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Vídeo: Emendas PIX no Maranhão: Transparência e os R$ 440 Milhões

 

Deputados e lideranças políticas do Maranhão discutem emendas PIX e os desdobramentos eleitorais para 2026, enquanto a população questiona a transparência e a aplicação dos recursos públicos.

Deputados e lideranças políticas do Maranhão discutem emendas PIX e os desdobramentos eleitorais para 2026, enquanto a população questiona a transparência e a aplicação dos recursos públicos.

A política no Maranhão nunca esteve tão movimentada quanto nos últimos meses. Com o anúncio de R$ 440 milhões em emendas parlamentares PIX liberadas até o mês de outubro de 2025, o estado enfrenta uma questão crucial: onde está esse dinheiro? A falta de transparência no uso dessas verbas tem gerado questionamentos sobre como os recursos estão sendo aplicados, especialmente em uma época de tanta necessidade nas áreas de saúde, educação e infraestrutura.

O Que São as Emendas PIX?

As emendas PIX, um modelo de repasse direto dos parlamentares para prefeituras e outros órgãos do estado, têm sido uma das formas mais utilizadas para garantir recursos a diversas localidades. No Maranhão, o valor já alcançou os R$ 440 milhões. Isso se deve à atuação da bancada federal do estado, que alocou esses recursos para apoiar projetos nas áreas mais carentes.

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A vantagem das emendas PIX é a rapidez no repasse do dinheiro. Elas funcionam como uma transferência imediata de recursos para a conta do município ou estado, o que deveria acelerar a execução de projetos. Mas, apesar dessa celeridade, o que tem chamado atenção é a falta de fiscalização e de prestação de contas sobre como esse dinheiro tem sido aplicado.

Falta de Transparência: Onde Está o Dinheiro?

A grande crítica em torno das emendas PIX é a falta de prestação de contas. Ao contrário das emendas tradicionais, em que há a necessidade de aprovação de projetos, detalhamento de investimentos e acompanhamento das ações, as emendas PIX simplesmente transferem o dinheiro para o órgão responsável, mas não exigem que ele publique relatórios detalhados sobre a execução.

Isso tem gerado uma certa desconfiança, com questionamentos sobre se esses recursos estão realmente sendo aplicados nas necessidades mais urgentes ou se estão sendo mal direcionados. Projetos de infraestrutura, como construção de hospitais, estradas e escolas, muitas vezes não apresentam o retorno esperado, fazendo com que a população se pergunte: “Onde está o investimento?”

A Questão das Eleições e o Papel dos Deputados

Enquanto a discussão sobre as emendas PIX ganha destaque, outra pauta importante continua a dominar a política do estado: as eleições de 2026. O governador Carlos Brandão, ainda com seu futuro político indefinido, tem enfrentado tensões dentro de seu próprio grupo político, com destaque para o vice-governador Felipe Camarão, que anunciou sua pré-candidatura ao governo, independentemente do apoio do atual governador.

Essa divisão interna se reflete diretamente no cenário eleitoral, que já começa a se desenhar com o apoio de algumas lideranças, como o ex-governador José Sarney, que tem se mostrado uma peça-chave nas movimentações de bastidores. Com ou sem a renúncia de Brandão, o cenário político está em ebulição.

Felipe Camarão, por sua vez, tem sido enfático ao declarar que não vai desistir e está determinado a enfrentar os desafios eleitorais, seja com o apoio de Brandão ou não. Em um cenário de polarização crescente, essa briga interna promete aquecer as eleições de 2026.

O Papel do STF e a Assembleia Legislativa

No meio de toda essa confusão política, o Supremo Tribunal Federal (STF) também entrou em cena ao decidir sobre a eleição da presidência da Assembleia Legislativa do Maranhão. Após meses de deliberação, a votação está quase decidida, com o placar de 8 a 0 favorável à eleição de Iracema Vale. No entanto, o processo ainda está sendo revisado, e a decisão final ainda não foi completamente consolidada.

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O caso se arrasta desde o ano passado e exemplifica como a judicialização da política tem se tornado um empecilho para o bom andamento dos processos administrativos e eleitorais. A demora na decisão e a disputa pelo cargo de presidente da Assembleia são reflexos de um cenário político marcado por batalhas internas, que têm o poder de afetar diretamente o andamento do governo estadual.

