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Crise entre Dino e Brandão vira escândalo nacional e preocupa Lula, diz O Globo

Crise entre Flávio Dino e Carlos Brandão ganha repercussão nacional e preocupa o Planalto sobre reflexos nas eleições de 2026.

Crise entre Flávio Dino e Carlos Brandão ganha repercussão nacional e preocupa o Planalto sobre reflexos nas eleições de 2026.

A crise política entre Flávio Dino e Carlos Brandão ultrapassou as fronteiras do Maranhão e ganhou repercussão nacional.
O jornal O Globo, do Rio de Janeiro, destacou nesta quinta-feira (23) que o conflito entre aliados do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) e o governador maranhense evoluiu de um ajuste interno de poder para um escândalo público de grandes proporções, que já preocupa o presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Crise de bastidores que virou pauta nacional

De acordo com a reportagem do O Globo, gravações e trocas de mensagens envolvendo deputados e figuras próximas a Dino revelam tentativas de interferência política em decisões administrativas, principalmente no Tribunal de Contas do Estado (TCE).

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Os áudios mostram parlamentares pressionando o governador Carlos Brandão e articulando para influenciar cargos e decisões dentro do Executivo estadual.

O caso, que começou como uma disputa interna por espaço político, acabou se transformando em um embate público com repercussão nacional, afetando diretamente o equilíbrio da base aliada no Maranhão.

Brandão tenta conter crise e preservar governabilidade

Enquanto aliados de Dino são acusados de ultrapassar limites políticos e administrativos, o governador Carlos Brandão tenta administrar a crise sem romper completamente com o grupo do ministro do STF.
Segundo fontes próximas ao Palácio dos Leões, Brandão tem adotado uma postura de contenção, evitando que a disputa interna afete o funcionamento da máquina pública e a imagem do governo.

“Brandão tenta preservar a governabilidade e evitar que disputas pessoais prejudiquem o Estado”, observou um analista ouvido pela reportagem.

Nos bastidores, o governador também tem trabalhado para restabelecer a confiança de aliados federais, destacando que não permitirá que o Maranhão se transforme em palco de instabilidade política em meio ao novo ciclo de investimentos e obras.

Documentos e inquérito da PF aumentam tensão

As denúncias de suposta falsificação de documentos no sistema estadual e a abertura de um inquérito pela Polícia Federal ampliaram o desgaste e deram novo combustível à crise.

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A investigação deve apurar a autenticidade de materiais utilizados para pressionar decisões dentro do TCE e expor eventuais abusos de poder cometidos por integrantes do grupo político de Dino.

O episódio reforçou a percepção de que a crise deixou de ser administrativa e passou a envolver questões éticas e institucionais, ampliando o impacto político para além dos limites do Maranhão.

Preocupação no Planalto com reflexos em 2026

No Palácio do Planalto, a avaliação é de que a disputa entre Dino e Brandão pode fragilizar o PT no Maranhão e abrir espaço para adversários nas eleições de 2026.
Segundo o jornal O Globo, Lula acompanha de perto os desdobramentos da crise e teme que o embate entre seus aliados mais próximos cause um racha irreversível na base maranhense.

A leitura em Brasília é que Brandão busca manter a estabilidade e o controle político, enquanto Dino e seus aliados estariam apostando alto demais numa estratégia de confronto que pode comprometer a própria imagem do grupo.

Risco político e desgaste público

Analistas avaliam que a atual crise representa um divisor de águas na relação entre Flávio Dino e Carlos Brandão.
O governador tenta consolidar sua liderança como gestor pragmático e moderado, enquanto o grupo ligado a Dino enfrenta acusações de interferência e excesso de poder.

“Quem se expõe demais corre o risco de pagar o preço político mais alto”, avalia um observador da cena política maranhense.

Confira todos os detalhes na matéria do GLOBO aqui:

Aliados de Dino rompem com sucessor no Maranhão após troca de acusações sobre grampos e documentos falsos no STF

Deputados próximos ao ministro do Supremo entregaram secretarias que ocupavam no governo de Carlos Brandão, antigo vice. Rompimento preocupa Lula para 2026

Em meio a acusações de gravações escondidas e de fraude em documentos públicos, aliados do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Flávio Dino e do atual governador do Maranhão, Carlos Brandão (sem partido), anunciaram rompimento político na terça-feira. Brandão, que foi vice de Dino e depois o sucedeu na governo estadual, acusa interlocutores do ex-aliado de usarem um processo no STF, sob a relatoria do ministro, para “chantagem”. Parlamentares próximos a Dino, por sua vez, alegam terem sido alvos de “grampos” do governo do Maranhão.

