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Crise entre Dino e Brandão vira escândalo nacional e preocupa Lula, diz O Globo

Crise entre Flávio Dino e Carlos Brandão ganha repercussão nacional e preocupa o Planalto sobre reflexos nas eleições de 2026.

Crise entre Flávio Dino e Carlos Brandão ganha repercussão nacional e preocupa o Planalto sobre reflexos nas eleições de 2026.

A crise política entre Flávio Dino e Carlos Brandão ultrapassou as fronteiras do Maranhão e ganhou repercussão nacional.
O jornal O Globo, do Rio de Janeiro, destacou nesta quinta-feira (23) que o conflito entre aliados do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) e o governador maranhense evoluiu de um ajuste interno de poder para um escândalo público de grandes proporções, que já preocupa o presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Crise de bastidores que virou pauta nacional

De acordo com a reportagem do O Globo, gravações e trocas de mensagens envolvendo deputados e figuras próximas a Dino revelam tentativas de interferência política em decisões administrativas, principalmente no Tribunal de Contas do Estado (TCE).

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Os áudios mostram parlamentares pressionando o governador Carlos Brandão e articulando para influenciar cargos e decisões dentro do Executivo estadual.

O caso, que começou como uma disputa interna por espaço político, acabou se transformando em um embate público com repercussão nacional, afetando diretamente o equilíbrio da base aliada no Maranhão.

Brandão tenta conter crise e preservar governabilidade

Enquanto aliados de Dino são acusados de ultrapassar limites políticos e administrativos, o governador Carlos Brandão tenta administrar a crise sem romper completamente com o grupo do ministro do STF.
Segundo fontes próximas ao Palácio dos Leões, Brandão tem adotado uma postura de contenção, evitando que a disputa interna afete o funcionamento da máquina pública e a imagem do governo.

“Brandão tenta preservar a governabilidade e evitar que disputas pessoais prejudiquem o Estado”, observou um analista ouvido pela reportagem.

Nos bastidores, o governador também tem trabalhado para restabelecer a confiança de aliados federais, destacando que não permitirá que o Maranhão se transforme em palco de instabilidade política em meio ao novo ciclo de investimentos e obras.

Documentos e inquérito da PF aumentam tensão

As denúncias de suposta falsificação de documentos no sistema estadual e a abertura de um inquérito pela Polícia Federal ampliaram o desgaste e deram novo combustível à crise.

Veja também:

A investigação deve apurar a autenticidade de materiais utilizados para pressionar decisões dentro do TCE e expor eventuais abusos de poder cometidos por integrantes do grupo político de Dino.

O episódio reforçou a percepção de que a crise deixou de ser administrativa e passou a envolver questões éticas e institucionais, ampliando o impacto político para além dos limites do Maranhão.

Preocupação no Planalto com reflexos em 2026

No Palácio do Planalto, a avaliação é de que a disputa entre Dino e Brandão pode fragilizar o PT no Maranhão e abrir espaço para adversários nas eleições de 2026.
Segundo o jornal O Globo, Lula acompanha de perto os desdobramentos da crise e teme que o embate entre seus aliados mais próximos cause um racha irreversível na base maranhense.

A leitura em Brasília é que Brandão busca manter a estabilidade e o controle político, enquanto Dino e seus aliados estariam apostando alto demais numa estratégia de confronto que pode comprometer a própria imagem do grupo.

Risco político e desgaste público

Analistas avaliam que a atual crise representa um divisor de águas na relação entre Flávio Dino e Carlos Brandão.
O governador tenta consolidar sua liderança como gestor pragmático e moderado, enquanto o grupo ligado a Dino enfrenta acusações de interferência e excesso de poder.

“Quem se expõe demais corre o risco de pagar o preço político mais alto”, avalia um observador da cena política maranhense.

Confira todos os detalhes na matéria do GLOBO aqui:

Aliados de Dino rompem com sucessor no Maranhão após troca de acusações sobre grampos e documentos falsos no STF

Deputados próximos ao ministro do Supremo entregaram secretarias que ocupavam no governo de Carlos Brandão, antigo vice. Rompimento preocupa Lula para 2026

Em meio a acusações de gravações escondidas e de fraude em documentos públicos, aliados do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Flávio Dino e do atual governador do Maranhão, Carlos Brandão (sem partido), anunciaram rompimento político na terça-feira. Brandão, que foi vice de Dino e depois o sucedeu na governo estadual, acusa interlocutores do ex-aliado de usarem um processo no STF, sob a relatoria do ministro, para “chantagem”. Parlamentares próximos a Dino, por sua vez, alegam terem sido alvos de “grampos” do governo do Maranhão.

