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PF deflagra operação contra fraudes bancárias cibernéticas em Imperatriz: prejuízo passa de R$ 100 mil e alerta se estende ao Maranhão

Polícia Federal realiza operação Laranja Eletrônica 3 em Imperatriz contra grupo acusado de fraudes bancárias virtuais com prejuízo superior a R$ 100 mil.

Polícia Federal realiza operação Laranja Eletrônica 3 em Imperatriz contra grupo acusado de fraudes bancárias virtuais com prejuízo superior a R$ 100 mil.

A Polícia Federal (PF) deflagrou, na manhã desta terça-feira (28), a Operação Laranja Eletrônica 3, em Imperatriz, com o objetivo de desarticular um grupo criminoso envolvido em fraudes bancárias cibernéticas que causaram um prejuízo superior a R$ 100 mil.

Mandados e investigações em andamento

Durante a ação, foram cumpridos três mandados de busca e apreensão expedidos pela Justiça Federal de Imperatriz. A operação faz parte de uma série de investigações sobre o uso de laranjas digitais, ou seja, contas abertas em nome de terceiros, usadas para movimentar valores desviados de vítimas de golpes virtuais.

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Segundo a PF, os investigados poderão responder por furto mediante fraude, crime previsto no artigo 155 do Código Penal. As apurações continuam para identificar outros possíveis integrantes da rede criminosa e rastrear os fluxos financeiros das transações suspeitas.

“Nosso foco é identificar toda a cadeia envolvida e interromper o ciclo das fraudes eletrônicas que vêm afetando correntistas em todo o estado”, destacou um investigador da PF.

Cresce alerta sobre golpes com cartões de crédito no Maranhão

Enquanto a operação avança em Imperatriz, um novo tipo de golpe com cartões de crédito tem preocupado moradores de São Luís e outras cidades maranhenses.
De acordo com o delegado Jalves Carvalho, da Polícia Civil do Maranhão, diversas pessoas relataram tentativas de compras no valor de R$ 199, realizadas por meio de transações suspeitas.

As movimentações têm aparecido em nome de “Raildo Paulo da Silva”, “Vaunice” e “pg*ton Jessica Kuhn”, segundo o delegado. Embora a maioria das transações tenha sido negada pelos bancos, o número de tentativas vem aumentando — inclusive com relatos recentes em Imperatriz.

Como se proteger de fraudes e compras indevidas

O alerta divulgado nas redes sociais da Polícia Civil recomenda que os consumidores monitorem seus extratos e bloqueiem temporariamente seus cartões em caso de notificações suspeitas.

Se a tentativa foi negada:

  • Bloqueie o cartão nas carteiras digitais e no pagamento por aproximação;
  • Monitore o aplicativo do banco por 48 horas;

Se a compra foi aprovada:

  • Comunique imediatamente o banco ou operadora do cartão;
  • Guarde comprovantes das transações e registros de atendimento;

Mesmo que o cartão não tenha sido alvo, a recomendação é bloquear temporariamente como medida preventiva e só desbloquear quando for realmente necessário.

Cibercrimes em expansão

A PF reforça que o aumento das fraudes eletrônicas está ligado à sofisticação dos golpes digitais, especialmente em transações via aplicativos e redes sociais.
Nos últimos meses, diversas operações vêm sendo deflagradas em todo o país para combater grupos especializados em phishing, clonagem de cartões e desvio de valores via PIX.

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A Operação Laranja Eletrônica 3 marca mais um passo da PF no enfrentamento desse tipo de crime, com foco em identificar laranjas, intermediários e os beneficiários finais dos golpes.

Justiça Eleitoral cassa prefeito de São Benedito do Rio Preto por desvio de verbas do Fundeb: entenda o caso

Prefeito Wallas Rocha é cassado por uso irregular de verbas do Fundeb em São Benedito do Rio Preto; decisão inclui inelegibilidade por oito anos.

Prefeito Wallas Rocha é cassado por uso irregular de verbas do Fundeb em São Benedito do Rio Preto; decisão inclui inelegibilidade por oito anos.

A Justiça Eleitoral determinou, nesta terça-feira (28), a cassação do mandato do prefeito de São Benedito do Rio Preto, Wallas Gonçalves Rocha (Republicanos), e de sua vice, Débora Heilmann Mesquita, por abuso de poder político e econômico. A decisão, proferida pela 73ª Zona Eleitoral de Urbano Santos, considerou comprovado o uso irregular de recursos do Fundeb para fins eleitorais.

