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Plano contra desmatamento ilegal e queimadas é lançado com metas para os próximos 4 anos

Com mais de 190 ações e cerca de 30 instituições envolvidas na sua construção, o Plano de Prevenção e Controle do Desmatamento e Queimadas (PPCDQ/MA) foi lançado nesta quarta-feira (18), no auditório do Palácio Henrique de La Roque, pelo Governo do Maranhão, por meio da Secretaria de Estado do Meio Ambiente e Recursos Naturais (Sema). O processo de revisão e atualização do plano contou com amplo processo participativo iniciado desde 2023, e suas metas deverão nortear a atuação dos órgãos ambientais no estado até 2027.

O esforço conjunto teve a colaboração de órgãos públicos, entidades privadas, ONGs, representantes de povos indígenas, comunidades tradicionais, da agricultura familiar ao agronegócio. Serviu de base para a elaboração do documento consultas públicas, pesquisa, oficinas e sensibilização dos envolvidos.

O secretário da Sema, Pedro Chagas, deu destaque ao conjunto de ações, informações e dados contidos no plano. “É um conjunto de conhecimentos que norteará as ações ambientais para reduzir o desmatamento ilegal no estado, a partir de eixos como monitoramento e controle, prevenção de queimadas, incentivo a cadeias produtivas, zoneamento econômico ecológico, fomento às atividades de educação ambiental e outras metas integradas que reforçam a gestão municipalista do governador Carlos Brandão”, frisou o secretário.

Durante o evento foi feita a apresentação do plano e distribuído exemplar impresso às instituições que participaram do processo de construção do documento. A versão digital poderá ser consultada no site da Sema ou pelas redes sociais.

A atualização do PPCDQ/MA teve apoio do Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia (IPAM) que contribuiu para a definição de metas, identificação de áreas prioritárias e proposição de soluções de combate ao desmatamento e das queimadas.

Para Gabriela Savian, diretora de Políticas Públicas do IPAM, o PPCDQ é um plano estratégico que produz boas práticas e aprimora a proteção ambiental e o desenvolvimento sustentável. “É uma grata oportunidade consolidar esse plano, pois somos parceiros desde 2018, contribuindo e dando suporte científico nesse contexto de emergência climática. São ações concretas que irão reduzir impactos ambientais negativos e a chave para que o controle possa acontecer e continue sendo sustentado ao longo do tempo”, enfatizou.

A meta é reduzir de forma contínua o desmatamento ilegal e as queimadas no estado, criando condições para um modelo de desenvolvimento sustentável, com proteção dos biomas, manejo seguro dos recursos naturais.

O plano também fortalecerá as atividades do programa Maranhão Sem Queimadas, que vem realizando ações de monitoramento, prevenção e controle de queimadas em diversas regiões do estado, em parceria com o Corpo de Bombeiros, Batalhão da Polícia Ambiental, brigadas municipais, órgãos estaduais e empresas privadas.

O comandante-geral do Corpo de Bombeiros Militar do Maranhão, Célio Roberto, parabenizou a Sema e todos os envolvidos na elaboração do PPCDQ. “Esse é mais um instrumento que auxiliará o nosso trabalho. O Corpo de Bombeiros atualmente trabalha com 160 militares especializados em combate a incêndios florestais atuando no estado. Hoje, a situação do Maranhão é mais confortável em relação ao ano anterior, passamos da 4ª para a 6ª posição, e o trabalho de monitoramento da sala de situação da Sema permite o combate em tempo hábil, principalmente nesse período de escassez de chuvas”, ressaltou.

Justiça determina à BRK Ambiental tratar esgoto antes de lançar no Rio Santo Antônio

A empresa BRK Ambiental – Maranhão deverá, no prazo de seis meses, adequar a Estação de Tratamento de Esgoto (ETE) do Residencial “Plaza das Flores” para realizar o tratamento da água antes de ser despejada no Rio Santo Antônio.