O Que Esperar do Futuro?

Com tantos recursos em jogo e um cenário eleitoral que promete ser altamente competitivo, a população maranhense está cada vez mais atenta às movimentações dos políticos e ao uso dos recursos públicos. O que falta, de fato, é transparência: os cidadãos precisam entender onde está sendo investido o dinheiro que, teoricamente, deveria ser usado para melhorar a vida de todos.

A transparência e o controle social são essenciais para que o dinheiro público não se perca em meio a interesses pessoais e disputas partidárias. As emendas PIX podem ser uma ferramenta útil se forem bem aplicadas, mas, para isso, a fiscalização e o acompanhamento da sociedade civil são indispensáveis.

Com a eleição de 2026 à vista e a perspectiva de uma disputa acirrada, o Maranhão precisa de políticos comprometidos com o bem-estar de sua população, dispostos a colocar o interesse público à frente de interesses partidários e pessoais. O tempo dirá se os próximos passos políticos irão consolidar ou enfraquecer esse cenário.

Carlos Bolsonaro confirma pré-candidatura ao Senado por Santa Catarina e acirra disputa dentro do PL

Carlos Bolsonaro anunciou nas redes sociais sua pré-candidatura ao Senado por Santa Catarina nas eleições de 2026.

Carlos Bolsonaro anunciou nas redes sociais sua pré-candidatura ao Senado por Santa Catarina nas eleições de 2026.

O vereador Carlos Bolsonaro (PL-RJ) confirmou, nesta segunda-feira (13), sua pré-candidatura ao Senado por Santa Catarina nas eleições de 2026. O anúncio foi feito em uma publicação nas redes sociais e marcou oficialmente sua entrada na disputa eleitoral, ampliando as tensões dentro do Partido Liberal (PL) no estado.

“Os pré-candidatos ao Senado em Santa Catarina de Jair Bolsonaro são Carol De Toni e Carlos Bolsonaro”, escreveu o vereador, em referência à deputada federal Caroline de Toni (PL-SC), também cotada para concorrer à vaga.

Na postagem, Carlos afirmou ainda que há “um plano cristalino e diário para desconstruir Jair Bolsonaro”, numa defesa direta ao pai, o ex-presidente da República.

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O anúncio ocorreu após reportagem do O Estado de S. Paulo afirmar que Caroline de Toni estaria negociando sua filiação ao partido Novo para disputar o Senado. O presidente da sigla, Eduardo Ribeiro, confirmou ter feito o convite, mas afirmou que a parlamentar ainda não decidiu.

“Ela disse que quer tentar garantir a vaga pelo PL, o que faz todo sentido, e que recebeu convites de outros partidos também”, declarou Ribeiro ao UOL.

Disputa interna e incertezas no PL catarinense

A confirmação da pré-candidatura de Carlos Bolsonaro intensificou a disputa interna no PL de Santa Catarina, que tenta definir as duas vagas para o Senado que o partido deve lançar em 2026. Tanto Carlos quanto a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro defendem o nome de Caroline de Toni para compor a chapa, o que tem gerado divergências entre lideranças da legenda.

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Nos bastidores, existe a possibilidade de o PL formar aliança com o PP e o União Brasil, apoiando o senador Espiridião Amin (PP) em troca de apoio à reeleição do governador Jorginho Mello (PL) — cenário que poderia alterar a formação da chapa bolsonarista no estado.

Diante da incerteza, Caroline de Toni fez duras declarações, indicando que pode deixar o partido caso não tenha sua candidatura confirmada:

“Quando chegar a oportunidade, se a palavra que me foi dada não for cumprida, eu vou buscar outro rumo, em outro partido que não esteja subordinado a nenhum cacique partidário. Aqui ninguém é fantoche, ninguém é palhaço”, afirmou à rádio Princesa Xanxerê, de Santa Catarina.

A movimentação de Carlos Bolsonaro é vista como uma estratégia para fortalecer a presença da família Bolsonaro no Sul do país, região onde o ex-presidente mantém forte base de apoio. A definição das candidaturas dentro do PL catarinense deve ocorrer apenas em 2026, mas a disputa já promete redefinir alianças e influenciar o cenário político nacional.