Desvio de verbas e abuso de poder

Segundo a sentença, Rocha utilizou valores públicos da educação básica para cooptar apoio político durante o pleito de 2024. A Ação de Investigação Judicial Eleitoral (Aije) comprovou o pagamento ilegal de serviços e repasses em dinheiro a pessoas ligadas ao grupo político do gestor, sem contratos, licitação ou vínculo funcional.

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Entre os depoimentos, testemunhas relataram pagamentos em espécie após obras realizadas de forma verbal com o prefeito. Em outro caso, uma professora teria recebido R$ 5 mil sem contracheque nem registro formal. O juiz classificou as condutas como de “extrema reprovabilidade”, afirmando que o uso dos recursos do Fundeb teve impacto direto no equilíbrio do processo eleitoral.

Sanções e consequências

A decisão cassou o diploma do prefeito e da vice-prefeita e declarou inelegibilidade de Wallas Rocha por oito anos, contados a partir das eleições de 2024. Débora Heilmann, no entanto, não foi incluída na inelegibilidade por falta de provas de envolvimento direto.

O juízo determinou ainda a retotalização dos votos após o trânsito em julgado e o envio do processo ao Ministério Público Eleitoral (MPE) para as medidas cabíveis.

Operação Santa Chaga e afastamento anterior

Antes da decisão eleitoral, Wallas Rocha já havia sido afastado do cargo em 22 de outubro, durante a Operação Santa Chaga, da Polícia Federal, em parceria com a Controladoria-Geral da União (CGU). A ação apura um esquema de desvio de recursos do Fundeb, estimado em R$ 13,5 milhões, supostamente usados para compra de apoio político e repasses a familiares.

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Foram também afastados três servidores municipais: Jairo Viana Frazão (secretário de Educação), Celina Maria Albuquerque (secretária-adjunta) e Andreya Almeida Aguiar Monteiro da Silva (tesoureira).
A operação cumpriu 17 mandados de busca e apreensão em São Benedito do Rio Preto, Jatobá, Urbano Santos e São Luís.

Escândalo ganhou repercussão nacional

O caso veio à tona nacionalmente após reportagem do Fantástico, em novembro de 2024, revelar o desvio milionário de verbas da educação no município maranhense. O programa mostrou que, enquanto escolas enfrentavam falta de transporte escolar e estrutura precária, os recursos eram transferidos para contas de familiares do prefeito e da primeira-dama Brenda Gabrielle Nunes da Silva, também secretária municipal de Assistência Social.

O Ministério Público Eleitoral já havia solicitado a cassação do mandato e a inelegibilidade de Rocha, reforçando o uso indevido de recursos públicos em ano eleitoral.

Reflexos políticos e próximos passos

A defesa do prefeito cassado ainda pode recorrer da decisão. Caso a sentença seja mantida, uma nova retotalização de votos definirá o futuro político do município.

O episódio reacende o debate sobre o uso indevido de recursos da educação em campanhas eleitorais, tema que tem mobilizado órgãos de controle e a própria Justiça Eleitoral em todo o país.

“A utilização de verbas do Fundeb com finalidade política afronta os princípios da administração pública e desequilibra a disputa eleitoral”, afirmou o juiz na sentença.

Com a cassação, São Benedito do Rio Preto entra em mais um capítulo de instabilidade política, enquanto o caso se torna um símbolo de alerta sobre a responsabilidade na gestão de recursos públicos da educação.

Palco Giratório 2025 encerra com espetáculo emocionante do Grupo Las Cabaças: amizade, arte e encantamento no palco

Grupo Las Cabaças encerra o Palco Giratório 2025 no Maranhão com o espetáculo “Divagar e sempre”, no Teatro Sesc Napoleão Ewerton.

Grupo Las Cabaças encerra o Palco Giratório 2025 no Maranhão com o espetáculo “Divagar e sempre”, no Teatro Sesc Napoleão Ewerton.

