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Crise entre Dino e Brandão vira escândalo nacional e preocupa Lula, diz O Globo

Crise entre Flávio Dino e Carlos Brandão ganha repercussão nacional e preocupa o Planalto sobre reflexos nas eleições de 2026.

Crise entre Flávio Dino e Carlos Brandão ganha repercussão nacional e preocupa o Planalto sobre reflexos nas eleições de 2026.

A crise política entre Flávio Dino e Carlos Brandão ultrapassou as fronteiras do Maranhão e ganhou repercussão nacional.
O jornal O Globo, do Rio de Janeiro, destacou nesta quinta-feira (23) que o conflito entre aliados do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) e o governador maranhense evoluiu de um ajuste interno de poder para um escândalo público de grandes proporções, que já preocupa o presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Crise de bastidores que virou pauta nacional

De acordo com a reportagem do O Globo, gravações e trocas de mensagens envolvendo deputados e figuras próximas a Dino revelam tentativas de interferência política em decisões administrativas, principalmente no Tribunal de Contas do Estado (TCE).

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Os áudios mostram parlamentares pressionando o governador Carlos Brandão e articulando para influenciar cargos e decisões dentro do Executivo estadual.

O caso, que começou como uma disputa interna por espaço político, acabou se transformando em um embate público com repercussão nacional, afetando diretamente o equilíbrio da base aliada no Maranhão.

Brandão tenta conter crise e preservar governabilidade

Enquanto aliados de Dino são acusados de ultrapassar limites políticos e administrativos, o governador Carlos Brandão tenta administrar a crise sem romper completamente com o grupo do ministro do STF.
Segundo fontes próximas ao Palácio dos Leões, Brandão tem adotado uma postura de contenção, evitando que a disputa interna afete o funcionamento da máquina pública e a imagem do governo.

“Brandão tenta preservar a governabilidade e evitar que disputas pessoais prejudiquem o Estado”, observou um analista ouvido pela reportagem.

Nos bastidores, o governador também tem trabalhado para restabelecer a confiança de aliados federais, destacando que não permitirá que o Maranhão se transforme em palco de instabilidade política em meio ao novo ciclo de investimentos e obras.

Documentos e inquérito da PF aumentam tensão

As denúncias de suposta falsificação de documentos no sistema estadual e a abertura de um inquérito pela Polícia Federal ampliaram o desgaste e deram novo combustível à crise.

Veja também:

A investigação deve apurar a autenticidade de materiais utilizados para pressionar decisões dentro do TCE e expor eventuais abusos de poder cometidos por integrantes do grupo político de Dino.

O episódio reforçou a percepção de que a crise deixou de ser administrativa e passou a envolver questões éticas e institucionais, ampliando o impacto político para além dos limites do Maranhão.

Preocupação no Planalto com reflexos em 2026

No Palácio do Planalto, a avaliação é de que a disputa entre Dino e Brandão pode fragilizar o PT no Maranhão e abrir espaço para adversários nas eleições de 2026.
Segundo o jornal O Globo, Lula acompanha de perto os desdobramentos da crise e teme que o embate entre seus aliados mais próximos cause um racha irreversível na base maranhense.

A leitura em Brasília é que Brandão busca manter a estabilidade e o controle político, enquanto Dino e seus aliados estariam apostando alto demais numa estratégia de confronto que pode comprometer a própria imagem do grupo.

Risco político e desgaste público

Analistas avaliam que a atual crise representa um divisor de águas na relação entre Flávio Dino e Carlos Brandão.
O governador tenta consolidar sua liderança como gestor pragmático e moderado, enquanto o grupo ligado a Dino enfrenta acusações de interferência e excesso de poder.

“Quem se expõe demais corre o risco de pagar o preço político mais alto”, avalia um observador da cena política maranhense.

Confira todos os detalhes na matéria do GLOBO aqui:

Aliados de Dino rompem com sucessor no Maranhão após troca de acusações sobre grampos e documentos falsos no STF

Deputados próximos ao ministro do Supremo entregaram secretarias que ocupavam no governo de Carlos Brandão, antigo vice. Rompimento preocupa Lula para 2026

Em meio a acusações de gravações escondidas e de fraude em documentos públicos, aliados do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Flávio Dino e do atual governador do Maranhão, Carlos Brandão (sem partido), anunciaram rompimento político na terça-feira. Brandão, que foi vice de Dino e depois o sucedeu na governo estadual, acusa interlocutores do ex-aliado de usarem um processo no STF, sob a relatoria do ministro, para “chantagem”. Parlamentares próximos a Dino, por sua vez, alegam terem sido alvos de “grampos” do governo do Maranhão.

