Uma tragédia chocou a Polícia Militar do Maranhão (PMMA) e a população de São Luís na manhã desta quinta-feira (29). O capitão Breno Marques Cruz foi morto a tiros dentro da Academia de Polícia Militar “Gonçalves Dias”, localizada no Quartel do Calhau. O autor dos disparos foi o tenente Cássio de Almeida Soares, que foi preso em flagrante.
Segundo informações apuradas, o capitão Breno foi surpreendido pelo tenente, que invadiu a sala onde ele trabalhava e efetuou pelo menos dois disparos à queima-roupa. Os tiros atingiram o tórax da vítima, que ainda foi socorrida e levada ao Hospital do Servidor, mas não resistiu aos ferimentos.
Fontes ligadas à corporação revelaram que os dois oficiais tinham um histórico de desentendimentos. Em janeiro deste ano, o capitão Breno instaurou um Inquérito Policial Militar (IPM) contra o tenente Cássio por atitudes desrespeitosas e uso de palavras agressivas durante uma aula no Curso de Formação de Oficiais. Cássio teria se rebelado contra a liderança de Breno, chegando a insultá-lo publicamente.
A Secretaria de Estado da Segurança Pública (SSP) e a Polícia Militar emitiram nota lamentando a morte do capitão e informando que o suspeito foi preso imediatamente após o crime. Ele está detido no Comando Geral da PMMA, onde presta depoimento.
O comandante-geral da PMMA, coronel Pitágoras Mendes, que estava em Imperatriz no momento do crime, retornou a São Luís para acompanhar pessoalmente as investigações. A SSP informou que todos os fatos estão sendo apurados com rigor, e que o tenente responderá por homicídio doloso.
O capitão Breno era respeitado por seus colegas e conhecido por sua postura serena e disciplinada. Sua morte gerou comoção e indignação entre militares e civis.
A motivação exata do crime ainda está sendo investigada, mas o caso já levanta discussões sobre o clima interno nas forças de segurança e os limites da hierarquia militar.