O Palco Giratório 2025 chega à sua reta final no Maranhão com uma programação especial que promete emocionar o público e encerrar a 27ª edição em grande estilo. Nesta última semana, São Luís recebe o Grupo Las Cabaças, do Pará, que conduz uma oficina lúdica voltada para crianças e apresenta o espetáculo “Divagar e sempre”, um convite poético à amizade e à imaginação.

Oficina desperta a criatividade infantil

Nesta terça-feira (28), o grupo promove a oficina “Vivência de Teatro para Crianças”, voltada para meninos e meninas de 6 a 9 anos. A proposta é despertar a sensibilidade, o trabalho coletivo e a expressão artística por meio de jogos e brincadeiras teatrais.

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A atividade acontece em dois horários — das 8h às 10h e das 14h às 16h — na Universidade Infantil Rivanda Berenice (UIRB), localizada na Rua Nova, bairro Recanto Vinhais, em São Luís.

Segundo o coletivo, a vivência busca “afinar a percepção de si, do outro e do grupo”, transformando o teatro em uma experiência de descobertas e diversão.

Espetáculo celebra a amizade e a jornada da vida

Na quarta-feira (29), às 15h, o palco do Teatro Sesc Napoleão Ewerton, no Jardim Renascença, recebe o espetáculo “Divagar e sempre”.
A peça, com 52 minutos de duração e classificação livre, apresenta a história de Bifi e Quinan, duas palhaças que atravessam uma floresta em busca de um lugar utópico e misterioso. Durante a jornada, elas enfrentam desafios, medos e encontros simbólicos — como o com uma onça pintada e a alegria simples de pescar um peixe —, revelando ao público o valor da amizade e da convivência.

O espetáculo é uma homenagem às comunidades que vivem às margens dos rios amazônicos e convida o público a refletir sobre os caminhos e escolhas da vida. A montagem combina teatro, poesia e linguagem circense, criando um ambiente de encantamento visual e emocional.

Os ingressos estão disponíveis a preços populares no Sympla (clique aqui).

Um projeto que movimenta a cultura brasileira

Criado em 1998, o Palco Giratório é um dos mais importantes projetos de difusão das artes cênicas no Brasil. Em sua 27ª edição, o circuito reforça o compromisso com a formação de plateias e o intercâmbio cultural, levando espetáculos, oficinas e vivências a diferentes estados.

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No Maranhão, o evento mobilizou o público em São Luís e Caxias, promovendo encontros entre artistas, educadores e espectadores de todas as idades.

Com a chegada da última semana, o Palco Giratório se despede em clima de celebração, destacando a força do teatro como ferramenta de transformação e laço humano.

“Divagar e sempre” é mais que um espetáculo: é um lembrete de que, na vida, o importante não é apenas chegar, mas seguir — juntos — pelo caminho.

Para mais informações sobre a programação, acesse: www.sescma.com.br.

Semana já conta com 40 presos em operações na Grande Ilha

Polícia Militar intensifica a Operação Captura na Grande Ilha; 40 pessoas foram presas em uma semana em ações de combate ao crime.

Polícia Militar intensifica a Operação Captura na Grande Ilha; 40 pessoas foram presas em uma semana em ações de combate ao crime.

A Polícia Militar do Maranhão (PMMA) prendeu mais de 40 pessoas ao longo desta semana durante operações de reforço no policiamento na Grande Ilha de São Luís.

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As ações fazem parte da Operação Captura, que tem como foco o combate à criminalidade, a retirada de criminosos de circulação e o reforço da sensação de segurança na capital e nos municípios vizinhos.

Seis presos em nova ação e arsenal apreendido

Na noite desta sexta-feira (24), as forças de segurança prenderam seis pessoas e apreenderam armas, munições, drogas e veículos em diferentes pontos da Grande Ilha.
Segundo a PM, foram três armas de fogo, 55 munições, quatro carregadores, dois veículos e diversas porções de entorpecentes, incluindo cocaína, maconha e skank.

Milícia e prisão de policial em Raposa

Em uma das ações mais relevantes do dia, quatro homens foram presos no município de Raposa por porte ilegal de arma de fogo e constituição de milícia privada.

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Entre os detidos, estava um cabo da Polícia Militar, que foi conduzido ao Comando Geral da PM para responder a medidas disciplinares internas.

Com o grupo, foram apreendidas três pistolas e diversas munições.
Três suspeitos e o material apreendido foram encaminhados ao Plantão do Maiobão.