O rompimento gera preocupação para o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que havia pedido há duas semanas, durante visita ao Maranhão, que Brandão e Dino tivessem “responsabilidade” e evitassem “brigar dentro de casa”. Em entrevista à TV Imirante na ocasião, Lula declarou que o racha entre os dois poderia “dar para os adversários a chance de ganhar” a eleição de 2026 no estado. Por conta do rompimento, Brandão decidiu se desfiliar do PSB, partido pelo qual foi eleito, e articula uma candidatura contra o PT no estado, embora diga que segue “parceiro do presidente Lula sob qualquer circunstância”.

Como mostrou o blog da colunista do GLOBO Malu Gaspar nesta quinta-feira, o estopim do rompimento foi a divulgação de três gravações de conversas de aliados de Dino com um interlocutor não identificado. Em uma dessas gravações, o deputado federal Rubens Jr. (PT-MA) cobra Brandão a cumprir acordos políticos nas eleições municipais de 2024 para “liberar o TCE”. Duas ações em tramitação no STF, ambas sob relatoria de Dino, barraram o preenchimento de duas vagas abertas no Tribunal de Contas do Estado (TCE) do Maranhão, no início de 2024 e de 2025. Ambas seguem sem ser preenchidas.

Em outras duas gravações, envolvendo o deputado federal Márcio Jerry (PCdoB-MA) e o atual secretário-executivo do Ministério do Esporte, Diego Galdino, também há alusões a acordos entre aliados de Dino e de Brandão nas eleições de 2024.

Os dois deputados reagiram chamando o material de “clandestino” e “ilegal”, e anunciaram pedidos de demissão de dois secretários que representavam seu grupo político no governo Brandão. Na semana passada, os mesmos parlamentares haviam oficiado o presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), para que solicitasse à Polícia Federal abertura de investigação sobre um suposto “grampo” praticado pelo governo do Maranhão.

Procurada pelo GLOBO, a assessoria do STF afirmou, em nota, que Dino “não atua em assuntos estritamente políticos” desde que tomou posse na Corte, no início de 2024. “É impossível manifestar-se sobre gravações telefônicas de terceiros, de origem desconhecida e produzidas em datas não informadas”, diz a nota do STF.

Já o governador Carlos Brandão, em nota, afirmou ter “recebido a oferta” de apoiar “candidatura de interesse do deputado Marcio Jerry” nas eleições municipais de 2024 para destravar “vagas retidas no TCE”. Ele disse ainda que “impôs limites” a tentativas de ingerência em sua gestão. “A reação foi insana, agressiva, utilizando-se até de chantagens e barganhas nada republicanas”, declarou Brandão.

O caso das gravações

Na tarde de terça, o deputado Rubens Jr afirmou, na tribuna da Câmara, que foi “gravado ilegalmente” quando estava “dando o retorno para o governador” de uma conversa que teve com Dino. A data do diálogo não foi especificada. Antes de ser indicado por Lula ao STF, em dezembro de 2023, Dino foi governador do Maranhão por dois mandatos e, em 2022, apoiou a eleição de Brandão, seu antigo vice.

Segundo o deputado, ele havia procurado Dino, a pedido de Brandão, para articular uma pacificação entre aliados do ministro e do governador, já em meio a estremecimentos na relação. Na conversa, Rubens disse ter questionado o ministro sobre “essa questão do TCE, que tem processo aqui”, e que Dino respondeu que só trataria do assunto “nos autos”.

— O diálogo foi no campo do aconselhamento pessoal. Só que isso foi transformado em uma paranoia pelo senhor Marcus Brandão, irmão do governador, como uma tentativa de intimidação, perseguição e chantagem, o que não houve – alegou o deputado, na terça-feira, no plenário da Câmara.

Dino é relator de duas ações diretas de inconstitucionalidade (Adin) que questionam o rito de escolha de conselheiros do Tribunal de Contas do Estado (TCE) do Maranhão. As ações acabaram barrando a indicação do advogado Flávio Costa, aliado de Brandão, para o tribunal.