O rompimento gera preocupação para o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que havia pedido há duas semanas, durante visita ao Maranhão, que Brandão e Dino tivessem “responsabilidade” e evitassem “brigar dentro de casa”. Em entrevista à TV Imirante na ocasião, Lula declarou que o racha entre os dois poderia “dar para os adversários a chance de ganhar” a eleição de 2026 no estado. Por conta do rompimento, Brandão decidiu se desfiliar do PSB, partido pelo qual foi eleito, e articula uma candidatura contra o PT no estado, embora diga que segue “parceiro do presidente Lula sob qualquer circunstância”.

Como mostrou o blog da colunista do GLOBO Malu Gaspar nesta quinta-feira, o estopim do rompimento foi a divulgação de três gravações de conversas de aliados de Dino com um interlocutor não identificado. Em uma dessas gravações, o deputado federal Rubens Jr. (PT-MA) cobra Brandão a cumprir acordos políticos nas eleições municipais de 2024 para “liberar o TCE”. Duas ações em tramitação no STF, ambas sob relatoria de Dino, barraram o preenchimento de duas vagas abertas no Tribunal de Contas do Estado (TCE) do Maranhão, no início de 2024 e de 2025. Ambas seguem sem ser preenchidas.

Em outras duas gravações, envolvendo o deputado federal Márcio Jerry (PCdoB-MA) e o atual secretário-executivo do Ministério do Esporte, Diego Galdino, também há alusões a acordos entre aliados de Dino e de Brandão nas eleições de 2024.

Os dois deputados reagiram chamando o material de “clandestino” e “ilegal”, e anunciaram pedidos de demissão de dois secretários que representavam seu grupo político no governo Brandão. Na semana passada, os mesmos parlamentares haviam oficiado o presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), para que solicitasse à Polícia Federal abertura de investigação sobre um suposto “grampo” praticado pelo governo do Maranhão.

Procurada pelo GLOBO, a assessoria do STF afirmou, em nota, que Dino “não atua em assuntos estritamente políticos” desde que tomou posse na Corte, no início de 2024. “É impossível manifestar-se sobre gravações telefônicas de terceiros, de origem desconhecida e produzidas em datas não informadas”, diz a nota do STF.

Já o governador Carlos Brandão, em nota, afirmou ter “recebido a oferta” de apoiar “candidatura de interesse do deputado Marcio Jerry” nas eleições municipais de 2024 para destravar “vagas retidas no TCE”. Ele disse ainda que “impôs limites” a tentativas de ingerência em sua gestão. “A reação foi insana, agressiva, utilizando-se até de chantagens e barganhas nada republicanas”, declarou Brandão.

O caso das gravações

Na tarde de terça, o deputado Rubens Jr afirmou, na tribuna da Câmara, que foi “gravado ilegalmente” quando estava “dando o retorno para o governador” de uma conversa que teve com Dino. A data do diálogo não foi especificada. Antes de ser indicado por Lula ao STF, em dezembro de 2023, Dino foi governador do Maranhão por dois mandatos e, em 2022, apoiou a eleição de Brandão, seu antigo vice.

Segundo o deputado, ele havia procurado Dino, a pedido de Brandão, para articular uma pacificação entre aliados do ministro e do governador, já em meio a estremecimentos na relação. Na conversa, Rubens disse ter questionado o ministro sobre “essa questão do TCE, que tem processo aqui”, e que Dino respondeu que só trataria do assunto “nos autos”.

— O diálogo foi no campo do aconselhamento pessoal. Só que isso foi transformado em uma paranoia pelo senhor Marcus Brandão, irmão do governador, como uma tentativa de intimidação, perseguição e chantagem, o que não houve – alegou o deputado, na terça-feira, no plenário da Câmara.

Dino é relator de duas ações diretas de inconstitucionalidade (Adin) que questionam o rito de escolha de conselheiros do Tribunal de Contas do Estado (TCE) do Maranhão. As ações acabaram barrando a indicação do advogado Flávio Costa, aliado de Brandão, para o tribunal.

