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Bolsonaro avaliza Tarcísio ao Planalto: qual é a jogada por trás do “sim” — e o que pode dar errado

Tarcísio de Freitas ganha aval de Jair Bolsonaro para disputar a Presidência em 2026; anúncio oficial divide aliados sobre o momento certo.

Tarcísio de Freitas ganha aval de Jair Bolsonaro para disputar a Presidência em 2026; anúncio oficial divide aliados sobre o momento certo.


Jair Bolsonaro deu aval para que Tarcísio de Freitas (Republicanos) concorra à Presidência com seu apoio. O arranjo, amarrado com líderes do PP e do União Brasil, está decidido; o impasse é quando anunciar. Parte quer segurar até dezembro/janeiro para evitar a pecha de “trampolim” do Palácio dos Bandeirantes; outra ala lembra que o relógio de Bolsonaro é imprevisível. Enquanto isso, Tarcísio mantém publicamente o discurso da reeleição em SP e se reúne com Bolsonaro na próxima semana, em janela de visita autorizada no dia 29/9 (9h às 18h), segundo a coluna.

O que está realmente em jogo

Há duas camadas nesse movimento. A visível: Bolsonaro carimba Tarcísio como seu poste competitivo para 2026, com bênção do PP e do União Brasil — dois partidos que ampliam a capilaridade e reduzem rejeição no centro. A estrutural: como Bolsonaro está inelegível até 2030 por decisão do TSE (8 anos contados da eleição de 2022), a direita precisa de um nome que una base bolsonarista e atraia eleitores moderados. Tarcísio, governador do maior colégio eleitoral e filiado ao Republicanos, encaixa na lógica.

Timing: anunciar agora ou só no “virar do ano”?

O racha descrito na coluna expõe um dilema clássico:

  • Anúncio já (efeito mobilizador): dá lastro às articulações nacionais, ordena o campo de direita e ajuda a captar apoios antes que o governo federal ocupe todo o noticiário de 2026. Risco: antecipar o desgaste “SP como trampolim” e travar a agenda do governo paulista sob a sombra da campanha.

  • Anúncio tardio (efeito prudência): preserva a imagem de gestor, entrega mais realizações em SP e chega com “obra feita” ao debate nacional. Risco: parecer vacilante, perder janela de apoios e ficar refém da volatilidade do próprio Bolsonaro — apontada por aliados como fator decisivo no calendário.

Meu diagnóstico: comunicar o “rumo” sem formalizar a candidatura é a linha tênue mais inteligente agora — o que explica manter o discurso de reeleição em SP enquanto o entorno organiza a engenharia partidária.

O freio de mão jurídico (e por que ele importa já)

Mesmo sem anunciar agora, Tarcísio terá de enfrentar o ponto sem retorno legal: chefes do Executivo que querem concorrer a outro cargo precisam renunciar até seis meses antes do primeiro turno (art. 14, §6º da Constituição, jurisprudência pacífica no TSE). Na prática, isso empurra uma decisão no início do 1º semestre de 2026. Esse cronograma pressiona estratégias de obras, entregas e sucessão em São Paulo.

Tradução política: quanto mais tarde o anúncio, menos tempo o governo terá para preparar a transição no Bandeirantes, blindar a base na Alesp e “amarrar” o sucessor — tudo isso sem entregar a narrativa de abandono do cargo.

A equação partidária: Republicanos, PP e União Brasil

O arranjo relatado tem lógica:

  • Republicanos (partido de Tarcísio) dá a “alma” e comando da narrativa;

  • PP e União Brasil oferecem musculatura territorial e tempo de TV, sinalizando um polo de centro-direita que respira fora do PL, ainda orbitado por Bolsonaro. Eventos recentes já vinham testando esse desenho “amplo” em torno do governador.

Ponto sensível: como acomodar o PL (reduto formal do bolsonarismo) nesse tabuleiro? A bênção pessoal de Bolsonaro ajuda, mas a partilha de protagonismo com PP/União pode gerar atritos locais — especialmente onde PL e Republicanos disputam os mesmos espaços.

O “efeito Bolsonaro” e o risco de assimetria

A coluna ressalta a imprevisibilidade de Bolsonaro sobre o timing. Isso pode ser ativo (capta atenção e impõe agenda) ou passivo (bagunça o planejamento). Além disso, a base mais radical do bolsonarismo pode cobrar sinais ideológicos que conflitam com a moderação tática exigida por PP/União. Tarcísio terá de coreografar três plateias ao mesmo tempo:

  1. o eleitor médio de SP (resultado/gestão),

  2. a militância bolsonarista (identidade),

  3. os caciques do centrão ampliado (governabilidade futura).

O principal calcanhar de Aquiles

A percepção de uso do cargo como trampolim é o ponto frágil. Não é só retórica: a jurisprudência visa justamente evitar vantagem indevida do incumbente. Por isso, a orientação de manter o discurso de reeleição faz sentido — serve de para-choque reputacional enquanto a coalizão fecha regras de convivência, eventos e linguagem de campanha.

O que observar nas próximas semanas

  • Reunião Tarcísio–Bolsonaro (janela de visita em 29/9, 9h–18h): se sair um aceno público, mesmo sem “batida de martelo”, já reposiciona o noticiário.

  • Sinais de alinhamento com PP e União: presença de líderes, fotos, agendas temáticas (economia/segurança) e ensaios de programa.

  • Agenda de entregas em SP: marco-obras e indicadores serão usados como “vitrine nacional”.

Perguntas e respostas

Bolsonaro pode ser candidato?
Não. Está inelegível por 8 anos a partir de 2022, portanto até 2030, por decisão do TSE confirmada em 2024 em recursos correlatos.