Também citado nas gravações, o deputado federal Márcio Jerry disse ter sido “vítima de uma armação feita pelo governo do estado do Maranhão, com participação do irmão do governador”. Considerado um nome influente na administração estadual, Marcus, irmão de Brandão, articula a candidatura do próprio filho, Orleans Brandão (MDB), para a sucessão no governo do Maranhão em 2026.

A candidatura de Orleans desagrada a aliados de Dino, que pleiteiam um apoio do governador ao atual vice, Felipe Camarão (PT).

— A gente infelizmente vê o governador querer reintroduzir no Maranhão um poder oligárquico que o povo já repudiou. Resolveu inventar uma candidatura do próprio sobrinho, e resolveu praticar esses atos lamentáveis que são vistos hoje – afirmou Jerry, no plenário da Câmara, referindo-se às gravações.

Nos discursos feitos nesta terça, os deputados anunciaram que dois secretários de Brandão pediriam demissão: o titular da pasta de Cidades, Robson Paz (PCdoB), aliado de Jerry, e o secretário de Relações Institucionais, Rubens Pereira, pai de Rubens Jr.

Procurado para comentar as declarações dos deputados, Marcus Brandão afirmou que o governador, seu irmão, é alvo de “pressões”, “tentativas de achaques” e ameaças de que o “afastariam do cargo”. Ele também alegou haver “documentos plantados criminosamente” para prejudicá-lo, e atribuiu a ação a “militantes do PCdoB”.

Menção a documentos falsos no STF

As acusações de Marcus sobre os documentos constam em um processo judicial que corre na Justiça do Maranhão. O irmão do governador acusa funcionários da Secretaria Estadual de Infraestrutura de terem forjado dados oficiais em seu nome, e que foram posteriormente usados em uma ação no STF sob a relatoria de Dino.

No processo em questão, ao qual O GLOBO teve acesso, o Ministério Público do Maranhão denunciou três servidores estaduais acusados de inserir na base de dados do estado, de forma fraudulenta, o nome de Marcus Brandão como um dos responsáveis por uma empreiteira, a Vigas Engenharia, que recebeu, no ano passado, R$ 13 milhões do governo estadual. A inserção indevida ocorreu em dezembro de 2024. Ao menos um desses servidores foi filiado ao PCdoB.

Segundo o MP, “os denunciados agiram com o propósito deliberado de inserir dados falsos no sistema oficial, visando criar uma situação fática inverídica, com o fim de causar dano à Administração Pública e à vítima”. No início deste mês, a 2ª Vara Criminal de São Luís aceitou a denúncia e tornou réus os três servidores. O GLOBO não conseguiu localizar as respectivas defesas.

O irmão do governador alegou ter tomado conhecimento da fraude depois que uma advogada peticionou a Dino, na ação que trata do preenchimento de vagas no TCE do Maranhão, uma denúncia sobre suposta “compra de vagas” no tribunal.

A denúncia da advogada alegava que a empreiteira em questão está em nome de um “laranja”, mas que “de fato pertence” ao irmão do governador, e baseava esta afirmação nos mesmos dados inseridos pelos servidores acusados de fraude.

Ao despachar sobre a denúncia, Dino ordenou a abertura de inquérito pela Polícia Federal (PF) para apurar os “possíveis crimes” levantados pela advogada. O inquérito foi aberto em agosto, e corre sob sigilo.

O imbróglio político no Maranhão também alcançou o desembargador federal Ney Bello, do Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF-1), que é próximo a Dino. Segundo o deputado federal Rubens Jr. e as gravações divulgadas por aliados de Brandão, o desembargador participou das conversas que buscavam “pacificar” os desentendimentos entre aliados do ministro e do governador do Maranhão.

De acordo com o deputado petista, Bello estava presente na ocasião em que ele perguntou a Dino sobre o andamento da ação que tratava das vagas no TCE do Maranhão.

Outro lado

Procurado pelo GLOBO, Bello afirmou, em nota, que “foi professor de graduação e mestrado” de Rubens Jr, com quem tem “antiga amizade”, e que “em razão disso naturalmente conversam sobre todos os assuntos como convém a amigos”.

“Como Magistrado há 30 anos, o professor e desembargador Ney Bello não possui atividade política partidária, e nem é relator de qualquer processo envolvendo políticos de sua terra natal”, diz a nota.