Também citado nas gravações, o deputado federal Márcio Jerry disse ter sido “vítima de uma armação feita pelo governo do estado do Maranhão, com participação do irmão do governador”. Considerado um nome influente na administração estadual, Marcus, irmão de Brandão, articula a candidatura do próprio filho, Orleans Brandão (MDB), para a sucessão no governo do Maranhão em 2026.

A candidatura de Orleans desagrada a aliados de Dino, que pleiteiam um apoio do governador ao atual vice, Felipe Camarão (PT).

— A gente infelizmente vê o governador querer reintroduzir no Maranhão um poder oligárquico que o povo já repudiou. Resolveu inventar uma candidatura do próprio sobrinho, e resolveu praticar esses atos lamentáveis que são vistos hoje – afirmou Jerry, no plenário da Câmara, referindo-se às gravações.

Nos discursos feitos nesta terça, os deputados anunciaram que dois secretários de Brandão pediriam demissão: o titular da pasta de Cidades, Robson Paz (PCdoB), aliado de Jerry, e o secretário de Relações Institucionais, Rubens Pereira, pai de Rubens Jr.

Procurado para comentar as declarações dos deputados, Marcus Brandão afirmou que o governador, seu irmão, é alvo de “pressões”, “tentativas de achaques” e ameaças de que o “afastariam do cargo”. Ele também alegou haver “documentos plantados criminosamente” para prejudicá-lo, e atribuiu a ação a “militantes do PCdoB”.

Menção a documentos falsos no STF

As acusações de Marcus sobre os documentos constam em um processo judicial que corre na Justiça do Maranhão. O irmão do governador acusa funcionários da Secretaria Estadual de Infraestrutura de terem forjado dados oficiais em seu nome, e que foram posteriormente usados em uma ação no STF sob a relatoria de Dino.

No processo em questão, ao qual O GLOBO teve acesso, o Ministério Público do Maranhão denunciou três servidores estaduais acusados de inserir na base de dados do estado, de forma fraudulenta, o nome de Marcus Brandão como um dos responsáveis por uma empreiteira, a Vigas Engenharia, que recebeu, no ano passado, R$ 13 milhões do governo estadual. A inserção indevida ocorreu em dezembro de 2024. Ao menos um desses servidores foi filiado ao PCdoB.

Segundo o MP, “os denunciados agiram com o propósito deliberado de inserir dados falsos no sistema oficial, visando criar uma situação fática inverídica, com o fim de causar dano à Administração Pública e à vítima”. No início deste mês, a 2ª Vara Criminal de São Luís aceitou a denúncia e tornou réus os três servidores. O GLOBO não conseguiu localizar as respectivas defesas.

O irmão do governador alegou ter tomado conhecimento da fraude depois que uma advogada peticionou a Dino, na ação que trata do preenchimento de vagas no TCE do Maranhão, uma denúncia sobre suposta “compra de vagas” no tribunal.

A denúncia da advogada alegava que a empreiteira em questão está em nome de um “laranja”, mas que “de fato pertence” ao irmão do governador, e baseava esta afirmação nos mesmos dados inseridos pelos servidores acusados de fraude.

Ao despachar sobre a denúncia, Dino ordenou a abertura de inquérito pela Polícia Federal (PF) para apurar os “possíveis crimes” levantados pela advogada. O inquérito foi aberto em agosto, e corre sob sigilo.

O imbróglio político no Maranhão também alcançou o desembargador federal Ney Bello, do Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF-1), que é próximo a Dino. Segundo o deputado federal Rubens Jr. e as gravações divulgadas por aliados de Brandão, o desembargador participou das conversas que buscavam “pacificar” os desentendimentos entre aliados do ministro e do governador do Maranhão.

De acordo com o deputado petista, Bello estava presente na ocasião em que ele perguntou a Dino sobre o andamento da ação que tratava das vagas no TCE do Maranhão.

Outro lado

Procurado pelo GLOBO, Bello afirmou, em nota, que “foi professor de graduação e mestrado” de Rubens Jr, com quem tem “antiga amizade”, e que “em razão disso naturalmente conversam sobre todos os assuntos como convém a amigos”.

“Como Magistrado há 30 anos, o professor e desembargador Ney Bello não possui atividade política partidária, e nem é relator de qualquer processo envolvendo políticos de sua terra natal”, diz a nota.

Em nota, a assessoria do STF disse que “o ministro Flávio Dino não atua em assuntos estritamente políticos” desde “fevereiro de 2024, quando encerrou o seu mandato de senador”. “Sobre processos judiciais distribuídos pela presidência do STF ao ministro Flávio Dino, as manifestações são exclusivamente nos autos, como manda a lei”, disse a Corte.