Crise entre Dino e Brandão vira escândalo nacional e preocupa Lula, diz O Globo

Crise entre Flávio Dino e Carlos Brandão ganha repercussão nacional e preocupa o Planalto sobre reflexos nas eleições de 2026.

Crise entre Flávio Dino e Carlos Brandão ganha repercussão nacional e preocupa o Planalto sobre reflexos nas eleições de 2026.

A crise política entre Flávio Dino e Carlos Brandão ultrapassou as fronteiras do Maranhão e ganhou repercussão nacional.
O jornal O Globo, do Rio de Janeiro, destacou nesta quinta-feira (23) que o conflito entre aliados do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) e o governador maranhense evoluiu de um ajuste interno de poder para um escândalo público de grandes proporções, que já preocupa o presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Crise de bastidores que virou pauta nacional

De acordo com a reportagem do O Globo, gravações e trocas de mensagens envolvendo deputados e figuras próximas a Dino revelam tentativas de interferência política em decisões administrativas, principalmente no Tribunal de Contas do Estado (TCE).

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Os áudios mostram parlamentares pressionando o governador Carlos Brandão e articulando para influenciar cargos e decisões dentro do Executivo estadual.

O caso, que começou como uma disputa interna por espaço político, acabou se transformando em um embate público com repercussão nacional, afetando diretamente o equilíbrio da base aliada no Maranhão.

Brandão tenta conter crise e preservar governabilidade

Enquanto aliados de Dino são acusados de ultrapassar limites políticos e administrativos, o governador Carlos Brandão tenta administrar a crise sem romper completamente com o grupo do ministro do STF.
Segundo fontes próximas ao Palácio dos Leões, Brandão tem adotado uma postura de contenção, evitando que a disputa interna afete o funcionamento da máquina pública e a imagem do governo.

“Brandão tenta preservar a governabilidade e evitar que disputas pessoais prejudiquem o Estado”, observou um analista ouvido pela reportagem.

Nos bastidores, o governador também tem trabalhado para restabelecer a confiança de aliados federais, destacando que não permitirá que o Maranhão se transforme em palco de instabilidade política em meio ao novo ciclo de investimentos e obras.

Documentos e inquérito da PF aumentam tensão

As denúncias de suposta falsificação de documentos no sistema estadual e a abertura de um inquérito pela Polícia Federal ampliaram o desgaste e deram novo combustível à crise.

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A investigação deve apurar a autenticidade de materiais utilizados para pressionar decisões dentro do TCE e expor eventuais abusos de poder cometidos por integrantes do grupo político de Dino.

O episódio reforçou a percepção de que a crise deixou de ser administrativa e passou a envolver questões éticas e institucionais, ampliando o impacto político para além dos limites do Maranhão.

Preocupação no Planalto com reflexos em 2026

No Palácio do Planalto, a avaliação é de que a disputa entre Dino e Brandão pode fragilizar o PT no Maranhão e abrir espaço para adversários nas eleições de 2026.
Segundo o jornal O Globo, Lula acompanha de perto os desdobramentos da crise e teme que o embate entre seus aliados mais próximos cause um racha irreversível na base maranhense.

A leitura em Brasília é que Brandão busca manter a estabilidade e o controle político, enquanto Dino e seus aliados estariam apostando alto demais numa estratégia de confronto que pode comprometer a própria imagem do grupo.

Risco político e desgaste público

Analistas avaliam que a atual crise representa um divisor de águas na relação entre Flávio Dino e Carlos Brandão.
O governador tenta consolidar sua liderança como gestor pragmático e moderado, enquanto o grupo ligado a Dino enfrenta acusações de interferência e excesso de poder.

“Quem se expõe demais corre o risco de pagar o preço político mais alto”, avalia um observador da cena política maranhense.