Prisões também em São Luís

Outras duas prisões ocorreram nos bairros Jordoa e Cidade Operária, em São Luís, após apreensões de drogas.
Os suspeitos foram levados às delegacias competentes, e os materiais apreendidos serão periciados.

Ações integradas com SSP e comando da PM

O secretário de Segurança Pública do Maranhão, Maurício Ribeiro Martins, acompanhou pessoalmente as operações ao lado do comandante-geral da PM, coronel Wallace Amorim.
Martins destacou a importância da integração entre as forças de segurança e a presença constante nas ruas para garantir tranquilidade à população.

“Já realizamos várias prisões e apreensões, acompanhando de perto o trabalho da Polícia Militar em diferentes regiões da Grande Ilha. Esse é o compromisso da segurança pública: trazer tranquilidade e reprimir ações que prejudiquem a sociedade maranhense”, afirmou o secretário.

Operação Captura segue intensificada

As ações da Operação Captura seguem ativas e devem continuar nos próximos dias, com o objetivo de desarticular grupos criminosos, aumentar o policiamento ostensivo e assegurar a ordem pública em São Luís e na Região Metropolitana.

De acordo com o comando da PM, o reforço no policiamento é permanente e integra a estratégia de segurança anunciada pelo governador Carlos Brandão, que determinou a ampliação das operações e o uso de unidades especializadas como BPChoque, Rotam e Bope.

Incêndio em apartamento assusta moradores na Vila Embratel, em São Luís

Fogo em apartamento na Vila Embratel, em São Luís, causa pânico entre moradores. Corpo de Bombeiros controlou as chamas rapidamente.

Fogo em apartamento na Vila Embratel, em São Luís, causa pânico entre moradores. Corpo de Bombeiros controlou as chamas rapidamente.

Um incêndio em um apartamento assustou moradores de um condomínio localizado na Avenida Piancó, no bairro Vila Embratel, em São Luís, na manhã desta sexta-feira (24).

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Segundo relatos de populares, as chamas destruíram parte do telhado e provocaram pânico entre os vizinhos.

Imagens que circularam nas redes sociais e aplicativos de mensagens mostram densa fumaça saindo do imóvel e pessoas observando de fora o trabalho dos bombeiros.

Corpo de Bombeiros controlou o fogo rapidamente

De acordo com o Corpo de Bombeiros Militar do Maranhão (CBMA), as equipes foram acionadas logo após o início do incêndio e conseguiram conter as chamas rapidamente, evitando que o fogo se alastrasse para outros apartamentos.

No momento do incidente, o imóvel estava vazio, o que contribuiu para que ninguém ficasse ferido.

“A atuação rápida das equipes impediu danos maiores e garantiu que o fogo não se propagasse. As causas do incêndio ainda serão investigadas”, informou o CBMA em nota.

Pânico e solidariedade entre os moradores

Apesar do susto, moradores se mobilizaram para ajudar a conter o fogo e garantir que todos os residentes do condomínio saíssem com segurança.

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A cena chamou atenção de quem passava pela avenida, que ficou parcialmente interditada durante o atendimento da ocorrência.

Crise entre Dino e Brandão vira escândalo nacional e preocupa Lula, diz O Globo

Crise entre Flávio Dino e Carlos Brandão ganha repercussão nacional e preocupa o Planalto sobre reflexos nas eleições de 2026.

Crise entre Flávio Dino e Carlos Brandão ganha repercussão nacional e preocupa o Planalto sobre reflexos nas eleições de 2026.

A crise política entre Flávio Dino e Carlos Brandão ultrapassou as fronteiras do Maranhão e ganhou repercussão nacional.
O jornal O Globo, do Rio de Janeiro, destacou nesta quinta-feira (23) que o conflito entre aliados do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) e o governador maranhense evoluiu de um ajuste interno de poder para um escândalo público de grandes proporções, que já preocupa o presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Crise de bastidores que virou pauta nacional

De acordo com a reportagem do O Globo, gravações e trocas de mensagens envolvendo deputados e figuras próximas a Dino revelam tentativas de interferência política em decisões administrativas, principalmente no Tribunal de Contas do Estado (TCE).

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Os áudios mostram parlamentares pressionando o governador Carlos Brandão e articulando para influenciar cargos e decisões dentro do Executivo estadual.