O rompimento gera preocupação para o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que havia pedido há duas semanas, durante visita ao Maranhão, que Brandão e Dino tivessem “responsabilidade” e evitassem “brigar dentro de casa”. Em entrevista à TV Imirante na ocasião, Lula declarou que o racha entre os dois poderia “dar para os adversários a chance de ganhar” a eleição de 2026 no estado. Por conta do rompimento, Brandão decidiu se desfiliar do PSB, partido pelo qual foi eleito, e articula uma candidatura contra o PT no estado, embora diga que segue “parceiro do presidente Lula sob qualquer circunstância”.

Como mostrou o blog da colunista do GLOBO Malu Gaspar nesta quinta-feira, o estopim do rompimento foi a divulgação de três gravações de conversas de aliados de Dino com um interlocutor não identificado. Em uma dessas gravações, o deputado federal Rubens Jr. (PT-MA) cobra Brandão a cumprir acordos políticos nas eleições municipais de 2024 para “liberar o TCE”. Duas ações em tramitação no STF, ambas sob relatoria de Dino, barraram o preenchimento de duas vagas abertas no Tribunal de Contas do Estado (TCE) do Maranhão, no início de 2024 e de 2025. Ambas seguem sem ser preenchidas.

Em outras duas gravações, envolvendo o deputado federal Márcio Jerry (PCdoB-MA) e o atual secretário-executivo do Ministério do Esporte, Diego Galdino, também há alusões a acordos entre aliados de Dino e de Brandão nas eleições de 2024.

Os dois deputados reagiram chamando o material de “clandestino” e “ilegal”, e anunciaram pedidos de demissão de dois secretários que representavam seu grupo político no governo Brandão. Na semana passada, os mesmos parlamentares haviam oficiado o presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), para que solicitasse à Polícia Federal abertura de investigação sobre um suposto “grampo” praticado pelo governo do Maranhão.

Procurada pelo GLOBO, a assessoria do STF afirmou, em nota, que Dino “não atua em assuntos estritamente políticos” desde que tomou posse na Corte, no início de 2024. “É impossível manifestar-se sobre gravações telefônicas de terceiros, de origem desconhecida e produzidas em datas não informadas”, diz a nota do STF.

Já o governador Carlos Brandão, em nota, afirmou ter “recebido a oferta” de apoiar “candidatura de interesse do deputado Marcio Jerry” nas eleições municipais de 2024 para destravar “vagas retidas no TCE”. Ele disse ainda que “impôs limites” a tentativas de ingerência em sua gestão. “A reação foi insana, agressiva, utilizando-se até de chantagens e barganhas nada republicanas”, declarou Brandão.

O caso das gravações

Na tarde de terça, o deputado Rubens Jr afirmou, na tribuna da Câmara, que foi “gravado ilegalmente” quando estava “dando o retorno para o governador” de uma conversa que teve com Dino. A data do diálogo não foi especificada. Antes de ser indicado por Lula ao STF, em dezembro de 2023, Dino foi governador do Maranhão por dois mandatos e, em 2022, apoiou a eleição de Brandão, seu antigo vice.

Segundo o deputado, ele havia procurado Dino, a pedido de Brandão, para articular uma pacificação entre aliados do ministro e do governador, já em meio a estremecimentos na relação. Na conversa, Rubens disse ter questionado o ministro sobre “essa questão do TCE, que tem processo aqui”, e que Dino respondeu que só trataria do assunto “nos autos”.

— O diálogo foi no campo do aconselhamento pessoal. Só que isso foi transformado em uma paranoia pelo senhor Marcus Brandão, irmão do governador, como uma tentativa de intimidação, perseguição e chantagem, o que não houve – alegou o deputado, na terça-feira, no plenário da Câmara.

Dino é relator de duas ações diretas de inconstitucionalidade (Adin) que questionam o rito de escolha de conselheiros do Tribunal de Contas do Estado (TCE) do Maranhão. As ações acabaram barrando a indicação do advogado Flávio Costa, aliado de Brandão, para o tribunal.