Tarcísio precisa deixar o governo para disputar a Presidência?
Sim. Chefes do Executivo que pretendem concorrer a outro cargo devem renunciar até 6 meses antes do pleito (art. 14, §6º, CF; entendimento consolidado do TSE).

De que partido Tarcísio é filiado?
Ao Republicanos, filiação anunciada em 2022.

Opinião

O aval de Bolsonaro resolve o problema do “quem” na direita — e abre outro: o do “como”. O sucesso da candidatura Tarcísio dependerá menos do anúncio em si e mais da governança da coalizão (Republicanos-PP-União-PL) e da capacidade de proteger a imagem de gestor enquanto pavimenta a estrada nacional. A estratégia mais vencedora hoje parece ser a da ambiguidade controlada: sinalizar rumo, acumular entregas, postergar a formalização — sem cruzar o limite legal do prazo de renúncia e sem ceder ao impulso de anúncios que beneficiam o noticiário, mas podem prejudicar a engenharia política.

Crise nos bastidores: Fufuca desafia pressão e “tapetão” contra Brandão esquenta 2026

A política maranhense entrou em mais um capítulo de tensão. O ministro do Esporte, André Fufuca (PP), segue despachando em Brasília mesmo após as cúpulas nacionais do PP e do União Brasil recomendarem a saída de seus filiados do governo Lula. A resistência do maranhense mostra sua força e gera desconforto dentro do próprio partido.

Enquanto isso, em São Luís, o vereador André Campos levantou na tribuna da Câmara a hipótese de um “tapetão” para afastar o governador Carlos Brandão. A fala repercutiu e abriu novo foco de crise política, ainda que negado por lideranças partidárias.

Nos bastidores, a grande incógnita é o rumo do PT em 2026. O partido pode insistir em Felipe Camarão, se alinhar a Orleans Brandão ou até dialogar com Eduardo Braide. A decisão passa pela direção nacional e pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que avalia a importância estratégica do Maranhão para as eleições.

No cenário nacional, o julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro no STF segue em ritmo acelerado, com sua defesa negando envolvimento em tentativa de golpe e articulando uma saída política via projeto de anistia no Congresso.

União Brasil e PP rompem com Lula, Fufuca na corda bamba e “bruxo” agita Assembleia do Maranhão

A política nacional e maranhense voltou a ferver nos últimos dias. O Centrão, representado por União Brasil e Progressistas (PP), anunciou o rompimento com o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). A decisão impacta diretamente o ministro do Esporte, o maranhense André Fufuca, que pode deixar o cargo nos próximos dias.

Enquanto Brasília se movimenta, o Maranhão também pegou fogo. Na Assembleia Legislativa, o deputado Adelmo Soares chamou o ex-presidente da Casa, Otelino Neto, de “bruxo” em meio a um embate acalorado. A fala provocou reação imediata e aumentou a temperatura entre governistas e oposicionistas, em mais um capítulo da disputa entre brandonistas e dinistas.

Além disso, a direita brasileira se vê dividida com vários nomes cotados para 2026 — de Tarcísio de Freitas a Romeu Zema, passando por Ratinho Jr. e Eduardo Leite —, enquanto a esquerda segue unida em torno de Lula. O cenário indica que o próximo pleito presidencial será marcado por racha interno na oposição e um provável segundo turno polarizado.

📺 Assista ao vídeo completo do Tá Na Hora Maranhão e entenda os bastidores que ligam Brasília ao Maranhão:

O que está em jogo para o Maranhão

  • André Fufuca: ministro do Esporte pode perder espaço no governo após o rompimento do PP.
  • Assembleia em chamas: a fala de Adelmo Soares contra Othelino Neto mostra como a disputa estadual já se mistura à nacional.
  • Eleições 2026: Felipe Camarão, Carlos Brandão e Orleans Brandão são peças centrais no tabuleiro maranhense.

PT no Maranhão admite possibilidade de apoiar Eduardo Braide para governador em 2026

PT no Maranhão avalia apoiar Eduardo Braide ao governo em 2026

PT no Maranhão avalia apoiar Eduardo Braide ao governo em 2026

PT abre portas para possível apoio a Eduardo Braide em 2026

O presidente do Diretório Estadual do PT no Maranhão, Francimar Melo, admitiu em entrevista ao jornalista Felipe Klant que o partido não descarta apoiar uma candidatura do prefeito de São Luís, Eduardo Braide, ao governo estadual nas eleições de 2026.

Segundo Francimar, a prioridade do PT é construir uma aliança robusta, articulando tanto no cenário nacional quanto regional.

“O próprio Braide não está fora das nossas considerações como uma potencial candidatura do mesmo campo. Estamos buscando construir uma grande aliança e tenho participado ativamente dessas conversas a nível nacional”, declarou o dirigente.

Estratégia de alianças

Francimar Melo destacou ainda que o partido busca ampliar seu espaço em negociações com outras legendas, mesmo que isso não signifique apoio integral.

“Queremos disputar uma fatia no PP, no União Brasil. Se não estivermos tendo apoio total do partido, pelo menos que venham os acordos regionais”, completou.

O desafio: Braide aceitaria apoio do PT?

Embora a declaração represente um gesto de abertura do PT, a grande questão é se Eduardo Braide teria interesse em receber esse apoio. Analistas políticos consideram pouco provável que isso aconteça no primeiro turno, já que o prefeito de São Luís mantém perfil independente e vem se consolidando como alternativa fora do campo petista.

O cenário mostra que, a pouco mais de um ano das eleições, o tabuleiro político do Maranhão segue em intensa movimentação, com partidos já se articulando para formar alianças que podem redefinir os rumos da disputa em 2026.

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