Confira todos os detalhes na matéria do GLOBO aqui:

Aliados de Dino rompem com sucessor no Maranhão após troca de acusações sobre grampos e documentos falsos no STF

Deputados próximos ao ministro do Supremo entregaram secretarias que ocupavam no governo de Carlos Brandão, antigo vice. Rompimento preocupa Lula para 2026

Em meio a acusações de gravações escondidas e de fraude em documentos públicos, aliados do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Flávio Dino e do atual governador do Maranhão, Carlos Brandão (sem partido), anunciaram rompimento político na terça-feira. Brandão, que foi vice de Dino e depois o sucedeu na governo estadual, acusa interlocutores do ex-aliado de usarem um processo no STF, sob a relatoria do ministro, para “chantagem”. Parlamentares próximos a Dino, por sua vez, alegam terem sido alvos de “grampos” do governo do Maranhão.

O rompimento gera preocupação para o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que havia pedido há duas semanas, durante visita ao Maranhão, que Brandão e Dino tivessem “responsabilidade” e evitassem “brigar dentro de casa”. Em entrevista à TV Imirante na ocasião, Lula declarou que o racha entre os dois poderia “dar para os adversários a chance de ganhar” a eleição de 2026 no estado. Por conta do rompimento, Brandão decidiu se desfiliar do PSB, partido pelo qual foi eleito, e articula uma candidatura contra o PT no estado, embora diga que segue “parceiro do presidente Lula sob qualquer circunstância”.

Como mostrou o blog da colunista do GLOBO Malu Gaspar nesta quinta-feira, o estopim do rompimento foi a divulgação de três gravações de conversas de aliados de Dino com um interlocutor não identificado. Em uma dessas gravações, o deputado federal Rubens Jr. (PT-MA) cobra Brandão a cumprir acordos políticos nas eleições municipais de 2024 para “liberar o TCE”. Duas ações em tramitação no STF, ambas sob relatoria de Dino, barraram o preenchimento de duas vagas abertas no Tribunal de Contas do Estado (TCE) do Maranhão, no início de 2024 e de 2025. Ambas seguem sem ser preenchidas.

Em outras duas gravações, envolvendo o deputado federal Márcio Jerry (PCdoB-MA) e o atual secretário-executivo do Ministério do Esporte, Diego Galdino, também há alusões a acordos entre aliados de Dino e de Brandão nas eleições de 2024.

Os dois deputados reagiram chamando o material de “clandestino” e “ilegal”, e anunciaram pedidos de demissão de dois secretários que representavam seu grupo político no governo Brandão. Na semana passada, os mesmos parlamentares haviam oficiado o presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), para que solicitasse à Polícia Federal abertura de investigação sobre um suposto “grampo” praticado pelo governo do Maranhão.

Procurada pelo GLOBO, a assessoria do STF afirmou, em nota, que Dino “não atua em assuntos estritamente políticos” desde que tomou posse na Corte, no início de 2024. “É impossível manifestar-se sobre gravações telefônicas de terceiros, de origem desconhecida e produzidas em datas não informadas”, diz a nota do STF.

Já o governador Carlos Brandão, em nota, afirmou ter “recebido a oferta” de apoiar “candidatura de interesse do deputado Marcio Jerry” nas eleições municipais de 2024 para destravar “vagas retidas no TCE”. Ele disse ainda que “impôs limites” a tentativas de ingerência em sua gestão. “A reação foi insana, agressiva, utilizando-se até de chantagens e barganhas nada republicanas”, declarou Brandão.

O caso das gravações

Na tarde de terça, o deputado Rubens Jr afirmou, na tribuna da Câmara, que foi “gravado ilegalmente” quando estava “dando o retorno para o governador” de uma conversa que teve com Dino. A data do diálogo não foi especificada. Antes de ser indicado por Lula ao STF, em dezembro de 2023, Dino foi governador do Maranhão por dois mandatos e, em 2022, apoiou a eleição de Brandão, seu antigo vice.

Segundo o deputado, ele havia procurado Dino, a pedido de Brandão, para articular uma pacificação entre aliados do ministro e do governador, já em meio a estremecimentos na relação. Na conversa, Rubens disse ter questionado o ministro sobre “essa questão do TCE, que tem processo aqui”, e que Dino respondeu que só trataria do assunto “nos autos”.

— O diálogo foi no campo do aconselhamento pessoal. Só que isso foi transformado em uma paranoia pelo senhor Marcus Brandão, irmão do governador, como uma tentativa de intimidação, perseguição e chantagem, o que não houve – alegou o deputado, na terça-feira, no plenário da Câmara.