Também citado nas gravações, o deputado federal Márcio Jerry disse ter sido “vítima de uma armação feita pelo governo do estado do Maranhão, com participação do irmão do governador”. Considerado um nome influente na administração estadual, Marcus, irmão de Brandão, articula a candidatura do próprio filho, Orleans Brandão (MDB), para a sucessão no governo do Maranhão em 2026.

A candidatura de Orleans desagrada a aliados de Dino, que pleiteiam um apoio do governador ao atual vice, Felipe Camarão (PT).

— A gente infelizmente vê o governador querer reintroduzir no Maranhão um poder oligárquico que o povo já repudiou. Resolveu inventar uma candidatura do próprio sobrinho, e resolveu praticar esses atos lamentáveis que são vistos hoje – afirmou Jerry, no plenário da Câmara, referindo-se às gravações.

Nos discursos feitos nesta terça, os deputados anunciaram que dois secretários de Brandão pediriam demissão: o titular da pasta de Cidades, Robson Paz (PCdoB), aliado de Jerry, e o secretário de Relações Institucionais, Rubens Pereira, pai de Rubens Jr.

Procurado para comentar as declarações dos deputados, Marcus Brandão afirmou que o governador, seu irmão, é alvo de “pressões”, “tentativas de achaques” e ameaças de que o “afastariam do cargo”. Ele também alegou haver “documentos plantados criminosamente” para prejudicá-lo, e atribuiu a ação a “militantes do PCdoB”.

Menção a documentos falsos no STF

As acusações de Marcus sobre os documentos constam em um processo judicial que corre na Justiça do Maranhão. O irmão do governador acusa funcionários da Secretaria Estadual de Infraestrutura de terem forjado dados oficiais em seu nome, e que foram posteriormente usados em uma ação no STF sob a relatoria de Dino.

No processo em questão, ao qual O GLOBO teve acesso, o Ministério Público do Maranhão denunciou três servidores estaduais acusados de inserir na base de dados do estado, de forma fraudulenta, o nome de Marcus Brandão como um dos responsáveis por uma empreiteira, a Vigas Engenharia, que recebeu, no ano passado, R$ 13 milhões do governo estadual. A inserção indevida ocorreu em dezembro de 2024. Ao menos um desses servidores foi filiado ao PCdoB.

Segundo o MP, “os denunciados agiram com o propósito deliberado de inserir dados falsos no sistema oficial, visando criar uma situação fática inverídica, com o fim de causar dano à Administração Pública e à vítima”. No início deste mês, a 2ª Vara Criminal de São Luís aceitou a denúncia e tornou réus os três servidores. O GLOBO não conseguiu localizar as respectivas defesas.

O irmão do governador alegou ter tomado conhecimento da fraude depois que uma advogada peticionou a Dino, na ação que trata do preenchimento de vagas no TCE do Maranhão, uma denúncia sobre suposta “compra de vagas” no tribunal.

A denúncia da advogada alegava que a empreiteira em questão está em nome de um “laranja”, mas que “de fato pertence” ao irmão do governador, e baseava esta afirmação nos mesmos dados inseridos pelos servidores acusados de fraude.

Ao despachar sobre a denúncia, Dino ordenou a abertura de inquérito pela Polícia Federal (PF) para apurar os “possíveis crimes” levantados pela advogada. O inquérito foi aberto em agosto, e corre sob sigilo.

O imbróglio político no Maranhão também alcançou o desembargador federal Ney Bello, do Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF-1), que é próximo a Dino. Segundo o deputado federal Rubens Jr. e as gravações divulgadas por aliados de Brandão, o desembargador participou das conversas que buscavam “pacificar” os desentendimentos entre aliados do ministro e do governador do Maranhão.

De acordo com o deputado petista, Bello estava presente na ocasião em que ele perguntou a Dino sobre o andamento da ação que tratava das vagas no TCE do Maranhão.

Outro lado

Procurado pelo GLOBO, Bello afirmou, em nota, que “foi professor de graduação e mestrado” de Rubens Jr, com quem tem “antiga amizade”, e que “em razão disso naturalmente conversam sobre todos os assuntos como convém a amigos”.

“Como Magistrado há 30 anos, o professor e desembargador Ney Bello não possui atividade política partidária, e nem é relator de qualquer processo envolvendo políticos de sua terra natal”, diz a nota.