Em nota, a assessoria do STF disse que “o ministro Flávio Dino não atua em assuntos estritamente políticos” desde “fevereiro de 2024, quando encerrou o seu mandato de senador”. “Sobre processos judiciais distribuídos pela presidência do STF ao ministro Flávio Dino, as manifestações são exclusivamente nos autos, como manda a lei”, disse a Corte.

O governador do Maranhão, Carlos Brandão, afirmou que seu governo “não gravou” deputados, e sim que “eles se fizeram gravar”. “Agora temem os efeitos dessa exposição vexatória a que se submeteram, expondo nomes de outros níveis de poder”, completou a nota do governador.

Procurado para comentar a menção ao secretário-executivo Diego Galdino no caso, o Ministério do Esporte disse, em nota, que o “assunto mencionado não diz respeito” à pasta, e que por isso não poderia “fornecer posicionamento a respeito”. Galdino é o braço-direito do atual ministro, André Fufuca (PP), que articula para concorrer ao Senado pelo Maranhão em 2026.

Lula demite Márcio Macêdo e nomeia Guilherme Boulos como ministro da Secretaria-Geral

Lula anuncia nomeação de Guilherme Boulos para ministro da Secretaria-Geral da Presidência após demissão de Márcio Macêdo.

Lula anuncia nomeação de Guilherme Boulos para ministro da Secretaria-Geral da Presidência após demissão de Márcio Macêdo.

 

Lula oficializa mudança na Secretaria-Geral da Presidência

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) decidiu demitir o ministro Márcio Macêdo (PT-SE) da Secretaria-Geral da Presidência, nomeando o deputado federal Guilherme Boulos (PSol-SP) para assumir o cargo. A nomeação foi oficializada nesta segunda-feira (20), após meses de especulações sobre a mudança na pasta.

Lula anunciou a decisão em suas redes sociais:
Convidei o deputado @GuilhermeBoulos para assumir o cargo de ministro-chefe da Secretaria-Geral da Presidência da República. Ele vai substituir o companheiro @MarcioMacedoPT na função, a quem agradeço por todo o trabalho realizado“, escreveu o presidente. A nomeação de Boulos será publicada amanhã no Diário Oficial.

Boulos assume em momento estratégico

A Secretaria-Geral da Presidência tem a responsabilidade pela articulação do governo com os movimentos sociais, e a mudança no comando da pasta ocorre em um momento em que o presidente busca fortalecer a base para as eleições de 2026.

A saída de Macêdo já vinha sendo especulada desde o ano passado e voltou a ser cogitada recentemente, com o governo focado em reorganizar a base aliada.

Novo caminho para Macêdo e Boulos

Com a mudança, Márcio Macêdo deve agora se dedicar à sua campanha para deputado federal nas próximas eleições. Já Guilherme Boulos, que possui boa interlocução com movimentos sociais, deve intensificar suas agendas pelo país, com olhos na reeleição de Lula.

Polícia Federal intensifica combate ao abuso infantil e já realizou mais de 2.400 operações em 2025

Policiais federais durante operação em 2025: ações contra abuso infantil cresceram 200% nos últimos três anos.

Policiais federais durante operação em 2025: ações contra abuso infantil cresceram 200% nos últimos três anos.

Entre janeiro e setembro de 2025, a Polícia Federal (PF) deflagrou 2.435 operações em todo o país, voltadas ao enfrentamento de crimes como corrupção, lavagem de dinheiro, tráfico, violência e abuso sexual.
Desse total, 730 ações — quase 30% — tiveram como foco o combate ao abuso e à exploração sexual de crianças e adolescentes, um número recorde e que reflete o crescimento das ações de repressão e inteligência da PF.

Números impressionam

De acordo com os dados levantados, até setembro foram cumpridos:

  • 816 mandados de busca e apreensão;
  • 312 prisões relacionadas a crimes de abuso sexual infantil;
  • 886 pessoas indiciadas, sem incluir os resultados da megaoperação de 8 de outubro, que mobilizou 168 mandados de busca e 55 prisões em diferentes estados.

Além disso, mais de 1.630 mandados judiciais de prisão ligados a condenações já expedidas pela Justiça foram cumpridos ao longo do ano.

Crescimento expressivo das ações

Os números mostram uma curva ascendente no combate a esses crimes:

  • 2022: 328 operações
  • 2023: 711 operações
  • 2024: 840 operações
  • 2025: já ultrapassa 2,400 operações até setembro

A expectativa é que o total de ações em 2025 supere todos os anos anteriores, consolidando o período como o mais intenso no enfrentamento a redes de abuso e exploração infantil.