O governador do Maranhão, Carlos Brandão, afirmou que seu governo “não gravou” deputados, e sim que “eles se fizeram gravar”. “Agora temem os efeitos dessa exposição vexatória a que se submeteram, expondo nomes de outros níveis de poder”, completou a nota do governador.

Procurado para comentar a menção ao secretário-executivo Diego Galdino no caso, o Ministério do Esporte disse, em nota, que o “assunto mencionado não diz respeito” à pasta, e que por isso não poderia “fornecer posicionamento a respeito”. Galdino é o braço-direito do atual ministro, André Fufuca (PP), que articula para concorrer ao Senado pelo Maranhão em 2026.

Brandão rompe o silêncio e reage à crise política no Maranhão após vazamento de áudios

 

Governador Carlos Brandão se manifesta sobre crise política e acusa antigos aliados de tentarem manter controle do governo após eleição de 2022.

Governador Carlos Brandão se manifesta sobre crise política e acusa antigos aliados de tentarem manter controle do governo após eleição de 2022.

Governador quebra o silêncio após crise política

O governador do Maranhão, Carlos Brandão (PSB), se pronunciou nesta quarta-feira (22) sobre a crise política que tomou conta do estado após a divulgação de áudios atribuídos a aliados do ex-governador e atual ministro do STF, Flávio Dino.

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Os áudios, revelados pelo deputado estadual Yglésio Moyses (PRTB), mostram supostas conversas internas entre lideranças do grupo dinista sobre acordos políticos e articulações com o Palácio dos Leões. O conteúdo gerou forte repercussão e desencadeou uma onda de rupturas e exonerações no governo.

Rompimentos e reações em cadeia

Na Câmara Federal, o deputado Rubens Jr. (PT) anunciou emocionado a entrega do cargo do pai, Rubens Pereira, então secretário de Articulação Política do governo Brandão.

Logo depois, o deputado Márcio Jerry (PCdoB) declarou incompatibilidade do PCdoB com a atual gestão e o secretário Robson Paz pediu desligamento da Secretaria de Estado das Cidades e Desenvolvimento Urbano (Secid).

A crise se aprofundou quando a Executiva Estadual do PSB, partido do governador, recomendou que todos os filiados deixem cargos no governo estadual.

Brandão acusa “chantagens e barganhas”

Em publicação nas redes sociais, Brandão criticou antigos aliados e afirmou que parte do grupo de Dino tentou manter o controle do governo mesmo após a eleição de 2022.

“Em política, tem que se ter coerência. Sou parceiro do presidente Lula sob qualquer circunstância, mas aqui no Maranhão plantou-se uma divisão. O governo que se encerrou em 2022 quis permanecer no comando da gestão para a qual fui eleito. Fui parceiro, mas impus limites.”

O governador classificou a reação do grupo ligado a Dino como “insana e agressiva”, citando “chantagens e barganhas nada republicanas”.

“Tudo que agora veio a público já era sabido, porque eles próprios falavam abertamente. O deputado Rubens Júnior me trouxe um recado, uma oferta: eu apoiaria uma candidatura de interesse do deputado Márcio Jerry em Colinas e as vagas retidas do TCE seriam liberadas. O próprio Rubens Júnior confirmou isso na Câmara Federal”, declarou Brandão.

Negativa sobre gravações e defesa política

Carlos Brandão negou que seu governo tenha feito gravações. Segundo ele, os próprios envolvidos se gravaram e agora “temem os efeitos da exposição vexatória a que se submeteram”.

Veja também: Márcio Jerry anuncia que PCdoB entregou comando da Secid no governo Brandão

O Partido dos Trabalhadores (PT) divulgou nota de apoio a Rubens Jr., ressaltando que suas decisões seguem “a defesa da democracia e da soberania”.

Já o presidente estadual do MDB, Marcus Brandão, irmão do governador, reforçou a defesa da atual gestão e criticou o grupo político ligado a Flávio Dino.

Márcio Jerry anuncia que PCdoB entregou comando da Secid no governo Brandão

 

Márcio Jerry anuncia a saída do PCdoB da Secretaria de Cidades; Robson Paz deixa o cargo em meio a denúncias de gravações ilegais e crise política no governo Brandão.