A decisão, da Justiça, também determina a revisão do licenciamento ambiental da Estação de Tratamento de Esgoto junto aos órgãos ambientais competentes, no mesmo prazo, e, ainda, a pagar dano moral coletivo no valor de R$ 300 mil ao Fundo Estadual de Direitos Difusos.

A sentença, do juiz Douglas de Melo Martins (Vara de Interesses Difusos e Coletivos), de 13 de agosto, estabelece multa de R$ 1 mil por dia se a ordem judicial for descumprida. A Ação Civil Pública foi movida pelo Ministério Público estadual.

ESTAÇÃO DE TRATAMENTO DE ESGOTOS (ETE)

“Na situação em análise, a omissão do réu em tomar medidas efetivas e mitigadoras para inibir a poluição no rio Santo Antônio, configura ato ilícito e ensejador do dano moral”, declarou o juiz na sentença.

Conforme informações do processo, a BRK apresentou relatórios técnicos da ETE e Licença de Operação da Secretaria Estadual de Meio Ambiente em 2021, mas a estação funcionou sem autorização do órgão ambiental e com despejo de esgoto no Rio Santo Antônio.

Além disso, diz a sentença, ainda que a empresa concessionária tenha recebido a Estação de Tratamento somente em 2015, isso não a livra de sua obrigação, tendo em vista que a responsabilidade por danos ambientais é independe de ter sido a empresa causadora do dano (Lei n. 6.938/1981).

ESGOTO SEM TRATAMENTO

Conforme os autos, ficou comprovado o lançamento direto de esgotos sem tratamento, do residencial “Plaza das Flores” no Rio Santo Antônio, devido ao funcionamento irregular da ETE. Constatou-se, ainda, que mencionado dano ambiental ocorreu por ausência de licença ambiental durante os anos de 2013 a 2021.

Uma perícia realizada pela Universidade Estadual do Maranhão, em 24/05/22, nas águas dos efluentes tratados pela ETE, confirmou as alegações do autor do processo. A análise bacteriológica e físico-química da água, realizada conforme a Resolução CONAMA nº 430/2011, revelou resultados preocupantes.

De acordo com a sentença, essa situação configura um grave problema de saúde pública, com potenciais riscos de doenças e intoxicações, além de comprometer a qualidade de vida da população.

“A gravidade da situação exige a adoção de medidas preventivas rigorosas, com a completa eliminação de qualquer tipo de lançamento de efluentes sem tratamento adequado, sob pena de causar danos irreversíveis ao meio ambiente e à saúde humana”, acrescentou Martins.

VLI apresenta redução acima de 7% das emissões específicas de gases de efeito estufa

 

A VLI – companhia de soluções logísticas que opera ferrovias, portos e terminais –, divulga seu quarto Relatório de Sustentabilidade e, entre os destaques, está a redução acima de 7% das emissões de gases de efeito estufa (GEE) por tonelada transportada provenientes do diesel de locomotivas (escopo 1) com ano-base 2020. Esse é um passo importante da empresa que, com o objetivo de contribuir para a mitigação dos impactos de suas operações nas mudanças climáticas, tem o compromisso de, até 2030, reduzir 15% das emissões específicas de GEE.

Segundo a diretora-executiva de Gente, Inovação e Sustentabilidade, Rute Melo Araújo, a Agenda ESG é intencional, contando com metas atreladas à remuneração dos executivos. Além disso, a responsabilidade pelos compromissos ESG passa por todos os níveis da empresa, que mantém um sistema de gestão para o acompanhamento do desempenho em fóruns que envolvem o Conselho de Administração, a Diretoria Executiva, os diretores operacionais, gerentes e gerentes-gerais, supervisores e demais empregados.

“A VLI mantém sua trajetória de evolução nos pilares socioambientais e em diversas outras frentes de ESG. A companhia tem o objetivo de ser referência em sustentabilidade no nosso segmento de atuação, o que procuramos fazer por meio de ações intencionais para criar valor e gerar legado junto a empregados, acionistas, clientes, fornecedores e comunidades.”

