
Dia do Irmão: laços de amizade, confiança e alegria que marcam para toda a vida.
O Dia do Irmão, celebrado em 5 de setembro, tem sua origem associada à memória de Madre Teresa de Calcutá, falecida em 1997, e se tornou um momento de homenagem à fraternidade. Mas, para além das mensagens carinhosas que inundam as redes sociais, a data também traz à tona reflexões profundas — e até polêmicas — sobre a complexidade dos laços entre irmãos.
Crescer com irmãos é aprender, desde cedo, a dividir espaço, brinquedos, atenção e até afeto. Essa convivência ajuda a desenvolver empatia, cooperação e habilidades de negociação, mas também é terreno fértil para disputas, comparações e, muitas vezes, rivalidades que atravessam a vida adulta. Para especialistas, a competição pode ser saudável quando estimula autonomia e resiliência, mas merece atenção quando se transforma em agressividade ou constrangimento.

Noel e Liam Gallagher, do Oasis — Foto: Reprodução / Instagram
Enquanto muitos celebram os irmãos como melhores amigos, não faltam exemplos de conflitos famosos que mostram o outro lado da moeda. No mundo da música, os irmãos Gallagher, do Oasis, transformaram brigas em manchetes globais. Em Hollywood, a relação de Meghan Markle com a meia-irmã Samantha já rendeu entrevistas polêmicas e troca de acusações públicas. Até os Beckham já protagonizaram rumores de desentendimentos entre irmãos, mostrando que a linha entre amor e rivalidade é tênue até entre celebridades.

Sterling e Shannon Sharpe
Mas a data também é recheada de exemplos inspiradores. No esporte, os irmãos Shannon e Sterling Sharpe emocionaram o mundo ao entrarem juntos para o Hall da Fama da NFL, reforçando como o apoio fraterno pode ser uma força transformadora. No universo pop, os fãs do K-pop celebram parcerias como Chanhyuk e Suhyun, do AKMU, que encantam multidões com talento e cumplicidade no palco. No cinema e na TV, não é raro ver irmãos dividindo os holofotes, como Zac Efron e seu irmão Dylan, que chamam a atenção pela semelhança e pelo carisma compartilhado.
A efeméride, no entanto, não deixa de gerar discussões. Há quem questione se os pais conseguem tratar os filhos de forma justa, já que as comparações entre irmãos ainda são comuns dentro de casa. Pedagogos defendem que o segredo não é tratar todos exatamente da mesma forma, mas oferecer atenção e apoio de acordo com as necessidades de cada um, evitando favoritismos explícitos que podem marcar a infância para sempre.
E, claro, o Dia do Irmão também abre espaço para falar de quem não tem irmãos. Ser filho único pode trazer vantagens, como maior atenção e recursos por parte dos pais, mas também apresenta desafios, como a ausência de experiências cotidianas de negociação dentro de casa. A recomendação dos especialistas é ampliar a rede de convivência com primos, amigos e atividades coletivas, garantindo que a criança aprenda a dividir, esperar e lidar com frustrações.
Nas redes sociais, o clima é de nostalgia e humor. Desafios de postar fotos antigas, recriar cenas da infância e até listas de “quem era o filho favorito” viralizam rapidamente. A mistura de afeto e provocação leve faz parte do apelo da data, que não se limita ao amor idealizado, mas também brinca com a realidade das disputas e da cumplicidade que marcam a vida de irmãos.
No fim das contas, ter um irmão é viver um laboratório emocional constante — feito de brigas, risadas, aprendizados e memórias. E, seja celebrando com posts emocionantes ou lembrando das rivalidades engraçadas, o Dia do Irmão serve como um convite para valorizar esse vínculo que, com todas as suas nuances, é um dos mais marcantes da vida.