenada, que também atinge outros estados.

A operação mobilizou dezenas de agentes federais e auditores fiscais em diferentes cidades, com o cumprimento de mandados de busca e apreensão. A medida visa coletar provas e documentos que possam confirmar a extensão da atuação do grupo criminoso.

O impacto do esquema no setor é considerado significativo. Além das perdas financeiras para a União, consumidores também acabam sendo prejudicados, já que irregularidades no comércio de combustíveis afetam preços e a qualidade do produto entregue ao público.

Autoridades destacam que operações desse tipo são essenciais para garantir justiça fiscal e a livre concorrência. Empresas que cumprem suas obrigações acabam sendo penalizadas pela ação de concorrentes desleais, o que desequilibra o mercado.

A Receita Federal informou que a fiscalização segue em andamento e que outras empresas podem ser incluídas nas investigações. Já a Polícia Federal reforçou que a operação busca não apenas punir, mas também desmantelar toda a estrutura criminosa.

O caso tem gerado grande repercussão no Maranhão, onde o setor de combustíveis é alvo constante de questionamentos e denúncias. Para muitos consumidores, a expectativa é que a ação traga mais transparência e segurança no abastecimento.

Ainda não há informações oficiais sobre prisões, mas o avanço das investigações pode levar a novas medidas judiciais. A Justiça acompanha o caso e deve avaliar os próximos passos diante das provas coletadas.

As operações seguem em curso, e novas fases não estão descartadas. Tanto PF quanto Receita reforçam o compromisso de combater o crime organizado e assegurar que a população não continue sendo prejudicada por práticas ilegais no setor de combustíveis.

PF deflagra “Eclesiastes 5” e investiga possível compra de votos em Imperatriz

Em Imperatriz, no Maranhão, a Polícia Federal deflagrou nesta segunda-feira (4 de agosto de 2025) a Operação Eclesiastes 5, com o objetivo de investigar suspeitas de compra de votos durante a eleição municipal de 2024.

Ao todo, foram cumpridos 11 mandados judiciais de busca e apreensão, além de medidas cautelares que incluem o bloqueio e sequestro de bens num montante aproximado de R$ 700 mil.

Segundo a Polícia Federal, os investigados são acusados de cooptar eleitores por meio do fornecimento de combustível em troca de votos, visando uma candidatura à prefeitura da cidade, localizada a cerca de 630 km de São Luís.

Os mandados visam aprofundar as apurações e garantir a recuperação de ativos possivelmente obtidos de forma ilícita, além de combater supostos casos de abuso de poder econômico.

PF realiza três operações contra pornografia infantil no Maranhão e prende dois suspeitos

A Polícia Federal deflagrou três operações distintas ao longo do mês de julho no Maranhão para combater crimes relacionados à exploração sexual infantil. As ações, batizadas como Operações Argos III, IV e V, ocorreram nos dias 8, 23 e 30 de julho, respectivamente, nas cidades de Imperatriz, São Pedro da Água Branca e Balsas.

Durante os cumprimentos de mandados de busca e apreensão nas residências dos investigados, dois homens foram presos em flagrante. Segundo a PF, os suspeitos armazenavam em seus celulares vídeos e imagens com cenas de abuso sexual infantil, o que configura crime grave previsto no Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA).

As investigações apontam que os suspeitos também utilizavam contas em redes sociais para compartilhar esse tipo de conteúdo ilegal. A Polícia Federal utilizou ferramentas de rastreamento digital para monitorar a atividade dos alvos na internet e identificar os responsáveis pelos perfis utilizados para disseminação do material criminoso.

Os aparelhos apreendidos nas ações serão submetidos à perícia técnica, com o objetivo de extrair provas digitais que subsidiem os inquéritos em andamento. Caso as suspeitas sejam confirmadas, os investigados podem responder por crimes como posse, compartilhamento e produção de pornografia infantil, com penas que podem chegar a 10 anos de reclusão.

As ações foram conduzidas pela Delegacia da Polícia Federal de Imperatriz, que concentra os trabalhos investigativos relacionados a crimes cibernéticos no sul do Maranhão. O órgão reforça que operações como essas seguem sendo prioridade no combate à exploração sexual de crianças e adolescentes.

A Polícia Federal também fez um apelo à população: denúncias podem ser feitas de forma anônima pelo Disque 100 ou por meio do site oficial da PF, garantindo o sigilo do denunciante. A colaboração da sociedade é considerada fundamental para desarticular redes criminosas que atuam na internet.

Com essas operações, a PF reforça sua atuação integrada e contínua no enfrentamento a crimes digitais, sobretudo os que envolvem vítimas em situação de vulnerabilidade, como crianças. O avanço da tecnologia tem sido, ao mesmo tempo, ferramenta de crime e instrumento de investigação.

Essas ações mostram que o Maranhão segue no radar nacional de combate à pedofilia e à pornografia infantil, exigindo vigilância permanente de autoridades, pais e educadores para proteger as novas gerações.

Codó: PF investiga desvio de mais de R$ 2,5 milhões em contratos de eventos

A Polícia Federal deflagrou nesta quinta-feira (10/10) a Operação Remix, que tem como objetivo combater desvios de recursos públicos, fraudes licitatórias, associação criminosa e lavagem de dinheiro na contratação de eventos musicais e aluguel de equipamentos para eventos no município de Codó.

Segundo as investigações, valores provenientes de contratos com empresa de fachada foram desviados, sacados e/ou transferidos para contas de terceiros sem relação com os objetos contratados pela prefeitura local. Os valores movimentados ultrapassam R$ 2,5 milhões.

Foram cumpridos três mandados de busca e apreensão e mandados de quebra de dados telemáticos em Codó, expedidos pela 1ª Vara Federal Criminal da SJMA, responsável pelos crimes de lavagem de capitais no Maranhão. Além disso, foi determinada pelo Juízo Federal a quebra do sigilo telemático dos materiais e equipamentos encontrados. Os investigados poderão responder por corrupção passiva, apropriação de verbas públicas, fraude licitatória, lavagem de dinheiro e associação criminosa.

Os materiais apreendidos serão encaminhados para a realização dos exames periciais visando a coleta de novos elementos, além de identificar outras pessoas e empresas envolvidas, bem como identificar outros crimes relacionados.

PF deflagra operação em combate a crimes eleitorais no Maranhão

A Polícia Federal deflagrou nesta quarta-feira (2/10) a Operação Funâmbulo, que tem como objetivo reprimir associação criminosa voltada ao cometimento de crimes eleitorais na cidade de Caxias. Os investigados ofereciam até R$ 40 mil, em espécie, para que candidatos desistissem da campanha eleitoral e apoiassem outro grupo, com a finalidade de prejudicar a quantidade mínima de candidatos registrados no partido adversário.

A investigação levou à identificação da associação criminosa que vem cometendo os crimes eleitorais investigados. Foram cumpridos três mandados de busca e apreensão no município de Caxias, nas residências dos investigados vinculados ao esquema criminoso. Os investigados poderão responder pelos crimes de associação criminosa e diversos crimes previstos na legislação eleitoral.

Os valores em espécie e materiais apreendidos serão encaminhados à Justiça Eleitoral e, quando autorizado judicialmente, serão encaminhados para a realização de exames periciais visando a coleta de novos elementos, pessoas envolvidas e a identificação de outros crimes relacionados.

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