Esse resultado foi alcançado por meio da gestão eficiente das operações, aliada a iniciativas de inovação e tecnologia. O principal indicador da frota ferroviária que sustenta os resultados de emissões específicas de GEE é a eficiência energética. A eficiência energética ferroviária corresponde ao volume de combustível consumido para transportar uma certa quantidade de carga de um ponto a outro, incluindo o consumo em manobras e serviços.

A eficiência energética da VLI é calculada com base nas operações da companhia na Ferrovia Centro-Atlântica (FCA) e na Ferrovia Norte-Sul (FNS). Cada uma delas apresenta um patamar de emissões de GEE. Há anos, a empresa pratica a sustentabilidade no dia a dia das operações e, juntas, FCA e FNS já melhoraram a eficiência energética em cerca de 35%.

Projetos

Para melhorar, cada vez mais, sua eficiência energética, a VLI tem diversos projetos, como o investimento para aquisição de novos vagões e locomotivas, melhoria de modelos de trens (tração distribuída) e gestão da condução do trem, vagões com alta capacidade e trabalhos de dinâmica ferroviária, como gestão do contato roda-trilho. Diversas iniciativas da companhia, voltadas para a redução das emissões de gases de efeito estufa na atmosfera e economia de combustíveis, surgiram a partir de programas de intraempreendedorismo que, entre outros aspectos, primam pelo desenvolvimento de soluções para a frente de sustentabilidade em suas operações.

Um exemplo é o projeto SemC, um serviço que compensa, via créditos de carbono, as emissões de GEE das operações logísticas dos clientes da empresa. Em 2023, a VLI realizou a primeira operação com o mercado de créditos de carbono, por meio da compensação das emissões de GEE de uma operação de transporte de 751 mil litros de gasolina e diesel, entre São Luís (MA) e Porto Nacional (TO), da distribuidora de combustíveis ALE. Essa foi uma ação pioneira no transporte ferroviário brasileiro.

Outro projeto que integra a estratégia de descarbonização da companhia é o sistema Leader, uma solução inteligente de condução semiautônoma, que utiliza informações do trem e do perfil de via para calcular um plano de condução otimizado que respeite as restrições operacionais, visando ao menor consumo de combustível possível, sem que ocorra perda no tempo de percurso, garantindo segurança operacional. A tecnologia foi implementada nas frotas mais novas de locomotivas, que são utilizadas nos corredores de maior movimentação da VLI (Sudeste, Leste e Norte).

Compromissos atingidos

Colocando em prática uma série de ações de economia de água, a companhia já alcançou a meta de redução de 20% no consumo de água nova, índice inicialmente previsto para 2030. A marca de 20,4% de redução na taxa de água nova nas operações foi atingida no ano passado, baseada no resultado de 2020. Isso significa uma economia de mais de 140 mil metros cúbicos do recurso em três anos.

Ainda no ano passado, a VLI superou a meta de, até 2030, realizar 60% de contratação local e chegou a 60,2%. A contratação local significa comprar preferencialmente de fornecedores dentro do estado em que a aquisição será aplicada, como forma de contribuir para o desenvolvimento socioeconômico das regiões de sua atuação. A partir desta conquista, o desafio é manter o índice com ações focadas para os fornecedores dos municípios de atuação da companhia.

Mulheres na VLI

A empresa tem o compromisso de ter 30% de mulheres em posição de alta liderança até 2025. Trata-se de um compromisso que compõe a Agenda ESG da VLI e que também foi firmado com o Equidade é Prioridade, da Organização das Nações Unidas (ONU). Em 2023, a empresa chegou a um índice de 25% de mulheres na alta liderança, um incremento de quatro pontos percentuais em relação ao ano anterior.

No quadro geral de empregados, mais de 1.500 posições são ocupadas por mulheres, o que significa 18,54% de participação feminina. Em 2022, o percentual era de 16%.

