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Tag: transparência pública

Brandão reage e rebate acusações por meio de nota oficial

O governador Carlos Brandão se pronunciou nesta terça-feira (26) por meio de nota oficial para responder às acusações que circularam nos últimos dias. O documento foi divulgado pelas redes sociais e ganhou repercussão imediata no meio político maranhense.

Na nota, Brandão negou de forma categórica as denúncias e afirmou que a verdade precisa prevalecer acima de interesses políticos. Ele reforçou que sua gestão é pautada na transparência e no compromisso com os maranhenses, destacando avanços em áreas como infraestrutura, saúde e educação.

O governador também fez questão de enfatizar que ataques sem provas apenas atrapalham o debate público e não contribuem para o desenvolvimento do estado. Segundo ele, o momento é de foco em resultados e na continuidade de projetos que beneficiem a população.

A manifestação de Brandão é vista como uma resposta firme diante da pressão política. Enquanto opositores tentam desgastar sua imagem, aliados interpretaram a nota como um movimento de defesa necessário para restabelecer a narrativa em torno de sua gestão.

TCE revela falhas graves em escolas comunitária de São Luís, Ribamar e Paço: imóveis residenciais, falta de transparência e estrutura precária

Uma auditoria do Tribunal de Contas do Estado do Maranhão (TCE-MA) escancarou a precariedade enfrentada por escolas comunitárias que atendem crianças na educação infantil em São Luís, São José de Ribamar e Paço do Lumiar. Os dados foram divulgados nesta segunda-feira (4) e revelam um retrato preocupante: instituições funcionando em casas adaptadas, sem acessibilidade, sem pátios ou áreas de recreação adequadas, além de falhas graves na gestão, fiscalização e transparência dos convênios firmados com as prefeituras.

O levantamento teve como foco avaliar o papel das administrações municipais na manutenção e acompanhamento dessas escolas, além de verificar se as unidades estão realmente preparadas para oferecer um ensino de qualidade na etapa mais importante da formação infantil: a primeira infância. Segundo os auditores, a maioria das instituições visitadas não cumpre requisitos básicos para funcionar como creches ou pré-escolas.

Chamou a atenção dos técnicos do TCE o fato de muitas dessas escolas operarem em imóveis residenciais improvisados, sem estrutura mínima para garantir segurança e bem-estar às crianças. Outro ponto alarmante está relacionado aos convênios: o controle feito pelas prefeituras se limita à contagem de alunos, sem considerar aspectos pedagógicos ou se o espaço realmente comporta uma proposta adequada de educação infantil.

A situação se agrava ainda mais com a falta de transparência nos repasses de verbas públicas e na prestação de contas sobre como essas instituições estão operando. Essa ausência de clareza compromete o controle social e levanta dúvidas sobre a real efetividade das parcerias entre poder público e escolas comunitárias.

Diante do cenário, o Tribunal emitiu recomendações específicas para os três municípios. Entre elas, estão a formulação de uma política pública voltada à educação infantil, melhorias na infraestrutura escolar, regularização dos convênios com mais transparência, fortalecimento do acompanhamento pedagógico e ações concretas para garantir o direito a um ensino de qualidade desde os primeiros anos de vida.

A auditora Helvilane Araújo, que coordenou os trabalhos de campo, reforçou a importância do controle externo para assegurar a efetividade das políticas públicas. “O objetivo final é garantir que as administrações municipais ofereçam ambientes seguros, adequados e pedagogicamente preparados para o desenvolvimento integral das crianças maranhenses”, destacou.

O TCE garantiu que irá acompanhar de perto o cumprimento das recomendações feitas e espera mudanças concretas que coloquem o interesse das crianças em primeiro lugar.

Justiça determina que São Luís divulgue dados ambientais no portal da SEMMAM

Foto horizontal mostra mãos de homem branco, de camisa azul. com a mão direita clica no computador e com a esquerda segura uma caneta branca. Sobrepostos na foto, ícones de documentos.

A Justiça do Maranhão condenou o Município de São Luís a disponibilizar informações completas em matéria ambiental no Portal da Secretaria Municipal de Meio Ambiente (SEMMAM). A decisão, proferida pelo juiz Douglas de Melo Martins, da Vara de Interesses Difusos e Coletivos, visa garantir o cumprimento da Lei de Acesso à Informação (Lei nº 12.527/2011) e da Política Nacional do Meio Ambiente (Lei nº 6.938/1981).

O Município terá até seis meses para implementar procedimentos objetivos e ágeis que permitam acesso público e claro às informações — com linguagem acessível — e atualizações mensais, com datas destacadas para transparência. A decisão responde a denúncia do Ministério Público que apontou falhas no portal, como ausência de dados sobre autos de infração, embargos, relatórios de fiscalização e medidas administrativas adotadas pela SEMMAM.

