Depois da derrota por 1 a 0 para o Criciúma, no Mangueirão, o técnico António Oliveira transformou a coletiva de imprensa em um verdadeiro desabafo. Mais do que reclamar da arbitragem, ele levantou um alerta sobre como o Clube do Remo tem sido tratado na Série B e exigiu respeito para o elenco azulino.
António destacou que o Remo criou seis chances claras de gol, mas acabou punido com um pênalti polêmico marcado já nos acréscimos, que definiu a derrota. Para ele, a arbitragem foi determinante para tirar ao menos um empate justo diante da torcida. O treinador ainda lembrou que o Criciúma abusou da força física com 30 faltas ao longo da partida, estratégia que teria travado o ritmo do jogo.
Mesmo diante da frustração, o técnico não deixou de valorizar o empenho do elenco. “Foi um jogo de grande qualidade do Remo. Essa equipe não recua, tem garra e merece outro destino”, disse, reforçando que o resultado em campo não traduz o verdadeiro desempenho dos jogadores.
A coletiva ganhou tom ainda mais quente quando António foi questionado sobre a suposta “segunda maior folha salarial da Série B”. Visivelmente irritado, rebateu: “Isso é mentira. Uma campanha injusta, desproporcional e premeditada”. Para ele, essa narrativa distorce a realidade financeira do clube e serve como munição para ataques externos.
Em seguida, o português foi enfático: “Não aceito que as pessoas falem sem conhecer nossa competência, nosso profissionalismo e nosso caráter”. A fala, em tom de indignação, soou como um recado direto à imprensa e aos críticos que tentam reduzir o esforço do clube a números que não condizem com a realidade.
Enquanto isso, a arquibancada refletia a mesma revolta. Alguns torcedores, indignados com a arbitragem e com a derrota, tentaram invadir o gramado do Mangueirão, mas foram contidos pela segurança. A cena mostrou o quanto a relação entre paixão, injustiça e resultado pode explodir em um jogo decisivo.
Mais do que um desabafo, António trouxe à tona uma questão que vai além das quatro linhas: por que o Remo é alvo de narrativas que tentam inflar seu poderio financeiro? Estaria o clube pagando o preço da visibilidade ou sendo vítima de uma pressão midiática que visa desestabilizar o trabalho sério feito nos bastidores?
O que fica é a imagem de um treinador que não se cala diante das adversidades. António expôs a ferida aberta do futebol brasileiro: arbitragem inconsistente, narrativas distorcidas e a luta permanente por reconhecimento. Uma sinceridade que pode incomodar, mas que também inspira torcedores que já não aguentam ouvir meias-verdades.
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