Clique aqui para conhecer o conteúdo completo do Relatório de Sustentabilidade.

Sobre a VLI  

A VLI tem o compromisso de apoiar a transformação da logística no país, por meio da integração de serviços em portos, ferrovias e terminais. A empresa engloba as ferrovias Norte Sul (FNS) e Centro-Atlântica (FCA), além de terminais intermodais, que unem o carregamento e o descarregamento de produtos ao transporte ferroviário, e terminais portuários situados em eixos estratégicos da costa brasileira, tais como em Santos (SP), São Luís (MA) e Vitória (ES). Por cinco anos consecutivos entre as três companhias mais inovadoras do setor de Transporte e Logística no ranking do Valor Inovação, a VLI transporta as riquezas do Brasil por rotas que passam pelas regiões Norte, Nordeste, Sudeste e Centro-Oeste.

No Dia do Meio Ambiente, Assembleia lança Programa Plástico Zero com foco na sustentabilidade


Com foco na preservação ambiental e no desenvolvimento sustentável, a presidente da Assembleia Legislativa, deputada Iracema Vale (PSB), lançou o Programa Plástico Zero nesta quarta-feira (5), Dia Mundial do Meio Ambiente. O intuito é diminuir o uso e consumo de produtos à base de plástico, um dos principais degradadores do meio ambiente.

“Desde o início do meu mandato, tenho enfatizado a importância de políticas que promovam a conservação ambiental e o desenvolvimento sustentável. Acreditamos que cuidar do meio ambiente é uma responsabilidade coletiva, que exige ações concretas e comprometidas de todos os setores da sociedade”, pontuou Iracema Vale.

Os detalhes do programa foram explanados pela presidente Iracema Vale durante entrevista coletiva, com participação dos deputados Antônio Pereira (PSB), Solange Almeida (PL), Jota Pinto (Podemos), Alan da Marissol (PRD) e João Batista Segundo (PRD).

Entre as ações, nesta fase do programa, cada servidor do Parlamento Estadual receberá um copo e uma garrafa térmica para fazer o consumo de água não apenas durante o expediente de trabalho, mas ao longo de outras atividades.

Iracema Vale afirmou que programa impactará na redução do consumo de plásticos descartáveis na Alema

De acordo com Iracema Vale, a medida impactará em redução no consumo de aproximadamente 7 mil centos de copos plásticos descartáveis na Alema, o que contribuirá para a diminuição desse produto no meio ambiente e também para a queda nas emissões de gás carbônico (CO2) na atmosfera, proveniente da fabricação do material e do veículo utilizado para o transporte dos copos.

Durante a sessão plenária desta quarta-feira, realizada logo após o lançamento, a presidente entregou aos demais deputados os copos e garrafas térmicas.

Deputada Solange Almeida recebe garrafa térmica da presidente Iracema Vale durante a sessão plenária desta quarta-feira

Compromisso

Iracema Vale ressaltou o compromisso de desenvolver políticas públicas que promovam o desenvolvimento sustentável não apenas no âmbito da Assembleia Legislativa, mas em todo o Maranhão. “Estamos trabalhando incansavelmente para construir um Maranhão onde o desenvolvimento econômico caminhe lado a lado com a preservação ambiental”, destacou.

O deputado Antônio Pereira (PSB), primeiro-secretário da Mesa Diretora, também avaliou positivamente o Plástico Zero. “Trata-se de um programa de grande importância para o meio ambiente, para a economia da Casa e, portanto, para a economia do povo do Maranhão. É uma medida de vanguarda, moderna, que vem fortalecer o pensamento nessa questão ambiental”, disse o deputado.

Deputado Osmar Filho e a presidente Iracema Vale com a garrafa térmica entregue na sessão plenária

Sustentabilidade

Dentro das ações de responsabilidade ambiental, a Assembleia Legislativa também instalou, no mês de março, cinco purificadores de água ecológicos na Casa. A empresa responsável pelos equipamentos, H2O Quality, realizou treinamento para o manuseio e o processo de higienização dos galões.