Tecnologia e cooperação internacional

Segundo a Polícia Federal, o avanço nas investigações se deve ao uso crescente de ferramentas tecnológicas e inteligência artificial para rastrear conteúdos ilícitos, identificar perfis suspeitos e cruzar dados com agências internacionais.
As operações também envolvem parcerias com polícias estaduais e forças estrangeiras, além do monitoramento de redes digitais e análise forense de dispositivos eletrônicos.

Declaração do presidente Lula

Durante pronunciamento em outubro, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva destacou a importância da megaoperação e afirmou que a PF está promovendo uma verdadeira “limpeza moral e social” no país.

“A exploração infantil não escolhe lugar. Ela acontece nas cidades, nas periferias, nas áreas rurais e até em terras indígenas. O Estado tem o dever de agir com firmeza para proteger nossas crianças”, afirmou o presidente.

Proteção e prevenção

As operações têm como objetivo não apenas punir os criminosos, mas também fortalecer políticas de prevenção e acolhimento das vítimas.
A PF reforça que denúncias podem ser feitas de forma anônima pelo Disque 100, canal nacional de proteção aos direitos humanos, e que qualquer indício de abuso deve ser comunicado imediatamente às autoridades.

Flávio Dino pode voltar à política? Bastidores revelam cenário que faria o ministro deixar o STF

Flávio Dino durante sessão do STF: ministro jura ter deixado a política, mas bastidores indicam que pode voltar se for chamado por Lula em 2026.

Flávio Dino durante sessão do STF: ministro jura ter deixado a política, mas bastidores indicam que pode voltar se for chamado por Lula em 2026.

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Flávio Dino garante, com todas as letras, que abandonou de vez qualquer pretensão eleitoral ao assumir uma cadeira na mais alta Corte do país. Aos amigos, repete que trocou o palanque pela toga e que não pensa mais em disputar eleições — nem mesmo aquela que sempre foi o seu maior sonho: a Presidência da República.

Mas, nos bastidores de Brasília, a promessa de Dino tem um “porém”. Interlocutores próximos acreditam que em um cenário específico, o ex-governador do Maranhão deixaria o Supremo para voltar à arena política: se o presidente Lula, reeleito em 2026, o ungisse como seu sucessor, assim como fez com Dilma Rousseff em 2008.

“Se Lula apontar o dedo e disser ‘é ele’, Dino não pensaria duas vezes”, confidenciou um aliado ao blog.

Entre a toga e o palanque

Aos 57 anos, Flávio Dino ainda poderia permanecer quase duas décadas no STF, até atingir a idade da aposentadoria compulsória, aos 75. Porém, quem o conhece sabe: a veia política fala mais alto.

Atual presidente da Primeira Turma do Supremo, responsável por julgar a chamada trama golpista, Dino entrou no tribunal com planos interrompidos. Fontes ligadas ao ministro afirmam que ele nutria ambições maiores, mas foi “expulso da política pela própria política”.

Nos bastidores do PT, havia incômodo com o protagonismo que Dino assumiu como ministro da Justiça. Setores petistas preferiam vê-lo fora dos palanques — e Lula resolveu “blindá-lo”, nomeando-o para o STF.

Lula, Zanin e o cálculo político no Supremo

A nomeação de Flávio Dino também teve cálculo político. Depois dos desgastes causados pela Operação Lava Jato, Lula buscava ministros de confiança, com perfil jurídico sólido, mas visão política afinada com o Planalto.

Antes de Dino, o petista já havia nomeado Cristiano Zanin, seu advogado pessoal, como uma forma de gratidão pela defesa durante o período em que esteve preso — 580 dias até o STF anular os processos da Lava Jato.

Agora, o presidente se prepara para escolher o substituto de Luís Roberto Barroso, que antecipou a aposentadoria após deixar a Presidência do Supremo.

Na disputa interna por essa nova vaga, aparecem Jorge Messias (AGU), Rodrigo Pacheco (presidente do Senado) e Bruno Dantas (TCU). Também são citados Vinícius Marques de Carvalho (CGU) e o desembargador Rogério Favreto.

O xadrez de 2026

Enquanto o Palácio do Planalto decide o próximo nome para o STF, aliados observam com atenção os movimentos silenciosos de Flávio Dino.

