
Calor e tempo seco aumentam focos de incêndio em São Luís; Maranhão já soma quase 2 mil registros só em outubro, segundo o INPE.
O tempo seco e as altas temperaturas têm favorecido o aumento de focos de incêndio em várias regiões de São Luís nas últimas semanas. Somente nos últimos dias, foram registradas diversas ocorrências em áreas de vegetação da capital maranhense.
Nesta terça-feira (14), um foco de incêndio atingiu a Reserva do Batatã, localizada em frente ao Terminal Rodoviário de São Luís. Na segunda (13), um carro pegou fogo na Avenida Litorânea, e as chamas se espalharam rapidamente para a vegetação próxima. Já no domingo (12), outro foco foi identificado na Reserva do Itapiracó.
Casos semelhantes vêm sendo registrados desde o fim de setembro. No dia 6 de outubro, um incêndio na vegetação causou engavetamento na BR-135, na altura do Campo de Peris. Já em 26 de setembro, um princípio de incêndio atingiu uma área ao lado do Fórum Desembargador José Sarney, no bairro Jaracaty.
Números preocupantes
De acordo com o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), 1.964 focos de incêndio foram registrados apenas nos primeiros dias de outubro de 2025 no Maranhão. Em todo o mês de outubro do ano passado, foram 4.500 focos.
Os dados mostram uma redução no número de queimadas entre julho e agosto, mas um novo aumento em setembro e outubro:
- Julho: 2.320 focos (2024) → 1.548 (2025)
- Agosto: 2.892 focos (2024) → 2.493 (2025)
- Setembro: 4.132 focos (2024) → 4.595 (2025)
O avanço das queimadas acompanha a intensificação do período de estiagem, que vai de julho a novembro, quando a umidade do ar cai e o risco de incêndios florestais aumenta.
Operação Maranhão Sem Queimadas
Para enfrentar a situação, o Corpo de Bombeiros Militar do Maranhão (CBMMA) mantém em andamento a operação “Maranhão Sem Queimadas – Protetores do Bioma”, voltada à prevenção e combate aos incêndios florestais.
As ações incluem:
- Campanhas educativas com comunidades rurais e escolas;
- Formação de brigadas florestais;
- Entrega de kits de combate ao fogo;
- Monitoramento por satélite e drones;
- Fiscalização em áreas de risco em todo o estado.
O comando dos bombeiros reforça que a maioria dos incêndios tem origem humana, seja por queimadas irregulares, lixo incendiado ou uso indevido do fogo em áreas de vegetação.
Alerta à população
Autoridades ambientais pedem que a população evite qualquer tipo de queimada, inclusive para limpeza de terrenos, e denuncie focos de incêndio pelo 193 (Corpo de Bombeiros).
Além dos danos ambientais, as queimadas provocam problemas respiratórios, reduzem a visibilidade nas estradas e agravam o calor nas cidades, impactando diretamente a saúde e o bem-estar da população.