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Ferry Araioses tem nova falha e cancela viagens; filas na Ponta da Espera

Ferry Araioses volta a quebrar e provoca longas filas na Ponta da Espera; viagens canceladas deixam passageiros e ambulâncias à espera de solução.

Ferry Araioses volta a quebrar e provoca longas filas na Ponta da Espera; viagens canceladas deixam passageiros e ambulâncias à espera de solução.

O ferryboat Cidade de Araioses, que faz a travessia entre a Ponta da Espera, em São Luís, e o Terminal de Cujupe, em Alcântara, sofreu uma nova pane nesta quarta‑feira, 15 de outubro. É a terceira ocorrência em menos de duas semanas, depois de uma colisão em pedras na Ilha do Cajual no dia 3. Com a embarcação em manutenção, longas filas se formaram na Ponta da Espera: caminhoneiros com cargas, motoristas de veículos particulares e nove ambulâncias esperavam horas para embarcar, e muitos passageiros desistiram da viagem.

Demanda excede capacidade de substituto

Para manter o fluxo, o ferryboat São Gabriel assumiu parte do serviço, mas não conseguiu atender à demanda. A Secretaria de Governo (Segov) confirmou que algumas viagens tiveram de ser canceladas, o que aumentou o tempo de espera e provocou reclamações de usuários.

Série de falhas em duas semanas

O Cidade de Araioses foi colocado em operação há pouco mais de três anos com capacidade para 520 passageiros e 70 veículos. Desde a colisão em 3 de outubro, a embarcação enfrentou uma sequência de problemas: no dia 10, uma falha exigiu manutenção corretiva e as viagens das 10h e 15h foram suspensas. Na terça‑feira (14), uma peça da reversora — sistema essencial para a propulsão — apresentou defeito e uma manutenção detalhada foi iniciada. De acordo com a Segov, a operação só será retomada após a conclusão dos reparos, por questão de segurança.

Comunicado oficial e compromisso com a segurança

Em nota, a Segov explicou que a falha da reversora exigiu a suspensão temporária das viagens para preservar a segurança dos passageiros e reiterou o compromisso em cumprir rigorosamente as regras de navegação. A Secretaria também lembrou que a embarcação voltou a operar no mesmo dia em outras ocasiões de reparo, mas que desta vez o serviço exige mais tempo de revisão.

A população que depende da travessia na Baixada Maranhense espera que as manutenções resolvam definitivamente os problemas do Cidade de Araioses e que o estado assegure um transporte aquaviário confiável. Enquanto isso, recomenda-se aos viajantes verificar a disponibilidade de horários e considerar alternativas para evitar filas.

Ferry Boat José Humberto começa a operar na Travessia entre São Luís e Cujupe

O Ferry Boat José Humberto começou a operar nesta terça-feira (28), para fazer a travessia entre São Luís e a Baixada Maranhense, via Baía de São Marcos.

Após cumprir com as exigências da Capitania dos Portos, a embarcação fez sua primeira viagem teste com a presença do presidente da Agência Estadual de Mobilidade Urbana (MOB), Celso Henrique Borgneth.

Atendendo determinação da Capitania dos Portos, o Ferry Boat José Humberto passará toda a terça-feira em fase de testes, mas com apenas 50% de sua capacidade, como explica o presidente da MOB.

“É um ferry que foi todo certificado pela Capitania dos Portos e hoje é a primeira viagem teste com uma carga que a Capitania dos Portos está colocando, de 50%. Vamos passar o dia fazendo testes, mas esse ferry já está praticamente liberado. Foi muito trabalho até aqui para que a gente conseguisse fazer essa primeira viagem, mas deu certo”, detalha Celso Henrique Borgneth.

O novo equipamento tem espaços climatizados e também para pessoas com deficiência, dando mais conforto para os passageiros. A embarcação entra em atividade para desafogar o Sistema de Transporte Aquaviário e dinamizar o translado entre os terminais da Ponta da Espera e Cujupe.

MOB segue tentando aprovação da Marinha, para legalizar ferry adaptado

Para amenizar os problemas no transporte aquaviário, a Agência de Mobilidade Urbana trouxe uma embarcação do Pará, na semana passada. A balsa que era usada em rio foi adaptada para servir de ferry boat, no mar e trasportar passageiros e carros, do Terminal da Ponta da Espera ao Cujupe.

O Ministério Público chamou atenção para os riscos trazidos por uma embarcação de 38 anos e adaptada as pressas, segundo a promotora Litia Cavalcante. Além disso, ressaltou que houve pendências na documentação, por isso, ainda não havia sido liberada pela Capitania dos Portos. O ferry José Humberto estará a serviço da empresa Servi Porto, que está sob o comando do governo desde 2020, após intervenção.

A Servi Porto tinha os três maiores ferries do sistema aquaviário, mas nos últimos anos as embarcação ficaram sucateadas e saíram de operação. O advogado da Servi Porto, Antônio Fernandes, diz que os problemas só aumentaram e que a dívida da empresa subiu de R$ 700 mil, para R$ 15 milhoes. Há cerca de cinco ações na justiça, pedindo a devolução da empresa aos proprietários. O MP já instaurou três inquéritos para apurar possíveis irregularidades. Enquanto isso, centenas de passageiros sofrem todos os dias, com filas e cancelamentos.

Nota da MOB

“A Agência Estadual de Mobilidade Urbana e Serviços Públicos (MOB) informa que não procedem as informações sobre reprovação da embarcação José Humberto pela Marinha do Brasil.

Através de ofício (399/CPMA-MA de 08 de junho de 2022) enviado ao Diretor de Operações Aquaviárias da MOB, a Capitania dos Portos do Maranhão requisita “documentos e procedimentos administrativos acerca do ferryboat José Humberto”.

A MOB informa ainda que todas as pendências apontadas pelo documentos já foram sanadas e que a maioria trata de atualização da documentação, não tendo sido, em nenhum momento, apontada a restrição de navegação da referida embarcação.

A Diretoria de Operações Aquaviárias já informou à Capitania dos Portos que todas pendências foram sanadas e aguarda a vistoria final para a liberação da embarcação”.

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