A gestão do prefeito de Santa Luzia, Juscelino Marreca, está no centro de uma nova polêmica. A acusação é grave: a prefeitura estaria retendo os valores descontados diretamente dos contracheques dos servidores referentes a empréstimos consignados e não os repassando ao Banco Santander, instituição credora dos funcionários. A denúncia lembra um caso anterior criticado pelo próprio Juscelino, quando ainda era oposição à ex-prefeita França do Macaquinho, por prática semelhante.

A situação veio à tona após a Justiça determinar o bloqueio das contas da prefeitura. O objetivo foi garantir que os valores devidos ao banco fossem, enfim, repassados. A resposta da gestão, no entanto, não foi técnica ou institucional: o cunhado do prefeito usou grupos de WhatsApp para atacar a decisão judicial, chegando a chamar o desembargador responsável de “mentiroso”, alegando uso de dados supostamente errados.

O caso ganhou ainda mais repercussão com críticas públicas sobre o contraste entre o discurso de campanha de Juscelino e sua prática como gestor. Prometendo mudança e transparência, o atual prefeito estaria repetindo os mesmos atos que condenava anteriormente. O não repasse dos valores coloca em risco direto os servidores, que podem ser cobrados novamente pelo banco mesmo após os descontos terem sido efetuados em folha.

A situação provocou indignação em parte da população e reacendeu o debate sobre responsabilidade fiscal e ética administrativa. Enquanto isso, o Banco Santander, parte diretamente prejudicada, já acionou a Justiça e aguarda os repasses devidos. E a população de Santa Luzia segue aguardando explicações convincentes — e uma solução definitiva — para o caso.