Em nota, a assessoria do STF disse que “o ministro Flávio Dino não atua em assuntos estritamente políticos” desde “fevereiro de 2024, quando encerrou o seu mandato de senador”. “Sobre processos judiciais distribuídos pela presidência do STF ao ministro Flávio Dino, as manifestações são exclusivamente nos autos, como manda a lei”, disse a Corte.

O governador do Maranhão, Carlos Brandão, afirmou que seu governo “não gravou” deputados, e sim que “eles se fizeram gravar”. “Agora temem os efeitos dessa exposição vexatória a que se submeteram, expondo nomes de outros níveis de poder”, completou a nota do governador.

Procurado para comentar a menção ao secretário-executivo Diego Galdino no caso, o Ministério do Esporte disse, em nota, que o “assunto mencionado não diz respeito” à pasta, e que por isso não poderia “fornecer posicionamento a respeito”. Galdino é o braço-direito do atual ministro, André Fufuca (PP), que articula para concorrer ao Senado pelo Maranhão em 2026.

[VÍDEO]: Flávio Dino nega envolvimento político, mas volta ao centro do debate com decisão sobre emendas

Ministro Flávio Dino, durante sessão no STF, voltou ao centro do debate político após decisão que amplia fiscalização sobre emendas estaduais e municipais.

Ministro Flávio Dino, durante sessão no STF, voltou ao centro do debate político após decisão que amplia fiscalização sobre emendas estaduais e municipais.

Ministro afirma ter “virado a chave” ao assumir o STF, mas decisão que impõe regras às emendas estaduais reacende debate sobre sua influência política no Maranhão

O nome do ministro Flávio Dino, do Supremo Tribunal Federal (STF), voltou ao centro da cena política maranhense.
Durante a resenha do programa Tá Na Hora Maranhão, os jornalistas Olavo Sampaio, John Cutrim e Ricardo Marques repercutiram as recentes declarações do ministro e as decisões que vêm gerando discussões dentro e fora do estado.

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Em nota divulgada por sua assessoria, Dino negou qualquer envolvimento em articulações políticas ou partidárias, afirmando que desde que assumiu o STF, em fevereiro, “virou a chave” e passou a se dedicar exclusivamente ao Poder Judiciário.

“A hipótese é obviamente absurda. O ministro Dino esteve na política até fevereiro de 2024. De lá para cá, ele virou a chave e está no Judiciário. Portanto, ele não trata mais sobre política”, diz a nota enviada à imprensa.

STF impõe novas regras às emendas estaduais e municipais

Enquanto nega interferência política, Flávio Dino tomou uma decisão que deve impactar diretamente os orçamentos estaduais e municipais em todo o país.
O ministro determinou que, a partir de 2026, as emendas parlamentares estaduais e municipais deverão seguir as mesmas regras de transparência e rastreabilidade aplicadas às verbas federais.

A decisão, que obriga os Tribunais de Contas Estaduais a se adequarem às normas ainda neste ano, foi vista por analistas como uma tentativa de moralizar o uso das emendas, após uma série de denúncias envolvendo desvios e falta de fiscalização.

“O STF quer garantir que o mesmo nível de controle aplicado às emendas do Congresso seja exigido nos estados e municípios. É um avanço para a transparência”, analisou o jornalista John Cutrim, durante o programa.

No entanto, a medida também gerou desconforto em setores políticos, especialmente entre deputados estaduais e vereadores que temem perder autonomia na destinação dos recursos.

PSB tentou expulsar Brandão, mas descobriu que ele já havia deixado o partido

No mesmo programa, a equipe do Tá Na Hora Maranhão revelou outro capítulo da crise política que movimenta o estado.
O PSB se preparava para expulsar o governador Carlos Brandão, mas acabou descobrindo que ele já havia pedido desfiliação em 17 de setembro, diretamente à Justiça Eleitoral — sem comunicar à direção da legenda.

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O caso ganhou repercussão após a senadora Ana Paula Lobato assumir o comando do PSB no Maranhão, com apoio do prefeito do Recife, João Campos, e do presidente da Câmara, Othelino Neto.
Brandão teria perdido o controle da sigla, o que consolidou o racha político com o grupo dinista, liderado por Flávio Dino e Márcio Jerry.