A sentença também exige a publicação de listagens atualizadas sobre todos os licenciamentos ambientais em tramitação, com número do processo, identificação dos requerentes (nome e CPF/CNPJ), objeto do licenciamento e localização geográfica do empreendimento.
Além disso, deverão constar informações sobre audiências públicas (com pauta, dados do processo e local), autos de infração (com identificação do autuado, área, tipificação e fase processual, incluindo reincidência), termos de compromisso ambiental e registros de Estudos de Impacto Ambiental (EIA/RIMA) e planos de recuperação de áreas degradadas.

Na fundamentação, o juiz recorreu ao entendimento do Superior Tribunal de Justiça, reforçando o “Princípio da Máxima Divulgação”, segundo o qual a publicidade é regra e o sigilo, exceção — sem soluções burocráticas ou limitações artificiais. Douglas de Melo Martins destacou que a transparência não é opção, mas obrigação pública, essencial à efetivação da democracia e cidadania, sob pena de responsabilização.

Essa decisão reforça a atuação do Judiciário na defesa do direito coletivo e do meio ambiente em São Luís. Ao impor mecanismos de clareza e acesso, fortalece o controle social sobre os licenciamentos e a governance das políticas ambientais municipais, incentivando o engajamento cívico e a fiscalização ativa por parte da sociedade e órgãos de controle.

TJMA cria 80 cargos comissionados enquanto mais de 2 mil concursados aguardam nomeação

Mesmo com um concurso público vigente e homologado, o Tribunal de Justiça do Maranhão (TJMA) autorizou a criação de 80 cargos comissionados de assessor de administração. A medida, registrada em despacho da Diretoria de Recursos Humanos, foi justificada como estratégica para suprir o déficit de assessores nas unidades judiciárias de 1º Grau e junto a juízes auxiliares. No entanto, a decisão reacendeu críticas sobre a falta de prioridade à nomeação dos aprovados no último concurso da Corte, que contou com mais de 50 mil inscritos e mais de 2 mil aprovados aptos a assumir as funções.

Desde a homologação do certame, o TJMA vem alegando limitações orçamentárias para não convocar servidores efetivos. Na abertura do ano judiciário, o presidente da Corte, desembargador Froz Sobrinho, chegou a afirmar que apenas 20 nomeações ocorreriam até o fim de seu mandato, previsto para abril de 2026. Após forte pressão dos aprovados, o número subiu para 40 nomeações — ainda muito abaixo da demanda, considerando os mais de 400 cargos vagos em todo o estado, conforme dados do próprio portal da transparência do Tribunal.

Além disso, o TJMA tem contratado oficiais de justiça temporários, mesmo com mais de 700 aprovados aguardando nomeação para essa função específica. A prática motivou uma denúncia ao Conselho Nacional de Justiça (CNJ), registrada sob o número 0002461-95.2025.00.0000, que ainda aguarda apreciação.

A criação dos novos cargos comissionados, com salários líquidos médios de R$ 7 mil e livre nomeação, tem gerado reações nas redes sociais, onde candidatos organizam campanhas pedindo nomeações. A hashtag #NomeiaTJMA ganhou força, levantando questionamentos sobre a coerência da gestão do Tribunal, que por diversas vezes exige de outros entes públicos a realização de concursos e nomeações conforme a legalidade e o princípio da moralidade administrativa.

A controvérsia também atinge a esfera judicial. Segundo jurisprudência do Supremo Tribunal Federal (STF), candidatos aprovados dentro do número de vagas e dentro do prazo de validade do concurso possuem direito subjetivo à nomeação. O temor entre os aprovados é de que os cargos destinados a eles estejam sendo gradualmente ocupados por indicações políticas, o que compromete a credibilidade e a eficiência da prestação jurisdicional no Maranhão.

Enquanto isso, juízes e servidores enfrentam sobrecarga e a lentidão nos processos afeta diretamente a população. Em um caso recente, o CNJ precisou intervir após um magistrado justificar sua baixa produtividade pela escassez de servidores. Para os aprovados, a prioridade deveria ser a valorização do mérito e o respeito ao concurso público — e não a ampliação de cargos de livre nomeação.

A expectativa é que o Tribunal reveja a medida ou, ao menos, equilibre a criação dos cargos comissionados com novas convocações de servidores efetivos. Até lá, a pressão deve aumentar nas redes e nas instâncias administrativas e judiciais.

O blog Olavo Sampaio entrou em contato com a assessoria de comunicação do TJ para se manifestar em relação ao caso e aguarda resposta.

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