Márcio Jerry anuncia a saída do PCdoB da Secretaria de Cidades; Robson Paz deixa o cargo em meio a denúncias de gravações ilegais e crise política no governo Brandão.

PCdoB anuncia saída da Secretaria de Cidades

O Partido Comunista do Brasil (PCdoB) decidiu deixar o comando da Secretaria de Estado das Cidades e Desenvolvimento Urbano (Secid) do governo Carlos Brandão (PSB). O anúncio foi feito nesta terça-feira (21) pelo deputado federal Márcio Jerry, presidente estadual do partido e vice-líder do governo Lula na Câmara Federal.

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A pasta era chefiada pelo jornalista Robson Paz, que formalizou seu pedido de desligamento após o surgimento de denúncias sobre gravações clandestinas envolvendo membros e aliados do governo estadual.

Pedido de exoneração de Robson Paz

Em comunicado publicado nas redes sociais, Robson Paz afirmou que decidiu deixar o cargo em razão da gravidade das denúncias e em respeito ao partido e à população maranhense.

“Em face das graves denúncias de gravações clandestinas, ilegais e imorais, que teriam sido feitos por membros e aliados do governo do Estado, tendo como vítimas o deputado federal Rubens Júnior, vice-líder do governo Lula na Câmara; o secretário executivo do Ministério do Turismo, Diego Galdino; e o deputado federal Márcio Jerry, também vice-líder do governo e presidente estadual do PCdoB Maranhão, encaminho meu pedido de desligamento do cargo de Secretário de Estado das Cidades e Desenvolvimento Urbano, que ora ocupo por indicação partidária”, escreveu Paz.

O agora ex-secretário agradeceu à equipe da Secid pelo trabalho desenvolvido ao longo dos 13 meses e 6 dias em que esteve à frente da pasta.

Crise política e rompimentos

A decisão do PCdoB de entregar o cargo ocorre em meio à crise política que se intensificou após o rompimento do deputado federal Rubens Jr. (PT) com o governo Brandão. Rubens anunciou, em discurso emocionado na Câmara dos Deputados, a exoneração do pai, Rubens Pereira, da Secretaria de Articulação Política, afirmando ter sido gravado ilegalmente enquanto atuava em uma missão de paz entre os grupos políticos ligados ao governador e ao ministro do STF, Flávio Dino.

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As denúncias foram apresentadas na Assembleia Legislativa do Maranhão pelo deputado estadual Yglésio Moyses (PSB), que exibiu áudios e mensagens supostamente atribuídas a Márcio Jerry, Rubens Jr. e Diego Galdino, mencionando articulações políticas e jurídicas voltadas à redistribuição de poder dentro do governo estadual.

Márcio Jerry confirma entrega da pasta

Durante pronunciamento na Câmara Federal, Márcio Jerry confirmou a decisão partidária de entregar o cargo e manifestou solidariedade aos aliados citados nas denúncias. O deputado classificou o episódio como “inaceitável e desleal”, reforçando que o PCdoB seguirá atuando com lealdade ao projeto político do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, mas que não compactuará com práticas de espionagem interna ou ataques a aliados.

Saída pode ampliar instabilidade no governo

A entrega da Secid pelo PCdoB e a provável saída de Rubens Pereira da Articulação Política agravam a instabilidade na base do governador Carlos Brandão, que já enfrenta rachas entre dinistas e brandonistas e dificuldades para manter a unidade da aliança entre PT, PSB e PCdoB no Maranhão.

As duas exonerações representam perdas importantes na estrutura política do governo, especialmente às vésperas das articulações para as eleições municipais de 2024 e para o pleito estadual de 2026, quando Brandão deve tentar eleger seu sucessor.

Deputados Márcio Jerry e Rubens Jr. pedem investigação da PF sobre suspeita de gravações ilegais no Maranhão

Deputados Márcio Jerry e Rubens Jr. pedem que a PF investigue suspeita de gravações ilegais que teriam sido usadas politicamente no Maranhão

Deputados Márcio Jerry e Rubens Jr. pedem que a PF investigue suspeita de gravações ilegais que teriam sido usadas politicamente no Maranhão

Os deputados federais Márcio Jerry (PCdoB-MA) e Rubens Pereira Júnior (PT-MA) protocolaram, na manhã desta segunda-feira (13), uma representação à Câmara dos Deputados pedindo investigação da Polícia Federal sobre supostas gravações ilegais que envolveriam ambos e o secretário executivo do Ministério do Esporte, Diego Galdino.