As máquinas serão responsáveis por filtrar e esterilizar o líquido a ser consumido. Três purificadores estão instalados no Palácio Manuel Beckman, enquanto um está no Complexo de Comunicação e o outro na Creche-Escola Sementinha.

MPF obtém condenação de servidores do Ibama no Maranhão por corrupção passiva

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O Ministério Público Federal (MPF) obteve a condenação por corrupção passiva dos servidores do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) no Maranhão João Batista Figueiredo Mendes e Miguel Martins Ferreira. Eles foram condenados por receber propina para não fiscalizar caminhão que transportava quantidade irregular de madeira. O crime foi revelado pela Operação Ferro e Fogo, da Polícia Federal.

A Justiça Federal no Maranhão fixou para ambos pena de 2 anos e 8 meses de prisão em regime aberto, que foi convertida em prestação de serviços à comunidade, sendo uma hora de tarefa por dia de condenação. Eles também deverão pagar multa e mais três salários mínimos, que serão destinados a ações sociais. O local da prestação dos serviços e as entidades que receberão o valor serão definidos posteriormente, pela Justiça.

Os réus eram lotados no Núcleo de Fiscalização do Ibama, em São Luís (MA), em agosto de 2014, quando solicitaram vantagem financeira indevida para liberar um caminhão que transportava carga de madeira em quantidade superior à contida no Documento de Origem Florestal (DOF). Em razão do valor recebido, os servidores deixaram de realizar a fiscalização e autuar o veículo, o que caracteriza o crime de corrupção passiva, previsto no artigo 317 do Código Penal.

Operação – As apurações tiveram início após notícias-crimes feitas por particulares e por autoridades do Ibama sobre a possível prática de atos de corrupção por alguns servidores da autarquia. A operação Ferro e Fogo, da Polícia Federal, utilizou escutas autorizadas judicialmente no veículo oficial utilizado pelos réus para se deslocarem até o interior do estado, com o objetivo de realizar fiscalizações de rotina. As gravações realizadas nos dias 22, 28 e 29 de agosto de 2014 revelaram a prática criminosa.

“O teor dos diálogos revela ainda a habitualidade e trivialidade com que a conduta é tratada, indicando que em ocasiões pretéritas o recebimento de vantagens também ocorria, por vezes incorporado ao salário recebido do órgão público”, afirma a sentença. Testemunhas ouvidas no processo também confirmaram a prática de corrupção por servidores da autarquia federal. Uma delas apontou que fiscais abordavam madeireiros em operações de fiscalização exigindo dinheiro para evitar multas.

UFMA inicia trabalhos de qualificação para o “Turismo de Base Comunitária” e lança Programa Plástico Zero, na região dos Lençóis Maranhenses

Docentes e discentes do Departamento de Turismo e Hotelaria (DETUH) da Universidade Federal do Maranhão (UFMA), em uma ampla articulação interinstitucional que envolveu atores que atuam direta e indiretamente na atividade turística na região dos Lençóis Maranhenses, realizaram, de 24 a 26 deste mês, ações estratégicas de qualificação para o “Turismo de Base Comunitária” (TBC). Moradores, prestadores de serviços e empreendedores nos povoados Bar da Hora e Mandacaru, município de Barreirinhas-MA, foram beneficiados com a ação inédita.

Saiba mais – Realizada em parceria com o Ministério do Turismo (MTUR), Prefeitura Municipal de Barreirinhas, Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade-PNLM, CNPT, NGI-São Luís, AGERP-MA, Empresa Júnior de Turismo-LABOTUR, Casa Ingapura e Casa Novo Horizonte, a programação começou com uma audiência pública, que teve a participação de lideranças sindicais rurais, associações comunitárias, ONGs, agentes públicos, empreendedores e parlamentares. O evento contou ainda com a participação da Marinha do Brasil, SEBRAE-MA, Conselho Pastoral da Pesca, Superintendência de Turismo dos Lençóis-Delta da SETUR-MA, Secretaria de Estado da Agricultura Familiar, comunitárias da Ilha de Tauá-Mirim, IFMA-Barreirinhas, operadores de turismo, entre outros.