O caso, que começou como uma disputa interna por espaço político, acabou se transformando em um embate público com repercussão nacional, afetando diretamente o equilíbrio da base aliada no Maranhão.

Brandão tenta conter crise e preservar governabilidade

Enquanto aliados de Dino são acusados de ultrapassar limites políticos e administrativos, o governador Carlos Brandão tenta administrar a crise sem romper completamente com o grupo do ministro do STF.
Segundo fontes próximas ao Palácio dos Leões, Brandão tem adotado uma postura de contenção, evitando que a disputa interna afete o funcionamento da máquina pública e a imagem do governo.

“Brandão tenta preservar a governabilidade e evitar que disputas pessoais prejudiquem o Estado”, observou um analista ouvido pela reportagem.

Nos bastidores, o governador também tem trabalhado para restabelecer a confiança de aliados federais, destacando que não permitirá que o Maranhão se transforme em palco de instabilidade política em meio ao novo ciclo de investimentos e obras.

Documentos e inquérito da PF aumentam tensão

As denúncias de suposta falsificação de documentos no sistema estadual e a abertura de um inquérito pela Polícia Federal ampliaram o desgaste e deram novo combustível à crise.

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A investigação deve apurar a autenticidade de materiais utilizados para pressionar decisões dentro do TCE e expor eventuais abusos de poder cometidos por integrantes do grupo político de Dino.

O episódio reforçou a percepção de que a crise deixou de ser administrativa e passou a envolver questões éticas e institucionais, ampliando o impacto político para além dos limites do Maranhão.

Preocupação no Planalto com reflexos em 2026

No Palácio do Planalto, a avaliação é de que a disputa entre Dino e Brandão pode fragilizar o PT no Maranhão e abrir espaço para adversários nas eleições de 2026.
Segundo o jornal O Globo, Lula acompanha de perto os desdobramentos da crise e teme que o embate entre seus aliados mais próximos cause um racha irreversível na base maranhense.

A leitura em Brasília é que Brandão busca manter a estabilidade e o controle político, enquanto Dino e seus aliados estariam apostando alto demais numa estratégia de confronto que pode comprometer a própria imagem do grupo.

Risco político e desgaste público

Analistas avaliam que a atual crise representa um divisor de águas na relação entre Flávio Dino e Carlos Brandão.
O governador tenta consolidar sua liderança como gestor pragmático e moderado, enquanto o grupo ligado a Dino enfrenta acusações de interferência e excesso de poder.

“Quem se expõe demais corre o risco de pagar o preço político mais alto”, avalia um observador da cena política maranhense.

Confira todos os detalhes na matéria do GLOBO aqui:

Aliados de Dino rompem com sucessor no Maranhão após troca de acusações sobre grampos e documentos falsos no STF

Deputados próximos ao ministro do Supremo entregaram secretarias que ocupavam no governo de Carlos Brandão, antigo vice. Rompimento preocupa Lula para 2026

Em meio a acusações de gravações escondidas e de fraude em documentos públicos, aliados do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Flávio Dino e do atual governador do Maranhão, Carlos Brandão (sem partido), anunciaram rompimento político na terça-feira. Brandão, que foi vice de Dino e depois o sucedeu na governo estadual, acusa interlocutores do ex-aliado de usarem um processo no STF, sob a relatoria do ministro, para “chantagem”. Parlamentares próximos a Dino, por sua vez, alegam terem sido alvos de “grampos” do governo do Maranhão.

O rompimento gera preocupação para o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que havia pedido há duas semanas, durante visita ao Maranhão, que Brandão e Dino tivessem “responsabilidade” e evitassem “brigar dentro de casa”. Em entrevista à TV Imirante na ocasião, Lula declarou que o racha entre os dois poderia “dar para os adversários a chance de ganhar” a eleição de 2026 no estado. Por conta do rompimento, Brandão decidiu se desfiliar do PSB, partido pelo qual foi eleito, e articula uma candidatura contra o PT no estado, embora diga que segue “parceiro do presidente Lula sob qualquer circunstância”.