“O PSB ia expulsar o governador, mas ele já tinha saído antes. O partido tentou humilhar Brandão, e a situação virou um constrangimento nacional”, comentou o jornalista Ricardo Marques.

Racha político e bastidores em ebulição

A ruptura entre os grupos de Brandão e Dino se intensifica.
Após a saída do PSB e a entrega de cargos pelo PCdoB, o governo estadual se reorganiza com apoio do Republicanos e do PSD, enquanto os dinistas devem buscar abrigo em legendas da base lulista.

A crise expôs divergências internas no Palácio dos Leões, escancarando uma disputa que ultrapassa as fronteiras partidárias e se projeta nas eleições de 2026, quando Felipe Camarão (PT) e Orleans Brandão (PSB) despontam como possíveis candidatos ao governo.

Lula confirma candidatura em 2026

Encerrando uma semana de reviravoltas, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) confirmou que pretende disputar um quarto mandato.
A fala, dada a aliados e repercutida pela imprensa nacional, fortalece o campo governista, mas também acirra a disputa por espaço entre os partidos aliados — inclusive no Maranhão.

“O cenário político está completamente redesenhado. Lula se mantém como o principal nome da esquerda, enquanto Brandão tenta sobreviver a um isolamento dentro da própria base”, resumiu Olavo Sampaio, apresentador do Tá Na Hora Maranhão.

Assista à resenha completa

O Tá Na Hora Maranhão vai ao ar de segunda a sexta, às 18h30, na TV Difusora/SBT, com apresentação de Olavo Sampaio, John Cutrim e Ricardo Marques, trazendo os principais bastidores e análises da política maranhense.

Brandão reage com nota dura, PSB entrega cargos e crise política se amplia no Maranhão

Governador Carlos Brandão reagiu com nota dura às denúncias e marcou posição em meio à saída do PSB e do PCdoB do governo.

Governador Carlos Brandão reagiu com nota dura às denúncias e marcou posição em meio à saída do PSB e do PCdoB do governo.

A tensão política no Maranhão atingiu um novo patamar. Após a divulgação de áudios envolvendo lideranças do grupo governista, o governador Carlos Brandão (sem partido) quebrou o silêncio e divulgou uma nota oficial contundente, na qual denuncia tentativas de “chantagem” e “barganhas nada republicanas” dentro do cenário político estadual.

“Fui parceiro, mas impus limites. A reação foi insana e agressiva, utilizando-se até de chantagens e barganhas nada republicanas”, afirmou Brandão no comunicado.

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A nota foi publicada nas redes sociais do governador e rapidamente repercutiu em todo o meio político, escancarando um racha entre brandonistas e dinistas — que antes formavam o núcleo do governo.

PSB entrega cargos e rompe oficialmente com o governo

O PSB, partido pelo qual Brandão foi eleito, anunciou oficialmente a entrega de todos os cargos que ainda ocupava no Palácio dos Leões.
A decisão foi comunicada pela presidente estadual da sigla, senadora Ana Paula Lobato, que justificou a medida como “um gesto de coerência política e defesa da ética”.

Nos bastidores, porém, analistas avaliam que o movimento tem caráter mais estratégico do que ideológico, marcando a consolidação do distanciamento do grupo ligado ao senador Flávio Dino e ao deputado Márcio Jerry.

O gesto do PSB ocorre logo após o PCdoB também entregar a Secretaria das Cidades, confirmando o esvaziamento político do governo e ampliando o isolamento de Brandão.

Colinas vira o epicentro da crise

De acordo com informações apuradas no Tá Na Hora Maranhão, as conversas que originaram os áudios teriam ligação direta com acordos políticos não cumpridos em Colinas, cidade natal tanto de Carlos Brandão quanto de Márcio Jerry e Marcos Brandão.
O impasse sobre o apoio a candidaturas locais e a disputa por vagas no Tribunal de Contas do Estado (TCE) estariam entre os principais fatores de conflito.

Wellington do Curso deixa o NOVO e mira novos partidos

Em meio à turbulência, o deputado estadual Wellington do Curso confirmou sua desfiliação do Partido NOVO.
O parlamentar, conhecido por sua atuação crítica e independente, afirmou que já recebeu convites do PL e do PSD, siglas que buscam reforçar suas bancadas para 2026.