Carta ao Presidente Lula – O ponto alto do encontro, que lotou a sede da Colônia de Pescadores Z-18 do povoado Mandacaru, foi a entrega de uma Carta endereçada ao presidente da República, Luís Inácio Lula da Silva, e à ministra do Turismo, Daniela Mote de Souza Carneiro. O documento será protocolado nessa semana, na Casa Civil, com demandas referentes às questões ligadas ao turismo e meio ambiente dos referidos povoados.

Na ocasião, ocorreu ainda o lançamento do projeto e iniciou-se a qualificação para o TBC com palestras, rodas de conversas, relatos de experiências de empreendedores comunitários, pesquisas sobre temas como turismo sustentável de base comunitária, hospitalidade comunitária, gestão de desafios do Parque Nacional dos Lençóis Maranhenses, turismo em áreas naturais, experiências das RESEX da Amazônia Maranhense identidade e valorização dos saberes do turismo com fauna em Unidades de Conservação, além de oficinas com a temática ambiental para alunos das escolas locais.

Plástico Zero – Dentro da programação de lançamento do projeto “Turismo de Base Comunitária sob a perspectiva da agricultura familiar em Barreirinhas”, ocorreu ainda a realização de uma campanha para a estruturação de uma biblioteca comunitária nos povoados, com a doação de livros destinados aos moradores da região. Segundo a coordenadora geral do projeto, Profa. Dra. Mônica de Nazaré Ferreira de Araújo, na ocasião, aconteceu ainda o lançamento do programa “Plástico Zero”, também nos povoados Bar da Hora e Mandacaru.

Lançado, inicialmente, nessas duas comunidades, o programa “Plástico Zero” vai se estender ainda às comunidades do entorno e àquelas que estão localizadas dentro do PNLM. “A questão do lixo, sobretudo dos plásticos deixados pelos visitantes e o descarte irregular de resíduos pelos próprios moradores, é um problema que deve ser equacionado não só pelos poderes públicos, mas também pela comunidade e aí se incluem as escolas, associações comunitárias, os turistas, empreendedores, fornecedores. Exige a responsabilidade de todos, pois, além de provocar poluição visual e ambiental, deixa uma imagem ruim para quem nos visita”, disse a professora Mônica de Nazaré Ferreira de Araújo.

Planejamento turístico – “Além da entrega de certificados e material didático, os comunitários-empreendedores receberam um livro para registro de visitantes, com o objetivo de levantar informações sobre o perfil da demanda que visita os povoados e contribuir para futuro planejamento turístico”, concluiu a professora Mônica de Nazaré Ferreira de Araújo.

Encerrando a agenda de trabalho, foi apresentada uma programação para a próxima formação e capacitação, considerando que o “turismo sustentável de base comunitária tem um grande potencial de promover a inclusão de minoritários, mulheres e jovens, que não encontram possibilidades de se envolver em outras atividades produtivas em suas comunidades. Sabe-se que, “histórica e culturalmente, é comum que a maioria das atividades que geram renda para as famílias em comunidades sejam desempenhadas por homens adultos: trabalho com a pesca artesanal, caça, roça e outros serviços considerados pesados”, enfatizou o secretário adjunto de Desenvolvimento Econômico de Barreirinhas, Reges Júnior.

A aluna do Curso de Turismo da UFMA Letícia Gadelha destaca que “a experiência em participar desse projeto como coordenadora das oficinas para as crianças do povoado Bar da Hora nos trouxe uma nova perspectiva de olhar para o turismo como um fortíssimo aliado da conservação da sociobiodiversidade e que, ao promover práticas sustentáveis, também podemos ajudar os comunitários a serem protagonistas de sua própria trajetória com a natureza”, afirmou Letícia Gadelha.

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