Como mostrou o blog da colunista do GLOBO Malu Gaspar nesta quinta-feira, o estopim do rompimento foi a divulgação de três gravações de conversas de aliados de Dino com um interlocutor não identificado. Em uma dessas gravações, o deputado federal Rubens Jr. (PT-MA) cobra Brandão a cumprir acordos políticos nas eleições municipais de 2024 para “liberar o TCE”. Duas ações em tramitação no STF, ambas sob relatoria de Dino, barraram o preenchimento de duas vagas abertas no Tribunal de Contas do Estado (TCE) do Maranhão, no início de 2024 e de 2025. Ambas seguem sem ser preenchidas.

Em outras duas gravações, envolvendo o deputado federal Márcio Jerry (PCdoB-MA) e o atual secretário-executivo do Ministério do Esporte, Diego Galdino, também há alusões a acordos entre aliados de Dino e de Brandão nas eleições de 2024.

Os dois deputados reagiram chamando o material de “clandestino” e “ilegal”, e anunciaram pedidos de demissão de dois secretários que representavam seu grupo político no governo Brandão. Na semana passada, os mesmos parlamentares haviam oficiado o presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), para que solicitasse à Polícia Federal abertura de investigação sobre um suposto “grampo” praticado pelo governo do Maranhão.

Procurada pelo GLOBO, a assessoria do STF afirmou, em nota, que Dino “não atua em assuntos estritamente políticos” desde que tomou posse na Corte, no início de 2024. “É impossível manifestar-se sobre gravações telefônicas de terceiros, de origem desconhecida e produzidas em datas não informadas”, diz a nota do STF.

Já o governador Carlos Brandão, em nota, afirmou ter “recebido a oferta” de apoiar “candidatura de interesse do deputado Marcio Jerry” nas eleições municipais de 2024 para destravar “vagas retidas no TCE”. Ele disse ainda que “impôs limites” a tentativas de ingerência em sua gestão. “A reação foi insana, agressiva, utilizando-se até de chantagens e barganhas nada republicanas”, declarou Brandão.

O caso das gravações

Na tarde de terça, o deputado Rubens Jr afirmou, na tribuna da Câmara, que foi “gravado ilegalmente” quando estava “dando o retorno para o governador” de uma conversa que teve com Dino. A data do diálogo não foi especificada. Antes de ser indicado por Lula ao STF, em dezembro de 2023, Dino foi governador do Maranhão por dois mandatos e, em 2022, apoiou a eleição de Brandão, seu antigo vice.

Segundo o deputado, ele havia procurado Dino, a pedido de Brandão, para articular uma pacificação entre aliados do ministro e do governador, já em meio a estremecimentos na relação. Na conversa, Rubens disse ter questionado o ministro sobre “essa questão do TCE, que tem processo aqui”, e que Dino respondeu que só trataria do assunto “nos autos”.

— O diálogo foi no campo do aconselhamento pessoal. Só que isso foi transformado em uma paranoia pelo senhor Marcus Brandão, irmão do governador, como uma tentativa de intimidação, perseguição e chantagem, o que não houve – alegou o deputado, na terça-feira, no plenário da Câmara.

Dino é relator de duas ações diretas de inconstitucionalidade (Adin) que questionam o rito de escolha de conselheiros do Tribunal de Contas do Estado (TCE) do Maranhão. As ações acabaram barrando a indicação do advogado Flávio Costa, aliado de Brandão, para o tribunal.

Também citado nas gravações, o deputado federal Márcio Jerry disse ter sido “vítima de uma armação feita pelo governo do estado do Maranhão, com participação do irmão do governador”. Considerado um nome influente na administração estadual, Marcus, irmão de Brandão, articula a candidatura do próprio filho, Orleans Brandão (MDB), para a sucessão no governo do Maranhão em 2026.

A candidatura de Orleans desagrada a aliados de Dino, que pleiteiam um apoio do governador ao atual vice, Felipe Camarão (PT).

— A gente infelizmente vê o governador querer reintroduzir no Maranhão um poder oligárquico que o povo já repudiou. Resolveu inventar uma candidatura do próprio sobrinho, e resolveu praticar esses atos lamentáveis que são vistos hoje – afirmou Jerry, no plenário da Câmara, referindo-se às gravações.

Nos discursos feitos nesta terça, os deputados anunciaram que dois secretários de Brandão pediriam demissão: o titular da pasta de Cidades, Robson Paz (PCdoB), aliado de Jerry, e o secretário de Relações Institucionais, Rubens Pereira, pai de Rubens Jr.