“Não teve nada que desabonasse. Caminho que segue. Recebi convites do PL, do PSD e de outros partidos. Ainda vou avaliar com calma”, declarou Wellington, em entrevista ao Tá Na Hora Maranhão.

O deputado destacou ainda que seguirá seu trabalho de fiscalização, denúncias e defesa dos servidores públicos, bandeiras que o tornaram um dos nomes mais populares da Assembleia Legislativa.

Notas e reações em cadeia

A nota de Brandão provocou reações imediatas.
O irmão do governador, Marcos Brandão, presidente estadual do MDB, também se manifestou, reforçando as acusações de pressões e “ameaças” contra o governo.

Veja também: Márcio Jerry anuncia que PCdoB entregou comando da Secid no governo Brandão

Do outro lado, o deputado Márcio Jerry (PCdoB) respondeu com críticas duras, alimentando ainda mais o embate entre antigos aliados.

O PT nacional, por sua vez, emitiu uma nota de solidariedade a Rubens Júnior, vice-presidente do partido, mas evitou ataques diretos ao governador, em um gesto de tentativa de pacificação entre as alas.

Cenário eleitoral e próximos passos

Com PSB e PCdoB fora do governo, Carlos Brandão agora deve reorganizar sua base política, com maior aproximação do PSD e do Republicanos.
O movimento abre caminho para uma nova configuração eleitoral, em que Felipe Camarão (PT) e Orleans Brandão (PSB) despontam como possíveis protagonistas da disputa pelo Palácio dos Leões em 2026.

Nos bastidores, a avaliação é unânime: a aliança que sustentou o poder por mais de uma década está desfeita.

“Agora é cada um por seu lado. E, pelo que tudo indica, nem o presidente Lula conseguirá costurar essa reconciliação”, comentou o jornalista John Cutrim, durante a resenha política.

📺 Assista ao Tá Na Hora Maranhão

O programa vai ao ar de segunda a sexta, às 18h30, na TV Difusora/SBT, com apresentação de Olavo Sampaio, e comentários de John Cutrim e Ricardo Marques.

Brandão rompe o silêncio e reage à crise política no Maranhão após vazamento de áudios

 

Governador Carlos Brandão se manifesta sobre crise política e acusa antigos aliados de tentarem manter controle do governo após eleição de 2022.

Governador Carlos Brandão se manifesta sobre crise política e acusa antigos aliados de tentarem manter controle do governo após eleição de 2022.

Governador quebra o silêncio após crise política

O governador do Maranhão, Carlos Brandão (PSB), se pronunciou nesta quarta-feira (22) sobre a crise política que tomou conta do estado após a divulgação de áudios atribuídos a aliados do ex-governador e atual ministro do STF, Flávio Dino.

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Os áudios, revelados pelo deputado estadual Yglésio Moyses (PRTB), mostram supostas conversas internas entre lideranças do grupo dinista sobre acordos políticos e articulações com o Palácio dos Leões. O conteúdo gerou forte repercussão e desencadeou uma onda de rupturas e exonerações no governo.

Rompimentos e reações em cadeia

Na Câmara Federal, o deputado Rubens Jr. (PT) anunciou emocionado a entrega do cargo do pai, Rubens Pereira, então secretário de Articulação Política do governo Brandão.

Logo depois, o deputado Márcio Jerry (PCdoB) declarou incompatibilidade do PCdoB com a atual gestão e o secretário Robson Paz pediu desligamento da Secretaria de Estado das Cidades e Desenvolvimento Urbano (Secid).

A crise se aprofundou quando a Executiva Estadual do PSB, partido do governador, recomendou que todos os filiados deixem cargos no governo estadual.

Brandão acusa “chantagens e barganhas”

Em publicação nas redes sociais, Brandão criticou antigos aliados e afirmou que parte do grupo de Dino tentou manter o controle do governo mesmo após a eleição de 2022.

“Em política, tem que se ter coerência. Sou parceiro do presidente Lula sob qualquer circunstância, mas aqui no Maranhão plantou-se uma divisão. O governo que se encerrou em 2022 quis permanecer no comando da gestão para a qual fui eleito. Fui parceiro, mas impus limites.”

O governador classificou a reação do grupo ligado a Dino como “insana e agressiva”, citando “chantagens e barganhas nada republicanas”.

