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Em audiência pública na Câmara, usuários relatam precariedade no transporte coletivo

Em audiência pública na Câmara Municipal nessa quinta-feira (9), usuários do transporte públicos de São Luís relataram as dificuldades que enfrentam diariamente nos coletivos da cidade. A audiência foi uma das últimas etapas da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que investiga possíveis irregularidades na gestão do transporte público da capital maranhense.

No debate que foi conduzido pelo presidente do colegiado, vereador Chico Carvalho (Avante), diversos usuários relataram os transtornos que passam diariamente por depender dos coletivos.

Entre as principais reclamações estão ônibus velhos, falta de cobradores, demora, monopólio de empresas e inconstância nos horários. O problema atinge quase todos os bairros, mas a situação mais crítica, conforme as reclamações, afeta especialmente a população que mora em comunidades afastadas da região central.

“A empresa que faz linha para o bairro da Liberdade não tem mais condições de operar. É só problema, ela não cumpre horário, faltam coletivos para atender a demanda e a situação virou um caos. Então, tem que tirar essa empresa para outras investirem. Se fosse antigamente, a população já tinha realizado manifestações”, relatou Francisca de Jesus, que mora na comunidade.

Representantes dos segmentos da sociedade lotaram o plenário da Casa e apontaram saídas para a questão. Eles destacaram que, enquanto faltam ônibus para atender a demanda, sobram problemas e reclamações no sistema de transporte público municipal.

Deficiências

O presidente do Sindicato dos Usuários de Transporte Coletivo Rodoviário, Hidroviário, Aéreo do Estado do Maranhão (SINDUTCOL-MA), Paulo Henrique da Silva, apontou uma série de deficiências no sistema de ônibus da cidade e afirmou que ninguém mais aguenta essa situação.

“As reclamações vão desde a precariedade dos veículos, antigos e que quebram sem parar, deixando o usuário no meio do caminho, até a quantidade insuficiente deles a disposição, resultando em superlotação e atrasos constantes, sobretudo nos horários de maior demanda. Essa situação virou um drama sem fim. O usuário da capital maranhense não aguenta mais ser transportado como sardinha em lata, pagando caro por isto”, declarou.

Monopólio

Para o presidente da Cooperativa de Táxi e Transporte Alternativo da Área Itaqui-Bacanga (Coopertaaib), Charles Teixeira, a regulamentação do transporte alternativo pode ser uma saída para quebrar o monopólio no sistema de transporte coletivo.

“Precisamos quebrar o monopólio que leva caos aos usuários. Por isso, entendemos a importância da regulamentação do transporte alternativo, além de alternativo, ele é essencial”, declarou.

A CPI do Transporte foi instalada em dezembro de 2021, após a greve de rodoviários em outubro daquele ano. Nesse período, o colegiado ouviu depoimentos de representantes de empresas e sindicatos, fez visitas ao Tribunal de Contas do Estado (TCE) e ao Ministério Público e analisou documentos.

Uma das sugestões repetidas no debate foi à quebra dos contratos da licitação realizada em 2016 por descumprimento sistemático dos acordos pactuados e a inoperância dos órgãos reguladores e fiscalizadores.

O que diz o MP?

A promotora Lítia Cavalcanti, titular da 2ª Promotoria de Justiça de Defesa do Consumidor de São Luís, que no ato representou o Ministério Público do Maranhão (MP-MA), afirmou que vai aguardar o envio do relatório da CPI para tomar algumas medidas.

“Nós vamos aguardar o recebimento do relatório das investigações para tomar algumas medidas. Fiquei muito feliz com a realização da CPI, pois o colegiado deverá nos apresentar uma vasta documentação probatória para que possamos prosseguir com as investigações”, afirmou.

O evento contou com o secretário da Comissão, vereador Octávio Soeiro (Podemos); o relator dos trabalhos, vereador Álvaro Pires (PMN), e o co-vereador do Coletivo Nós (PT), Jonathan Soares, que é membro do colegiado. Apenas o vice-presidente, vereador Astro de Ogum (PCdoB), não participou do encontro.