Procurado para comentar as declarações dos deputados, Marcus Brandão afirmou que o governador, seu irmão, é alvo de “pressões”, “tentativas de achaques” e ameaças de que o “afastariam do cargo”. Ele também alegou haver “documentos plantados criminosamente” para prejudicá-lo, e atribuiu a ação a “militantes do PCdoB”.

Menção a documentos falsos no STF

As acusações de Marcus sobre os documentos constam em um processo judicial que corre na Justiça do Maranhão. O irmão do governador acusa funcionários da Secretaria Estadual de Infraestrutura de terem forjado dados oficiais em seu nome, e que foram posteriormente usados em uma ação no STF sob a relatoria de Dino.

No processo em questão, ao qual O GLOBO teve acesso, o Ministério Público do Maranhão denunciou três servidores estaduais acusados de inserir na base de dados do estado, de forma fraudulenta, o nome de Marcus Brandão como um dos responsáveis por uma empreiteira, a Vigas Engenharia, que recebeu, no ano passado, R$ 13 milhões do governo estadual. A inserção indevida ocorreu em dezembro de 2024. Ao menos um desses servidores foi filiado ao PCdoB.

Segundo o MP, “os denunciados agiram com o propósito deliberado de inserir dados falsos no sistema oficial, visando criar uma situação fática inverídica, com o fim de causar dano à Administração Pública e à vítima”. No início deste mês, a 2ª Vara Criminal de São Luís aceitou a denúncia e tornou réus os três servidores. O GLOBO não conseguiu localizar as respectivas defesas.

O irmão do governador alegou ter tomado conhecimento da fraude depois que uma advogada peticionou a Dino, na ação que trata do preenchimento de vagas no TCE do Maranhão, uma denúncia sobre suposta “compra de vagas” no tribunal.

A denúncia da advogada alegava que a empreiteira em questão está em nome de um “laranja”, mas que “de fato pertence” ao irmão do governador, e baseava esta afirmação nos mesmos dados inseridos pelos servidores acusados de fraude.

Ao despachar sobre a denúncia, Dino ordenou a abertura de inquérito pela Polícia Federal (PF) para apurar os “possíveis crimes” levantados pela advogada. O inquérito foi aberto em agosto, e corre sob sigilo.

O imbróglio político no Maranhão também alcançou o desembargador federal Ney Bello, do Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF-1), que é próximo a Dino. Segundo o deputado federal Rubens Jr. e as gravações divulgadas por aliados de Brandão, o desembargador participou das conversas que buscavam “pacificar” os desentendimentos entre aliados do ministro e do governador do Maranhão.

De acordo com o deputado petista, Bello estava presente na ocasião em que ele perguntou a Dino sobre o andamento da ação que tratava das vagas no TCE do Maranhão.

Outro lado

Procurado pelo GLOBO, Bello afirmou, em nota, que “foi professor de graduação e mestrado” de Rubens Jr, com quem tem “antiga amizade”, e que “em razão disso naturalmente conversam sobre todos os assuntos como convém a amigos”.

“Como Magistrado há 30 anos, o professor e desembargador Ney Bello não possui atividade política partidária, e nem é relator de qualquer processo envolvendo políticos de sua terra natal”, diz a nota.

Em nota, a assessoria do STF disse que “o ministro Flávio Dino não atua em assuntos estritamente políticos” desde “fevereiro de 2024, quando encerrou o seu mandato de senador”. “Sobre processos judiciais distribuídos pela presidência do STF ao ministro Flávio Dino, as manifestações são exclusivamente nos autos, como manda a lei”, disse a Corte.

O governador do Maranhão, Carlos Brandão, afirmou que seu governo “não gravou” deputados, e sim que “eles se fizeram gravar”. “Agora temem os efeitos dessa exposição vexatória a que se submeteram, expondo nomes de outros níveis de poder”, completou a nota do governador.

Procurado para comentar a menção ao secretário-executivo Diego Galdino no caso, o Ministério do Esporte disse, em nota, que o “assunto mencionado não diz respeito” à pasta, e que por isso não poderia “fornecer posicionamento a respeito”. Galdino é o braço-direito do atual ministro, André Fufuca (PP), que articula para concorrer ao Senado pelo Maranhão em 2026.

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