“Tudo que agora veio a público já era sabido, porque eles próprios falavam abertamente. O deputado Rubens Júnior me trouxe um recado, uma oferta: eu apoiaria uma candidatura de interesse do deputado Márcio Jerry em Colinas e as vagas retidas do TCE seriam liberadas. O próprio Rubens Júnior confirmou isso na Câmara Federal”, declarou Brandão.

Negativa sobre gravações e defesa política

Carlos Brandão negou que seu governo tenha feito gravações. Segundo ele, os próprios envolvidos se gravaram e agora “temem os efeitos da exposição vexatória a que se submeteram”.

Veja também: Márcio Jerry anuncia que PCdoB entregou comando da Secid no governo Brandão

O Partido dos Trabalhadores (PT) divulgou nota de apoio a Rubens Jr., ressaltando que suas decisões seguem “a defesa da democracia e da soberania”.

Já o presidente estadual do MDB, Marcus Brandão, irmão do governador, reforçou a defesa da atual gestão e criticou o grupo político ligado a Flávio Dino.

Rompimento: Rubens Júnior anuncia saída do pai do governo e PCdoB entrega cargos a Brandão

 

Deputado Rubens Pereira Júnior anunciou, em discurso na Câmara dos Deputados, o pedido de exoneração do pai, Rubens Pereira, e expôs publicamente o racha entre o PCdoB e o governo Carlos Brandão.

Deputado Rubens Pereira Júnior anunciou, em discurso na Câmara dos Deputados, a saída do pai, Rubens Pereira, e expôs publicamente o racha no Maranhão.

A crise política no governo do Maranhão ganhou novos contornos após o deputado federal Rubens Pereira Júnior (PT) anunciar, da tribuna da Câmara dos Deputados, o pedido de exoneração do pai, Rubens Pereira, do cargo de secretário de Articulação Política do governador Carlos Brandão (PSB).

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O pronunciamento, feito nesta terça-feira (21), ocorreu em meio à repercussão de áudios atribuídos a deputados federais e aliados políticos, com menções diretas a Flávio Dino, atual ministro do Supremo Tribunal Federal (STF). As gravações, segundo Rubens, teriam sido feitas de forma ilegal e descontextualizada, com o objetivo de criar instabilidade dentro do grupo governista.

“Na política, é melhor ser traído do que ser traidor”, disse o parlamentar, ao formalizar a saída do pai do cargo e denunciar o que chamou de “onda de gravações clandestinas” no Maranhão.

PCdoB entrega Secretaria das Cidades

Poucas horas após o discurso, o PCdoB — partido historicamente aliado do grupo de Flávio Dino — divulgou nota anunciando a entrega da Secretaria das Cidades (Secid), pasta comandada pelo jornalista Robson Paz. A decisão foi interpretada como um rompimento oficial entre o PCdoB e o governo Brandão, consolidando uma divisão que vinha se desenhando desde as eleições municipais de 2024.

Veja também: Márcio Jerry anuncia que PCdoB entregou comando da Secid no governo Brandão

Nos bastidores, as conversas revelam acordos políticos não cumpridos relacionados às prefeituras de Colinas e Barreirinhas, além de tratativas sobre vagas no Tribunal de Contas do Estado (TCE). Segundo apurações do Tá Na Hora Maranhão, o impasse teria sido um dos fatores que acirraram o clima entre brandonistas e comunistas.

Flávio Dino nega envolvimento político

Apesar de ser citado em parte dos áudios, o ministro Flávio Dino teria reafirmado que não participa mais de articulações políticas desde que assumiu o cargo no STF. Em diálogo relatado por Rubens Júnior, Dino teria dito:

“Não estou mais na política. Esse assunto tem que ser resolvido por vocês.”

A fala foi vista como uma tentativa de se afastar da crise, mas o episódio acabou expondo ainda mais a divisão interna no grupo que por anos comandou o Estado.

Fim da pacificação e novos rumos

Para os analistas do Tá Na Hora Maranhão, o racha é irreversível. A entrega da Secid e a saída de Rubens Pereira sinalizam que o PCdoB caminha para a oposição, enquanto Brandão deve reorganizar sua base com partidos como PSD e Republicanos.

O movimento também impacta diretamente o cenário de 2026, com o fortalecimento de nomes como Felipe Camarão (PT) e Orleans Brandão (PSB) na disputa pela sucessão do Palácio dos Leões.