A audiência também contou com a presença do presidente da Comissão de Direito do Consumidor da Ordem dos Advogados do Brasil, Seccional Maranhão (OAB/MA), Rosinaldo Francisco Alvino Mendes; do secretário municipal de Trânsito e Transportes, Diego Baluz, representando a Prefeitura de São Luís; de representante da Agência Estadual de Mobilidade Urbana e Serviços Públicos (MOB), dos Legislativos de Paço do Lumiar, Raposa e São José de Ribamar, dentre outros.

Terminal da Cohama é entregue um dia antes do prazo

O terminal provisório da Cohama funcionaria até amanhã (6), mas as obras de recuperação das plataformas 1 e 2 foram concluídas antes do prazo. A defesa civil liberou para a utilização segura de passeiros já na manhã desta terça-feira.

O secretário municipal de trânsito e transportes, Diego Baluz, falou que os serviços de recuperação serão executados em três fases. Em até 150 dias o terminal da Cohama estará totalmente reformado. No dia 19 de março, um temporal destruiu parte da cobertura de duas plataformas. O local foi interditado, por isso foram montadas tendas para o terminal provisório, que funcionou na rua ao lado do Hospital São Domingos. A medida foi uma exigência da justiça, que cobrou uma solução urgente. A estrutura seria usada por até 15 dias.

Nós últimos dias, a população tem cobrado mais qualidade no transporte público da capital. O secretário disse que no ano passado foram entregues 80 ônibus novos e que a SMTT vem fiscalizando as empresas, para que coloquem veículos em boas condições para circular pela cidade.

O sistema de transporte em São Luís é composto por 70% de linhas urbanas e 30% de semi-urbanas, que são de responsabilidade da MOB, Agência de Mobilidade Urbana, do Governo do Maranhão.

“Já temos 80% das informações para o relatório”, diz relator da CPI do Transporte na Câmara

O relator da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que apura possíveis irregularidades no contrato do transporte público de São Luís, vereador Álvaro Pires (PMN), afirmou nesta terça-feira (15), que já tem 80% das informações para produzir seu relatório final.

A afirmação ocorreu após Álvaro ser questionado se haveria a necessidade da realização de novas audiências e depoimentos para produzir o documento que será apresentado um resumo das atividades realizadas pelo colegiado no período das investigações.

A CPI foi instalada pela Câmara Municipal de São Luís, oficialmente, no dia 06 de dezembro. O objetivo central da comissão é analisar a licitação e os contratos de concessão aos empresários que operam o sistema de transporte público. O certame foi realizado em 2016, durante a gestão do ex-prefeito Edivaldo Holanda Jr.

O relator disse ainda que aguarda o encerramento dos trabalhos para poder apresentar algumas sugestões. A ideia, segundo ele, será contribuir com propostas que podem ajudar na resolução de alguns problemas apontados ao longo das investigações.

Reunião Suspensa

Nesta terça-feira (15), a CPI iria ouvir a promotora de Justiça de Defesa do Consumidor, Lítia Cavalcante, que em 2014 chegou a pedir ao juiz da 4ª Vara da Fazenda Pública de São Luís, Cícero Dias de Sousa Filho, a intervenção na Secretaria Municipal de Trânsito e Transportes (SMTT), a fim de que as cláusulas do Termo de Ajustamento de Conduta (TAC), assinado em 2010 pelo então titular da pasta, pudessem ser cumpridas integralmente.

A reunião com a promotora na Câmara, entretanto, acabou sendo suspensa por dois fatos jurídicos: além da representante do Parquet não ter relação com o tema investigado, será ela mesma que receberá o relatório final da CPI para prosseguir com as investigações na justiça.

Câmara aprova regulamentação do transporte alternativo em São Luís

A Câmara Municipal de São Luís aprovou durante a sessão ordinária dessa terça-feira, dia 8, o projeto de lei nº 044/22, de autoria do vereador Astro de Ogum (PCdoB), que regulamenta o transporte alternativo na capital maranhense. A proposição faz alterações na Lei Municipal nº 3.430/96, que dispõe sobre o sistema de transporte da cidade.

O projeto foi aprovado em regime de urgência urgentíssima, com dispensa dos pareceres das comissões temáticas da Casa. A proposição teve emendas dos vereadores Umbelino Júnior (PRTB) e do Coletivo Nós (PT) e seguiu para a apreciação do prefeito Eduardo Braide (Podemos).