Mesmo longe dos holofotes, o ministro segue articulado nos bastidores, com trânsito entre ministros, governadores e lideranças partidárias.

Para muitos, Dino ainda é um nome pronto para 2026 — e sua saída da política pode ter sido apenas um “intervalo estratégico”.

Lula mira mulher na chefia da AGU se Messias for ao STF — entenda o xadrez político

Flávio Dino e Jorge Messias em sessão do STF; Palácio do Planalto articula sucessão na AGU sob pressão por mais mulheres no topo do Judiciário.

Flávio Dino e Jorge Messias em sessão do STF; Palácio do Planalto articula sucessão na AGU sob pressão por mais mulheres no topo do Judiciário.

O Planalto acendeu o sinal amarelo: se Jorge Messias, atual advogado-geral da União, avançar para a vaga aberta no Supremo Tribunal Federal (STF), o governo quer uma mulher no comando da AGU. A movimentação atende à cobrança pública por representatividade feminina no topo do sistema de Justiça — e funciona, politicamente, como uma “compensação” caso Lula indique mais um homem à Suprema Corte, hoje com apenas uma ministra em exercício (Cármen Lúcia). A possibilidade foi ventilada por veículos nacionais e locais nesta semana, reforçando que o tema entrou no centro das conversas de governo.

Os nomes no tabuleiro (e por que eles importam)

Nos bastidores, quatro mulheres despontam com força, todas de perfil técnico e “prata da casa”:

  • Isadora Cartaxosecretária-geral de Contencioso, coordena a atuação da AGU no STF e tem trânsito direto com gabinetes da Corte. Perfil visto como “operacional” e de baixa fricção política.
  • Clarice Calixtoprocuradora-geral da União (PGU). Experiência em ministérios estratégicos e bom relacionamento com a cúpula do governo; aparece como nome de consenso interno.
  • Anelize Almeidaprocuradora-geral da Fazenda Nacional (PGFN). Agrada à equipe econômica e tem aval tácito de interlocutores de Fernando Haddad para pautas sensíveis de dívida ativa e contencioso tributário.
  • Adriana Venturiniprocuradora-geral Federal (PGF). É lembrada pela capacidade de gestão em massa de litígios e pela governança das autarquias.

Entre os homens, o nome mais citado é Flávio (Fábio) Roman, atual substituto de Messias e procurador ligado ao Banco Central, que representaria continuidade imediata da máquina. Ainda assim, a leitura predominante no Planalto é abrir espaço a uma mulher caso Messias mude de cadeira.

Por que a escolha da AGU conversa com o STF

Há uma camada simbólica e outra pragmática. Simbolicamente, o governo tenta responder à crítica recorrente: em 134 anos, o STF teve só três ministras e nenhuma mulher negraEllen Gracie, Cármen Lúcia e Rosa Weber. A cada nova vacância, cresce a pressão para que Lula corrija a assimetria.

Pragmaticamente, escolher a (o) chefe da AGU altera o eixo de gravidade de decisões sensíveis: a AGU defende a União em ações de alto impacto fiscal, regulações económicas e políticas públicas (da nova âncora fiscal ao contencioso tributário bilionário). Uma liderança com capital técnico no STF e interlocução com Economia e Casa Civil reduz atrito institucional e dá previsibilidade a temas que batem no Plenário com regularidade. É aí que perfis como Isadora (STF) e Anelize (Economia) ganham tração simultânea.

A “solução compensatória”: ganhos e riscos

  • Ganho político: ao colocar uma mulher na AGU, Lula mitiga o desgaste com movimentos sociais e parte da base aliada se, no STF, o escolhido for um homem. A ideia — ecoada por analistas — é ampliar diversidade no primeiro escalão (chegaria a 11 mulheres) enquanto se “compraria tempo” no debate da vaga da Corte.
  • Ganho institucional: uma AGU com expertise em STF acelera defesas estratégicas (transparência orçamentária, compliance de emendas, litigância climática, saúde, regulação digital).
  • Risco: se a indicação for lida como gesto meramente simbólico, sem agenda pública concreta (dados abertos, metas, governança da litigância), a narrativa reverte e o governo perde pontos com o mesmo público que pretende contemplar.