“Agora é cada um por seu lado. Nem o presidente Lula deve conseguir reverter essa ruptura”, analisou o jornalista John Cutrim durante a resenha política.

📺 Assista ao comentário completo no Tá Na Hora Maranhão

O programa vai ao ar de segunda a sexta, às 18h30, na TV Difusora/SBT, com apresentação de Olavo Sampaio, e comentários de John Cutrim e Ricardo Marques.

Márcio Jerry anuncia que PCdoB entregou comando da Secid no governo Brandão

 

Márcio Jerry anuncia a saída do PCdoB da Secretaria de Cidades; Robson Paz deixa o cargo em meio a denúncias de gravações ilegais e crise política no governo Brandão.

Márcio Jerry anuncia a saída do PCdoB da Secretaria de Cidades; Robson Paz deixa o cargo em meio a denúncias de gravações ilegais e crise política no governo Brandão.

PCdoB anuncia saída da Secretaria de Cidades

O Partido Comunista do Brasil (PCdoB) decidiu deixar o comando da Secretaria de Estado das Cidades e Desenvolvimento Urbano (Secid) do governo Carlos Brandão (PSB). O anúncio foi feito nesta terça-feira (21) pelo deputado federal Márcio Jerry, presidente estadual do partido e vice-líder do governo Lula na Câmara Federal.

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A pasta era chefiada pelo jornalista Robson Paz, que formalizou seu pedido de desligamento após o surgimento de denúncias sobre gravações clandestinas envolvendo membros e aliados do governo estadual.

Pedido de exoneração de Robson Paz

Em comunicado publicado nas redes sociais, Robson Paz afirmou que decidiu deixar o cargo em razão da gravidade das denúncias e em respeito ao partido e à população maranhense.

“Em face das graves denúncias de gravações clandestinas, ilegais e imorais, que teriam sido feitos por membros e aliados do governo do Estado, tendo como vítimas o deputado federal Rubens Júnior, vice-líder do governo Lula na Câmara; o secretário executivo do Ministério do Turismo, Diego Galdino; e o deputado federal Márcio Jerry, também vice-líder do governo e presidente estadual do PCdoB Maranhão, encaminho meu pedido de desligamento do cargo de Secretário de Estado das Cidades e Desenvolvimento Urbano, que ora ocupo por indicação partidária”, escreveu Paz.

O agora ex-secretário agradeceu à equipe da Secid pelo trabalho desenvolvido ao longo dos 13 meses e 6 dias em que esteve à frente da pasta.

Crise política e rompimentos

A decisão do PCdoB de entregar o cargo ocorre em meio à crise política que se intensificou após o rompimento do deputado federal Rubens Jr. (PT) com o governo Brandão. Rubens anunciou, em discurso emocionado na Câmara dos Deputados, a exoneração do pai, Rubens Pereira, da Secretaria de Articulação Política, afirmando ter sido gravado ilegalmente enquanto atuava em uma missão de paz entre os grupos políticos ligados ao governador e ao ministro do STF, Flávio Dino.

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As denúncias foram apresentadas na Assembleia Legislativa do Maranhão pelo deputado estadual Yglésio Moyses (PSB), que exibiu áudios e mensagens supostamente atribuídas a Márcio Jerry, Rubens Jr. e Diego Galdino, mencionando articulações políticas e jurídicas voltadas à redistribuição de poder dentro do governo estadual.

Márcio Jerry confirma entrega da pasta

Durante pronunciamento na Câmara Federal, Márcio Jerry confirmou a decisão partidária de entregar o cargo e manifestou solidariedade aos aliados citados nas denúncias. O deputado classificou o episódio como “inaceitável e desleal”, reforçando que o PCdoB seguirá atuando com lealdade ao projeto político do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, mas que não compactuará com práticas de espionagem interna ou ataques a aliados.

Saída pode ampliar instabilidade no governo

A entrega da Secid pelo PCdoB e a provável saída de Rubens Pereira da Articulação Política agravam a instabilidade na base do governador Carlos Brandão, que já enfrenta rachas entre dinistas e brandonistas e dificuldades para manter a unidade da aliança entre PT, PSB e PCdoB no Maranhão.

As duas exonerações representam perdas importantes na estrutura política do governo, especialmente às vésperas das articulações para as eleições municipais de 2024 e para o pleito estadual de 2026, quando Brandão deve tentar eleger seu sucessor.

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