O documento foi encaminhado ao presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), solicitando que a Casa adote providências imediatas para garantir uma apuração independente e transparente.

Gravações e uso político

De acordo com os parlamentares, circulam em Brasília informações de que integrantes do Governo do Maranhão teriam gravações em áudio atribuídas aos dois deputados e ao secretário, supostamente produzidas em um inquérito da Polícia Civil do Estado.
Segundo a representação, esse material teria sido submetido a perícia técnica e encaminhado à imprensa sem consentimento dos envolvidos.

Jerry e Rubens classificam o caso como “gravíssimo”, afirmando que, se confirmado, pode representar “uso político da Polícia Civil para perseguir adversários ou constranger aliados”.

“Tratar-se-ia de uma repugnante violação das prerrogativas parlamentares, exigindo pronta e enérgica defesa e reação por parte da Câmara dos Deputados”, afirmam os parlamentares no documento.

Pedido de investigação federal

A representação reforça que o caso deve ser investigado pela Polícia Federal, já que envolve possíveis crimes contra parlamentares federais, o que amplia a gravidade da denúncia.

“Diante de tais revelações, pede-se a urgente tomada de providências, inclusive com encaminhamento para a Polícia Federal apurar possível prática de crimes tendo como vítimas parlamentares federais”, diz o texto.

Os deputados lembram ainda que, dias antes da repercussão das supostas gravações, Márcio Jerry havia apresentado uma notícia de fato ao Ministério Público do Maranhão, solicitando investigação sobre o uso político do aparato policial.

Próximos passos

O caso agora será analisado pela Presidência da Câmara, que poderá encaminhar o pedido às autoridades competentes, entre elas a Polícia Federal e o Ministério Público Federal, para garantir uma apuração rigorosa e transparente.

O que diz o governo

Em resposta às declarações recentes, a Secretaria de Estado da Segurança Pública do Maranhão (SSP-MA) divulgou uma nota oficial negando qualquer investigação que envolva o deputado federal Márcio Jerry ou outros nomes mencionados por ele em publicações nas redes sociais. O órgão reforça que não houve escutas, perícias ou apurações nesse contexto e repudia o que classifica como uma denúncia “descabida”. A nota completa da SSP-MA pode ser lida na íntegra abaixo.

A Secretaria de Estado da Segurança Pública do Maranhão (SSP-MA) esclarece que jamais houve investigação que envolva o deputado federal Márcio Jerry e todos os demais por ele relacionados em recente publicação em rede social.

A Polícia Civil informa que não houve investigação, não foram feitas escutas e nem perícias relacionadas aos senhores Márcio Jerry, Rubens Júnior e Diego Galdino, assim como de quem quer seja nesse contexto de utilização da força de segurança pública para fins políticos.

Deputado federal tem foro diferenciado, muito além da competência de atuação da Secretaria de Segurança Pública do Estado.

A SSP repudia com veemência a denúncia descabida do deputado federal Marcio Jerry e se coloca à disposição de todos os níveis da Justiça para os esclarecimentos necessários.

Atualizada em 13/10/25, às 20h06

Camarão rebate Brandão e descarta renúncia: “A hipótese é zero”

Felipe Camarão endurece o tom e diz que não renunciará “em hipótese alguma” em meio à crise política com Brandão ⚡️

Felipe Camarão endurece o tom e diz que não renunciará “em hipótese alguma” em meio à crise política com Brandão ⚡️

O vice-governador do Maranhão, Felipe Camarão (PT), descartou qualquer possibilidade de renunciar ao cargo como parte de um acordo político com o governador Carlos Brandão (PSB).
A declaração eleva novamente a tensão entre petistas e brandonistas dentro do grupo governista.

“Se a condição for eu renunciar, infelizmente, não vai ter acordo. A hipótese de eu renunciar é zero”, afirmou Camarão.

A fala do vice ocorre em meio às discussões sobre a sucessão estadual de 2026, e surge após especulações de que Brandão poderia propor um gesto conjunto de pacificação com renúncia simultânea dos dois, abrindo espaço para uma nova composição política.

Camarão, porém, deixou claro que não aceita imposições e defendeu que Brandão não pode interferir na escolha do sucessor caso o candidato seja alinhado ao presidente Lula (PT).

“O governador não pode impor condições à sucessão se for alguém leal ao projeto do presidente Lula”, disse o vice.