Alterações 

Em seu texto, a proposição diz que as cooperativas de transporte complementar alternativo da cidade também podem explorar o sistema de transporte coletivo de São Luís, desde que autorizadas e nos termos definidos pela Secretaria Municipal de Trânsito e Transportes (SMTT).

Dessa forma, os serviços de transportes coletivo urbano no município de São Luís passam a ser classificados como: regular; opcional; experimental; de fretamento; extraordinário; e transporte complementar alternativo.

Ainda segundo o projeto de lei, para manter a organização e o equilíbrio do sistema público de transporte urbano, o transporte complementar alternativo de passageiros estará obrigado a respeitar as leis do Municípios de São Luís.

Também ficou determinado que o serviço de transporte complementar alternativo será explorado em caráter contínuo sobre o regime de concessões e operará no formato de linhas metropolitanas e periféricas de São Luís em até 40% dos horários do transporte urbano cadastrados na SMTT.

Nova rodada de negociação entre rodoviários e empresários, marcada para esta terça-feira (22)

O Ministério Público do Trabalho realizará nova audiência de mediação entre os sindicatos dos rodoviários e das empresas de transporte nesta terça-feira (22), às 14h30, na sede do órgão, no Calhau. A audiência presencial será presidida pelo procurador do Trabalho Marcos Rosa.

Além dos dois sindicatos, a mediação deve contar com a participação de representantes do Município de São Luís, MOB (Agência Estadual de Mobilidade Urbana e Serviços Públicos) e Procuradoria Geral do Estado.

Esta será a segunda audiência mediada pelo MPT para tratar da data-base 2022 dos rodoviários. A primeira ocorreu no dia 11 de fevereiro e terminou sem acordo entre os sindicatos.

Estado de greve

Os rodoviários decidiram voltar as atividades, após assembleia geral realizada na tarde do último sábado (19), em cumprimento a medida judicial, da desembargadora Solange Castro, do Tribunal Regional do Trabalho, que determinou circulação de pelo menos 80% da frota de ônibus, multa diária de R$ 50 mil reais e prisão de 15 membros do sindicato da categoria, em caso de desobediência. Três pessoas foram conduzidas coercitivamente para a sede da Polícia Federal, mas foram liberados em seguida. No domingo, a desembargadora revogou a ordem de prisão.

A greve dos rodoviários durou quatro dias, mas o movimento não foi suspenso em definitivo. A categoria afirma que contina em estado de greve e retomou os protestos na manhã desta segunda-feira (21), na área central da cidade. Eles querem reajuste salarial e reivindicam pagamento dos salários atrasados, mas os empresários alegam problemas financeiros.

Câmara Municipal instaura CPI para analisar situação do transporte público de São Luís

A Câmara Municipal de São Luís instaurou nessa quarta-feira, 24, a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que tem o objetivo de investigar a situação do transporte coletivo de São Luís. A criação do colegiado consta na Resolução nº 047/2021, assinada pelo presidente da Casa, vereador Osmar Filho.

A comissão é composta pelos vereadores Octávio Soeiro (Podemos), primeiro secretário da Mesa Diretora; Astro de Ogum (PCdoB), presidente da Comissão de Mobilidade Urbana; Marquinhos (DEM), um dos autores do requerimento que pediu a instalação da CPI; Chico Carvalho (Pros), que também pediu a instalação da CPI por meio de requerimento; e Álvaro Pires (PMN), sendo esses os parlamentares titulares dessa comissão.

Além disso, há dois vereadores que integram a CPI como suplentes. Tratam-se do co-vereador Jhonatan Soares, integrante do Coletivo Nós (PT), e a vereadora Karla Sarney (PSD), quarta secretária da Mesa Diretora.

Trabalhos – Conforme Resolução nº 047/2021, a Comissão Parlamentar de Inquérito escolherá, dentre os seus membros, o seu respectivo presidente e vice-presidente. Eleito o presidente, este escolherá quem será o relator da CPI.

A CPI deverá divulgar a data de abertura dos trabalhos, bem como o seu Regimento Interno, do qual não poderá ferir os ditames da Constituição Federal, da Lei Orgânica do Município e do Regimento Interno da Câmara, dando publicidade a todos os seus atos.

A comissão terá o prazo máximo de 60 dias para conclusão de seus trabalhos, com a possibilidade de prorrogação por igual período, quando solicitada pelos próprios integrantes do colegiado.

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