Informação com credibilidade

Tag: Maranhao Page 3 of 31

Justiça obriga Caixa a garantir acessibilidade total em agências de Imperatriz

 

A Justiça Federal determinou que a Caixa Econômica Federal elabore, em até 30 dias, um projeto completo de acessibilidade para as agências Rio Tocantins e Meio Norte, em Imperatriz (MA). O plano deve ser assinado por profissional habilitado e seguir todas as normas técnicas da ABNT e da NBR.

Após a entrega do projeto, a Caixa terá 90 dias para executar as obras necessárias, corrigindo todas as falhas apontadas em laudos técnicos. Ao final, a instituição precisará comprovar, com relatório e fotos, que os espaços estão totalmente adaptados para pessoas com deficiência ou mobilidade reduzida.

A decisão foi da 1ª Vara Federal Cível e Criminal de Imperatriz, em ações movidas pelo Ministério Público do Maranhão (MPMA) e reforçadas pelo Ministério Público Federal (MPF). As instituições denunciaram que, mesmo com ajustes já feitos pela Caixa, ainda existiam barreiras físicas e sinalização inadequada nas agências.

Entre os principais problemas estão rampas mal posicionadas, falta de barras de apoio, balcões em altura irregular, ausência de mapa tátil e calçadas com inclinações fora do padrão. Esses obstáculos comprometem o atendimento de pessoas que dependem de acessibilidade para realizar serviços bancários básicos.

A própria Caixa reconheceu as falhas e informou que está adotando medidas para corrigi-las. A Justiça, no entanto, reforçou que, por ser uma empresa pública e agente financeiro do Estado, o banco tem a obrigação de oferecer atendimento digno e inclusivo, garantindo o direito à igualdade previsto na Constituição e em tratados internacionais.

A decisão representa um marco para a inclusão em Imperatriz, lembrando que acessibilidade não é favor: é um direito de todos os cidadãos.

Marinha inicia retirada de veículos do Rio Tocantins após tragédia da ponte

A Marinha do Brasil iniciou, nesta quarta-feira (20), a operação para retirada dos veículos que caíram no Rio Tocantins após o desabamento da ponte que ligava o Maranhão ao Tocantins no fim do ano passado. Caminhões, carros e motocicletas estão sendo removidos com apoio técnico da empresa Atlas Soluções Subaquáticas.

A Marinha não realiza os mergulhos diretamente, mas supervisiona todo o processo, fiscalizando equipamentos, documentação e controlando o tráfego na região. O trabalho busca garantir a segurança náutica e minimizar impactos ambientais durante as operações.

A ação é considerada de alto risco, já que entre os veículos submersos ainda podem estar corpos de vítimas e cargas químicas altamente perigosas transportadas por caminhões na hora do acidente. O procedimento exige planejamento rigoroso para preservar vidas e reduzir danos ao rio.

A tragédia deixou mortos e um forte trauma na comunidade local. As equipes seguem empenhadas em localizar possíveis vítimas, retirar os veículos e limpar a área, reforçando a necessidade de manutenção preventiva e fiscalização constante em obras de infraestrutura no país.

Justiça condena três mineradores e uma empresa por extração ilegal de areia em área de preservação ambiental em São Luís

A Justiça Federal no Maranhão condenou três mineradores e uma empresa por extração ilegal de areia no Sítio Palmeiral, em Povoado Porto Grande, zona rural do município de São Luís (MA), sem as devidas licenças ambientais exigidas por lei. A sentença, em ação apresentada pelo Ministério Público Federal (MPF), determinou a paralisação imediata de qualquer atividade de mineração e de práticas poluidoras e a recuperação da área degradada.

Segundo as investigações, a extração ilegal de areia acontecia em uma área vizinha a uma área de preservação permanente (APP). Relatório da Secretaria Municipal de Meio Ambiente de São Luís (Semmam) mostrou que o empreendimento fazia limite com terrenos alagadiços, classificados como áreas de proteção integral, onde há córregos que, por lei, não podem ser alterados. Os danos na área impactada foram causados entre os anos de 2012 e 2017.

A Justiça Federal também determinou que os réus apresentem um plano de recuperação de área degradada (PRAD) aos órgãos ambientais competentes no prazo de 90 dias. Além disso, os réus foram condenados ao pagamento de indenização de R$ 2 milhões de reais por danos materiais. Também, como garantia do cumprimento das obrigações, a Justiça decretou a indisponibilidade de bens dos réus até o limite de R$ 1,8 milhão.

A decisão também prevê a proibição de acesso a linhas de financiamento de bancos oficiais e a suspensão do direito a incentivos ou benefícios fiscais concedidos pelo governo. O Cadastro Ambiental Rural (CAR) da área degradada foi suspenso até que seja comprovada a completa recuperação e regularização ambiental do local.

Proteção ambiental – De acordo com a ação do MPF, a área estava desmatada e apresentava duas grandes cavas profundas com bordas íngremes nos locais onde a extração mineral ocorria. A fiscalização constatou que a atividade estava aterrando a área de preservação com o avanço de sedimentos de areia, colocando em risco esses cursos d’água.

Além disso, a extração ocorria sem licenças ambientais válidas e sem um plano para recuperar o local, causando danos ao solo, à vegetação e aumentando o risco de contaminação da água.

Relatórios técnicos constataram que a mineradora operava com a licença ambiental vencida desde 2016 sem tentar renová-la. Além disso, usava uma autorização que já não valia desde 2008.

