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CBF reage à intervenção na Federação Maranhense de Futebol e ameaça excluir clubes de competições nacionais

A Confederação Brasileira de Futebol (CBF) protocolou nesta terça-feira (5) um recurso contra a decisão judicial que afastou a diretoria da Federação Maranhense de Futebol (FMF) e nomeou, por 90 dias, a advogada Susan Lucena como interventora da entidade. No pedido de embargos de declaração, a CBF alega que seu interesse direto no processo foi ignorado pelo juiz Douglas de Melo Martins, da Vara de Interesses Difusos e Coletivos de São Luís.

Segundo a entidade máxima do futebol nacional, a intervenção representa uma grave violação ao princípio constitucional da autonomia das entidades esportivas, previsto no artigo 217 da Constituição Federal, e também contraria normas estabelecidas pela Lei Geral do Esporte, além de regulamentos internacionais da FIFA e da CONMEBOL.

A CBF afirma que a nomeação de Susan Lucena configura ingerência externa no sistema esportivo, já que ela não integra a estrutura tradicional de governança do futebol. Como alternativa, a confederação propõe o nome de Milton Dantas de Farias Júnior — atual presidente da Federação Sergipana de Futebol — como interventor legítimo, com base em sua experiência e alinhamento com o modelo institucional do esporte.

O documento alerta para as possíveis consequências caso a decisão do juiz seja mantida. A CBF sinaliza que poderá excluir os clubes maranhenses das competições nacionais em andamento, como a Série D do Campeonato Brasileiro, além de suspender todos os repasses financeiros destinados às equipes e à própria FMF.

Agora, caberá ao juiz Douglas de Melo Martins reavaliar o caso diante dos embargos apresentados. A decisão poderá confirmar a intervenção determinada ou acatar os argumentos da CBF, alterando o rumo da gestão do futebol maranhense nos próximos meses.

MP aponta rombo de R$ 2 milhões na Federação Maranhense de Futebol por irregularidades financeiras


O Ministério Público do Maranhão (MPMA) ajuizou uma ação civil pública contra a Federação Maranhense de Futebol (FMF) após identificar um prejuízo de aproximadamente R$ 2 milhões aos cofres da entidade. A investigação, conduzida pela 1ª Promotoria de Justiça de Defesa do Consumidor, aponta uma série de irregularidades financeiras cometidas entre os anos de 2018 e 2022, período em que Antônio Américo Lobato Gonçalves presidia a federação.

De acordo com o MPMA, entre as principais ilegalidades estão o pagamento de gratificações sem justificativa a dirigentes, ausência de prestação de contas de repasses federais e estaduais, e a não realização de processos licitatórios para contratações e aquisições. A promotora de Justiça Lítia Cavalcanti, responsável pela ação, destaca que a má gestão comprometeu a finalidade institucional da FMF e causou danos significativos à credibilidade do futebol maranhense.

O relatório detalha que houve saques em espécie sem identificação do beneficiário, transferências diretas para contas pessoais e pagamentos de despesas incompatíveis com os objetivos da entidade. Além disso, o MP ressalta que os valores desviados poderiam ter sido aplicados na melhoria da estrutura dos clubes e na realização de campeonatos regionais, prejudicando diretamente o desenvolvimento do esporte no estado.

A ação protocolada pelo MPMA pede a condenação dos responsáveis por improbidade administrativa, além da devolução integral dos valores desviados, pagamento de multa, perda da função pública e suspensão dos direitos políticos. A promotoria também solicitou o bloqueio de bens dos acusados como forma de garantir a reparação dos danos causados.

O caso lança luz sobre a necessidade de mais transparência e controle na gestão de entidades esportivas no Maranhão. Para o Ministério Público, o episódio evidencia um padrão de administração que priorizou interesses pessoais em detrimento do futebol maranhense, que há anos enfrenta desafios para se reestruturar e recuperar a confiança da torcida e dos clubes.

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