Nos bastidores, líderes políticos tentam reaproximar Brandão e Lula para evitar um racha definitivo entre PT e PSB no Maranhão.
Uma reunião entre os dois deve acontecer nos próximos dias em busca de entendimento e manutenção da unidade do grupo governista.

Cena em Imperatriz expõe distanciamento entre Brandão e Camarão; Lula pode ser obrigado a intervir no Maranhão

Imperatriz vira palco de constrangimento político

Uma simples solenidade em Imperatriz acabou se transformando em termômetro da crise dentro do governo do Maranhão.
Durante evento com o ministro da Educação, Camilo Santana, o governador Carlos Brandão (PSB) e o vice Felipe Camarão (PT) estiveram juntos pela primeira vez após semanas de tensão — mas as imagens mostram um claro distanciamento entre os dois.

No vídeo exibido no programa “Tá na Hora Maranhão”, os jornalistas Olavo Sampaio, Ricardo Marques e John Cutrim analisaram quadro a quadro o momento em que Brandão cumprimenta outros políticos, mas não fala com o vice.
O registro gerou debate entre os telespectadores: teria o governador ignorado Camarão de propósito — ou simplesmente não o viu?

“Juntos, mas separados”

A cena, que rapidamente viralizou nas redes locais, mostra Brandão no primeiro plano ao lado do ministro, enquanto Camarão aparece no fundo, distante.
“Antes, eles andavam lado a lado, agora estão juntos, mas separados”, ironizou um dos comentaristas do programa.
O episódio reforça o clima de afastamento entre brandonistas e dinistas, principalmente após Camarão reforçar sua pré-candidatura ao governo em 2026 e aliados de Brandão articularem o nome do sobrinho Orleans Brandão como possível sucessor.

Lula no meio do fogo cruzado

Nos bastidores, fala-se que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva pode ser chamado a mediar a relação entre os dois aliados, ambos do seu campo político.
“Vai ter que sentar um de frente pro outro e dizer: ‘bora resolver isso aqui’”, brincou o apresentador Olavo Sampaio, destacando a dificuldade de reconciliação dentro da base maranhense.

PL fecha as portas para Roberto Rocha

Enquanto Brandão e Camarão se evitam, outro movimento agita a política maranhense.
O presidente estadual do PL, Josimar Maranhãozinho, confirmou que o partido não terá candidatura majoritária em 2026 e vetou a entrada do ex-senador Roberto Rocha.
Segundo o comentarista John Cutrim, Roberto tentava articular seu retorno ao PL por Brasília, usando sua relação próxima com Jair Bolsonaro — mas Josimar teria fechado a porta: “Aqui, quem manda é o diretório do Maranhão”.

Flávio Dino concede habeas corpus e causa reação

Outro ponto quente da resenha foi a decisão do ministro Flávio Dino, do STF, que concedeu habeas corpus ao presidente de um sindicato ligado a aliados de Lula, permitindo que ele ficasse em silêncio na CPMI do INSS.
A medida gerou críticas do presidente da comissão, senador Carlos Viana, mas foi defendida por Ricardo Marques:

“O habeas corpus é um instrumento fundamental do Estado Democrático de Direito. Não é privilégio, é garantia constitucional.”

Repercussão entre o público

A audiência do programa participou ativamente: a maioria acreditou que Brandão não viu o vice, mas houve quem discordasse.
“Ele viu sim, só não quis cumprimentar”, escreveu um telespectador.
Outros brincaram com a situação: “Camarão que dorme, a onda leva”.

Análise política: crise com reflexos em 2026

O episódio em Imperatriz reforça o racha dentro do grupo que elegeu Brandão, com reflexos diretos na disputa estadual de 2026.
Enquanto Camarão tenta se consolidar como nome do PT, o PSB de Brandão perdeu força nacionalmente, especialmente após rumores de que o comando do partido no Maranhão pode migrar para Ana Paula Lobato, senadora aliada de Flávio Dino.

O que era apenas um cumprimento virou símbolo do distanciamento político entre governador e vice.
Com a tensão crescendo, resta saber se Lula vai agir como bombeiro — ou se o fogo da sucessão já está fora de controle no Maranhão.

👉 E você, o que acha? Brandão viu ou não viu o Camarão?
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📺 Acompanhe o “Tá na Hora Maranhão”, de segunda a sexta, às 18h30, pela TV Difusora/SBT.

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