Além disso, a empresa mantinha acordos irregulares com outras três mineradoras  permitindo que atuassem em seu lugar. A prática é proibida pela Agência Nacional de Mineração, que veta qualquer forma de cessão ou subcontratação de atividades de lavra.

As irregularidades resultaram em graves danos ambientais e descumprimento das obrigações de recuperação da área. A decisão judicial ainda estabeleceu que todos os envolvidos são responsáveis pela reparação total dos danos causados.

Douglas Pinto enfrenta pressão e vence: Câmara de São Luís terá que revelar salários e nomes de 685 servidores

A população de São Luís agora vai saber como é gasto o orçamento da Câmara Municipal. Foi aprovado hoje o projeto de resolução que cria o diário eletrônico, que dará publicidade e transparência a todos os atos administrativos e legislativos da Casa.

O vereador Douglas Pinto, que apresentou três emendas ao projeto, exigia mais transparência, com a revelação dos nomes de 685 funcionários lotados nos gabinetes em cargos isolados, sobre os quais não havia transparência. Esses cargos comissionados têm salários de 2 mil a 10 mil reais, representando um custo de 2,3 milhões na folha de pagamento da Câmara.

A Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) havia dado parecer contrário às emendas. Douglas Pinto chegou a questionar à CCJ a quem interessava esconder os nomes de comissionados com altos salários. A sessão chegou a ser suspensa cinco vezes para que os vereadores analisassem melhor o projeto, com a inclusão das emendas e o parecer dado pela CCJ.

Depois de muita discussão, os parlamentares aprovaram o projeto de resolução com as emendas do vereador Douglas Pinto. Segundo a presidência da Casa, os órgãos de controle haviam dado prazo de dez dias para a Câmara começar a publicar a transparência dos atos do Poder Legislativo Municipal. A votação de hoje encerra esse capítulo de falta de transparência. Agora é aguardar para conferir o que será publicado no Diário Oficial Eletrônico da Câmara de Vereadores de São Luís.

PF deflagra “Eclesiastes 5” e investiga possível compra de votos em Imperatriz

Em Imperatriz, no Maranhão, a Polícia Federal deflagrou nesta segunda-feira (4 de agosto de 2025) a Operação Eclesiastes 5, com o objetivo de investigar suspeitas de compra de votos durante a eleição municipal de 2024.

Ao todo, foram cumpridos 11 mandados judiciais de busca e apreensão, além de medidas cautelares que incluem o bloqueio e sequestro de bens num montante aproximado de R$ 700 mil.

Segundo a Polícia Federal, os investigados são acusados de cooptar eleitores por meio do fornecimento de combustível em troca de votos, visando uma candidatura à prefeitura da cidade, localizada a cerca de 630 km de São Luís.

Os mandados visam aprofundar as apurações e garantir a recuperação de ativos possivelmente obtidos de forma ilícita, além de combater supostos casos de abuso de poder econômico.

PF realiza três operações contra pornografia infantil no Maranhão e prende dois suspeitos

A Polícia Federal deflagrou três operações distintas ao longo do mês de julho no Maranhão para combater crimes relacionados à exploração sexual infantil. As ações, batizadas como Operações Argos III, IV e V, ocorreram nos dias 8, 23 e 30 de julho, respectivamente, nas cidades de Imperatriz, São Pedro da Água Branca e Balsas.

Durante os cumprimentos de mandados de busca e apreensão nas residências dos investigados, dois homens foram presos em flagrante. Segundo a PF, os suspeitos armazenavam em seus celulares vídeos e imagens com cenas de abuso sexual infantil, o que configura crime grave previsto no Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA).

As investigações apontam que os suspeitos também utilizavam contas em redes sociais para compartilhar esse tipo de conteúdo ilegal. A Polícia Federal utilizou ferramentas de rastreamento digital para monitorar a atividade dos alvos na internet e identificar os responsáveis pelos perfis utilizados para disseminação do material criminoso.

Os aparelhos apreendidos nas ações serão submetidos à perícia técnica, com o objetivo de extrair provas digitais que subsidiem os inquéritos em andamento. Caso as suspeitas sejam confirmadas, os investigados podem responder por crimes como posse, compartilhamento e produção de pornografia infantil, com penas que podem chegar a 10 anos de reclusão.

As ações foram conduzidas pela Delegacia da Polícia Federal de Imperatriz, que concentra os trabalhos investigativos relacionados a crimes cibernéticos no sul do Maranhão. O órgão reforça que operações como essas seguem sendo prioridade no combate à exploração sexual de crianças e adolescentes.

A Polícia Federal também fez um apelo à população: denúncias podem ser feitas de forma anônima pelo Disque 100 ou por meio do site oficial da PF, garantindo o sigilo do denunciante. A colaboração da sociedade é considerada fundamental para desarticular redes criminosas que atuam na internet.

Com essas operações, a PF reforça sua atuação integrada e contínua no enfrentamento a crimes digitais, sobretudo os que envolvem vítimas em situação de vulnerabilidade, como crianças. O avanço da tecnologia tem sido, ao mesmo tempo, ferramenta de crime e instrumento de investigação.

Essas ações mostram que o Maranhão segue no radar nacional de combate à pedofilia e à pornografia infantil, exigindo vigilância permanente de autoridades, pais e educadores para proteger as novas gerações.

Page 3 of 31

Desenvolvido em WordPress & Tema por WeZ | Agência Digital