Como cada perfil se conecta à agenda do governo

  • Isadora Cartaxo: “ponte quente” com STF. Agrega segurança jurídica em teses estruturantes e sinaliza respeito à carreira. Útil num cenário de judicialização de políticas e acordos de cumprimento.
  • Clarice Calixto: trajetória transversal (Justiça/Cultura) e bom relacionamento político — atributo valioso para negociar com ministérios e o Congresso em pautas contenciosas.
  • Anelize Almeida: trava de controle fiscal; reforça a imagem de responsabilidade orçamentária no contencioso tributário, agrada o mercado e a Fazenda.
  • Adriana Venturini: capacidade de gestão do contencioso de massa (INSS/Anvisa/Ibama etc.), algo que melhora a prestação de serviços e derruba estoque de ações repetitivas.
  • Flávio/Fábio Roman: continuidade e velocidade na transição. Se Lula priorizar risco zero na máquina, Roman é o “short-list” óbvio — mas não entrega o sinal político de diversidade.

O timing e o roteiro da decisão

A imprensa especializada e portais regionais apontam que a hipótese de Messias no STF ganhou musculatura; em paralelo, o governo já testa nomes para a AGU — com quatro mulheres na dianteira — enquanto monitora custos e benefícios da mensagem pública. O noticiário desta semana cravou o debate vivo no Planalto, com detalhamento dos perfis e da estratégia de “compensação” de representação.

O que observar agora

  1. Sinal oficial: agendas da Presidência e articulação no Senado — qualquer fotografia conjunta ou audiência fora do roteiro pode indicar o rumo.
  2. Narrativa pública: se Lula vincular a escolha da AGU a metas de transparência e dados abertos (ex.: painel unificado de litígios e custos), o gesto deixa de ser só simbólico.
  3. Fazenda & STF: se a economia emplacar sua preferida, espere foco em contencioso fiscal; se prevalecer o eixo STF, a ênfase será estratégia de precedentes e gestão de teses.

Linha de fundo

A sucessão na AGU é mais do que preencher uma cadeira: é definir a chave de leitura do governo para os próximos embates no Judiciário e no Orçamento. Se Messias subir ao STF e uma mulher assumir a AGU, Lula entrega um gesto político relevante — a questão é empacotar o gesto com entregas institucionais medíveis. Sem isso, a oportunidade de virar o jogo da representatividade pode se perder no ruído.

Áudios, sessão reaberta e pedido de impeachment: bastidores do Maranhão em ebulição

Resumo do dia político no Maranhão: a Assembleia Legislativa voltou a ter sessão com quórum, mas o clima esquentou. No centro da roda, a expectativa pela divulgação de áudios atribuídos a articulações envolvendo eleições municipais, vagas no TCE-MA e menções ao STF. A SSP-MA negou oficialmente qualquer grampo ilegal e reafirmou atuação técnica e dentro da lei.

Assembleia: discursos duros e pressão pelos “áudios”

Deputados da base e da oposição levaram o tema à tribuna. Há quem fale em conteúdo “nada republicano”, e quem classifique tudo como guerra de narrativa. Até aqui, os supostos áudios não foram divulgados, mas a possibilidade de publicação nacional mantém os holofotes sobre São Luís.

Nota da SSP-MA: não há inquérito ou procedimento de grampo; a pasta reitera respeito ao Estado Democrático de Direito.

Brasília respinga: Lula reage; Dino vira alvo

Enquanto isso, em Brasília, o governo reagiu a derrotas no Congresso e exonerou indicados de parlamentares do Centrão. Paralelamente, senadores protocolaram pedido de impeachment contra o ministro Flávio Dino — movimento com baixa chance de avançar, mas alto impacto simbólico e narrativo no estado.

Inácio Melo deixa o SGB

Após forte repercussão nacional e questionamentos sobre perfil técnico, Inácio Cavalcante Melo (marido da senadora Elisiane Gama) anunciou que deixará a presidência do Serviço Geológico do Brasil. A saída tenta conter o desgaste acumulado.

Bela Vista do Maranhão: nova eleição no horizonte

Decisão judicial em 1ª instância cassou prefeito e vice por suposto abuso de poder com contratações em período vedado. A defesa promete recorrer. Se confirmada, será mais uma eleição suplementar na cidade desde 2020.

Propaganda eleitoral: atenção aos adesivos

Fora do período permitido (a partir de 16 de agosto do ano eleitoral), adesivar carros e motos com nomes de pré-candidatos pode gerar multa e, em casos extremos, complicações jurídicas. O recado vale para 2026.

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