Dino é relator de duas ações diretas de inconstitucionalidade (Adin) que questionam o rito de escolha de conselheiros do Tribunal de Contas do Estado (TCE) do Maranhão. As ações acabaram barrando a indicação do advogado Flávio Costa, aliado de Brandão, para o tribunal.

Também citado nas gravações, o deputado federal Márcio Jerry disse ter sido “vítima de uma armação feita pelo governo do estado do Maranhão, com participação do irmão do governador”. Considerado um nome influente na administração estadual, Marcus, irmão de Brandão, articula a candidatura do próprio filho, Orleans Brandão (MDB), para a sucessão no governo do Maranhão em 2026.

A candidatura de Orleans desagrada a aliados de Dino, que pleiteiam um apoio do governador ao atual vice, Felipe Camarão (PT).

— A gente infelizmente vê o governador querer reintroduzir no Maranhão um poder oligárquico que o povo já repudiou. Resolveu inventar uma candidatura do próprio sobrinho, e resolveu praticar esses atos lamentáveis que são vistos hoje – afirmou Jerry, no plenário da Câmara, referindo-se às gravações.

Nos discursos feitos nesta terça, os deputados anunciaram que dois secretários de Brandão pediriam demissão: o titular da pasta de Cidades, Robson Paz (PCdoB), aliado de Jerry, e o secretário de Relações Institucionais, Rubens Pereira, pai de Rubens Jr.

Procurado para comentar as declarações dos deputados, Marcus Brandão afirmou que o governador, seu irmão, é alvo de “pressões”, “tentativas de achaques” e ameaças de que o “afastariam do cargo”. Ele também alegou haver “documentos plantados criminosamente” para prejudicá-lo, e atribuiu a ação a “militantes do PCdoB”.

Menção a documentos falsos no STF

As acusações de Marcus sobre os documentos constam em um processo judicial que corre na Justiça do Maranhão. O irmão do governador acusa funcionários da Secretaria Estadual de Infraestrutura de terem forjado dados oficiais em seu nome, e que foram posteriormente usados em uma ação no STF sob a relatoria de Dino.

No processo em questão, ao qual O GLOBO teve acesso, o Ministério Público do Maranhão denunciou três servidores estaduais acusados de inserir na base de dados do estado, de forma fraudulenta, o nome de Marcus Brandão como um dos responsáveis por uma empreiteira, a Vigas Engenharia, que recebeu, no ano passado, R$ 13 milhões do governo estadual. A inserção indevida ocorreu em dezembro de 2024. Ao menos um desses servidores foi filiado ao PCdoB.

Segundo o MP, “os denunciados agiram com o propósito deliberado de inserir dados falsos no sistema oficial, visando criar uma situação fática inverídica, com o fim de causar dano à Administração Pública e à vítima”. No início deste mês, a 2ª Vara Criminal de São Luís aceitou a denúncia e tornou réus os três servidores. O GLOBO não conseguiu localizar as respectivas defesas.

O irmão do governador alegou ter tomado conhecimento da fraude depois que uma advogada peticionou a Dino, na ação que trata do preenchimento de vagas no TCE do Maranhão, uma denúncia sobre suposta “compra de vagas” no tribunal.

A denúncia da advogada alegava que a empreiteira em questão está em nome de um “laranja”, mas que “de fato pertence” ao irmão do governador, e baseava esta afirmação nos mesmos dados inseridos pelos servidores acusados de fraude.

Ao despachar sobre a denúncia, Dino ordenou a abertura de inquérito pela Polícia Federal (PF) para apurar os “possíveis crimes” levantados pela advogada. O inquérito foi aberto em agosto, e corre sob sigilo.

O imbróglio político no Maranhão também alcançou o desembargador federal Ney Bello, do Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF-1), que é próximo a Dino. Segundo o deputado federal Rubens Jr. e as gravações divulgadas por aliados de Brandão, o desembargador participou das conversas que buscavam “pacificar” os desentendimentos entre aliados do ministro e do governador do Maranhão.

De acordo com o deputado petista, Bello estava presente na ocasião em que ele perguntou a Dino sobre o andamento da ação que tratava das vagas no TCE do Maranhão.

Outro lado

Procurado pelo GLOBO, Bello afirmou, em nota, que “foi professor de graduação e mestrado” de Rubens Jr, com quem tem “antiga amizade”, e que “em razão disso naturalmente conversam sobre todos os assuntos como convém a amigos”.

“Como Magistrado há 30 anos, o professor e desembargador Ney Bello não possui atividade política partidária, e nem é relator de qualquer processo envolvendo políticos de sua terra natal”, diz a nota.

Em nota, a assessoria do STF disse que “o ministro Flávio Dino não atua em assuntos estritamente políticos” desde “fevereiro de 2024, quando encerrou o seu mandato de senador”. “Sobre processos judiciais distribuídos pela presidência do STF ao ministro Flávio Dino, as manifestações são exclusivamente nos autos, como manda a lei”, disse a Corte.

O governador do Maranhão, Carlos Brandão, afirmou que seu governo “não gravou” deputados, e sim que “eles se fizeram gravar”. “Agora temem os efeitos dessa exposição vexatória a que se submeteram, expondo nomes de outros níveis de poder”, completou a nota do governador.

Procurado para comentar a menção ao secretário-executivo Diego Galdino no caso, o Ministério do Esporte disse, em nota, que o “assunto mencionado não diz respeito” à pasta, e que por isso não poderia “fornecer posicionamento a respeito”. Galdino é o braço-direito do atual ministro, André Fufuca (PP), que articula para concorrer ao Senado pelo Maranhão em 2026.

Flávio Dino pode voltar à política? Bastidores revelam cenário que faria o ministro deixar o STF

Flávio Dino durante sessão do STF: ministro jura ter deixado a política, mas bastidores indicam que pode voltar se for chamado por Lula em 2026.

Flávio Dino durante sessão do STF: ministro jura ter deixado a política, mas bastidores indicam que pode voltar se for chamado por Lula em 2026.

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Flávio Dino garante, com todas as letras, que abandonou de vez qualquer pretensão eleitoral ao assumir uma cadeira na mais alta Corte do país. Aos amigos, repete que trocou o palanque pela toga e que não pensa mais em disputar eleições — nem mesmo aquela que sempre foi o seu maior sonho: a Presidência da República.

Mas, nos bastidores de Brasília, a promessa de Dino tem um “porém”. Interlocutores próximos acreditam que em um cenário específico, o ex-governador do Maranhão deixaria o Supremo para voltar à arena política: se o presidente Lula, reeleito em 2026, o ungisse como seu sucessor, assim como fez com Dilma Rousseff em 2008.

“Se Lula apontar o dedo e disser ‘é ele’, Dino não pensaria duas vezes”, confidenciou um aliado ao blog.

Entre a toga e o palanque

Aos 57 anos, Flávio Dino ainda poderia permanecer quase duas décadas no STF, até atingir a idade da aposentadoria compulsória, aos 75. Porém, quem o conhece sabe: a veia política fala mais alto.

Atual presidente da Primeira Turma do Supremo, responsável por julgar a chamada trama golpista, Dino entrou no tribunal com planos interrompidos. Fontes ligadas ao ministro afirmam que ele nutria ambições maiores, mas foi “expulso da política pela própria política”.

Nos bastidores do PT, havia incômodo com o protagonismo que Dino assumiu como ministro da Justiça. Setores petistas preferiam vê-lo fora dos palanques — e Lula resolveu “blindá-lo”, nomeando-o para o STF.

Lula, Zanin e o cálculo político no Supremo

A nomeação de Flávio Dino também teve cálculo político. Depois dos desgastes causados pela Operação Lava Jato, Lula buscava ministros de confiança, com perfil jurídico sólido, mas visão política afinada com o Planalto.

Antes de Dino, o petista já havia nomeado Cristiano Zanin, seu advogado pessoal, como uma forma de gratidão pela defesa durante o período em que esteve preso — 580 dias até o STF anular os processos da Lava Jato.

Agora, o presidente se prepara para escolher o substituto de Luís Roberto Barroso, que antecipou a aposentadoria após deixar a Presidência do Supremo.

Na disputa interna por essa nova vaga, aparecem Jorge Messias (AGU), Rodrigo Pacheco (presidente do Senado) e Bruno Dantas (TCU). Também são citados Vinícius Marques de Carvalho (CGU) e o desembargador Rogério Favreto.

O xadrez de 2026

Enquanto o Palácio do Planalto decide o próximo nome para o STF, aliados observam com atenção os movimentos silenciosos de Flávio Dino.

Mesmo longe dos holofotes, o ministro segue articulado nos bastidores, com trânsito entre ministros, governadores e lideranças partidárias.

Para muitos, Dino ainda é um nome pronto para 2026 — e sua saída da política pode ter sido apenas um “intervalo estratégico”.

Flávio Dino na berlinda: O impacto político no Maranhão em 2026

Flávio Dino, ex-governador e atual ministro do Supremo Tribunal Federal, está no centro de uma investigação que promete abalar a política do Maranhão. As recentes denúncias e ações envolvendo sua postura política estão criando um clima de tensão entre dinistas e brandonistas, e o impacto disso nas eleições de 2026 não poderia ser mais significativo.

Em um momento crucial para o cenário político local, a disputa entre esses dois grupos já está influenciando as articulações para a sucessão no governo, mas o futuro de Dino também está em jogo. A investigação que está em andamento coloca Dino sob um holofote, com acusações de envolvimento em questões que podem colocar em risco a sua imagem, além de abalar a confiança dentro do próprio governo.

A obra do prolongamento da Avenida Litorânia, que gerou tanta expectativa, agora se vê questionada judicialmente, principalmente no que diz respeito ao impacto ambiental. Se por um lado isso poderia beneficiar o trânsito da região, por outro, está causando danos irreparáveis ao meio ambiente, o que coloca a execução da obra sob risco de paralisação, com a ameaça de ações judiciais e multas pesadas.

E agora, o que esperar para 2026? Com o Maranhão dividindo-se entre as forças de Dino e Brandão, o cenário político se aproxima de uma encruzilhada histórica, que pode mudar o rumo da política estadual.

🚨 Fique atento: o Maranhão está em ebulição, e as próximas semanas podem definir o futuro político do estado. Não deixe de acompanhar e entender todos os detalhes dessa crise política que promete ser o palco das próximas disputas eleitorais.

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Áudios, sessão reaberta e pedido de impeachment: bastidores do Maranhão em ebulição

Resumo do dia político no Maranhão: a Assembleia Legislativa voltou a ter sessão com quórum, mas o clima esquentou. No centro da roda, a expectativa pela divulgação de áudios atribuídos a articulações envolvendo eleições municipais, vagas no TCE-MA e menções ao STF. A SSP-MA negou oficialmente qualquer grampo ilegal e reafirmou atuação técnica e dentro da lei.

Assembleia: discursos duros e pressão pelos “áudios”

Deputados da base e da oposição levaram o tema à tribuna. Há quem fale em conteúdo “nada republicano”, e quem classifique tudo como guerra de narrativa. Até aqui, os supostos áudios não foram divulgados, mas a possibilidade de publicação nacional mantém os holofotes sobre São Luís.

Nota da SSP-MA: não há inquérito ou procedimento de grampo; a pasta reitera respeito ao Estado Democrático de Direito.

Brasília respinga: Lula reage; Dino vira alvo

Enquanto isso, em Brasília, o governo reagiu a derrotas no Congresso e exonerou indicados de parlamentares do Centrão. Paralelamente, senadores protocolaram pedido de impeachment contra o ministro Flávio Dino — movimento com baixa chance de avançar, mas alto impacto simbólico e narrativo no estado.

Inácio Melo deixa o SGB

Após forte repercussão nacional e questionamentos sobre perfil técnico, Inácio Cavalcante Melo (marido da senadora Elisiane Gama) anunciou que deixará a presidência do Serviço Geológico do Brasil. A saída tenta conter o desgaste acumulado.

Bela Vista do Maranhão: nova eleição no horizonte

Decisão judicial em 1ª instância cassou prefeito e vice por suposto abuso de poder com contratações em período vedado. A defesa promete recorrer. Se confirmada, será mais uma eleição suplementar na cidade desde 2020.

Propaganda eleitoral: atenção aos adesivos

Fora do período permitido (a partir de 16 de agosto do ano eleitoral), adesivar carros e motos com nomes de pré-candidatos pode gerar multa e, em casos extremos, complicações jurídicas. O recado vale para 2026.

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