Informação com credibilidade

Tag: palacio dos leões Page 1 of 3

Crise entre Dino e Brandão vira escândalo nacional e preocupa Lula, diz O Globo

Crise entre Flávio Dino e Carlos Brandão ganha repercussão nacional e preocupa o Planalto sobre reflexos nas eleições de 2026.

Crise entre Flávio Dino e Carlos Brandão ganha repercussão nacional e preocupa o Planalto sobre reflexos nas eleições de 2026.

A crise política entre Flávio Dino e Carlos Brandão ultrapassou as fronteiras do Maranhão e ganhou repercussão nacional.
O jornal O Globo, do Rio de Janeiro, destacou nesta quinta-feira (23) que o conflito entre aliados do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) e o governador maranhense evoluiu de um ajuste interno de poder para um escândalo público de grandes proporções, que já preocupa o presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Crise de bastidores que virou pauta nacional

De acordo com a reportagem do O Globo, gravações e trocas de mensagens envolvendo deputados e figuras próximas a Dino revelam tentativas de interferência política em decisões administrativas, principalmente no Tribunal de Contas do Estado (TCE).

Entre para o grupo do Blog do Olavo Sampaio no WhatsApp

Os áudios mostram parlamentares pressionando o governador Carlos Brandão e articulando para influenciar cargos e decisões dentro do Executivo estadual.

O caso, que começou como uma disputa interna por espaço político, acabou se transformando em um embate público com repercussão nacional, afetando diretamente o equilíbrio da base aliada no Maranhão.

Brandão tenta conter crise e preservar governabilidade

Enquanto aliados de Dino são acusados de ultrapassar limites políticos e administrativos, o governador Carlos Brandão tenta administrar a crise sem romper completamente com o grupo do ministro do STF.
Segundo fontes próximas ao Palácio dos Leões, Brandão tem adotado uma postura de contenção, evitando que a disputa interna afete o funcionamento da máquina pública e a imagem do governo.

“Brandão tenta preservar a governabilidade e evitar que disputas pessoais prejudiquem o Estado”, observou um analista ouvido pela reportagem.

Nos bastidores, o governador também tem trabalhado para restabelecer a confiança de aliados federais, destacando que não permitirá que o Maranhão se transforme em palco de instabilidade política em meio ao novo ciclo de investimentos e obras.

Documentos e inquérito da PF aumentam tensão

As denúncias de suposta falsificação de documentos no sistema estadual e a abertura de um inquérito pela Polícia Federal ampliaram o desgaste e deram novo combustível à crise.

Veja também:

A investigação deve apurar a autenticidade de materiais utilizados para pressionar decisões dentro do TCE e expor eventuais abusos de poder cometidos por integrantes do grupo político de Dino.

O episódio reforçou a percepção de que a crise deixou de ser administrativa e passou a envolver questões éticas e institucionais, ampliando o impacto político para além dos limites do Maranhão.

Preocupação no Planalto com reflexos em 2026

No Palácio do Planalto, a avaliação é de que a disputa entre Dino e Brandão pode fragilizar o PT no Maranhão e abrir espaço para adversários nas eleições de 2026.
Segundo o jornal O Globo, Lula acompanha de perto os desdobramentos da crise e teme que o embate entre seus aliados mais próximos cause um racha irreversível na base maranhense.

A leitura em Brasília é que Brandão busca manter a estabilidade e o controle político, enquanto Dino e seus aliados estariam apostando alto demais numa estratégia de confronto que pode comprometer a própria imagem do grupo.

Risco político e desgaste público

Analistas avaliam que a atual crise representa um divisor de águas na relação entre Flávio Dino e Carlos Brandão.
O governador tenta consolidar sua liderança como gestor pragmático e moderado, enquanto o grupo ligado a Dino enfrenta acusações de interferência e excesso de poder.

“Quem se expõe demais corre o risco de pagar o preço político mais alto”, avalia um observador da cena política maranhense.

Confira todos os detalhes na matéria do GLOBO aqui:

Aliados de Dino rompem com sucessor no Maranhão após troca de acusações sobre grampos e documentos falsos no STF

Deputados próximos ao ministro do Supremo entregaram secretarias que ocupavam no governo de Carlos Brandão, antigo vice. Rompimento preocupa Lula para 2026

Em meio a acusações de gravações escondidas e de fraude em documentos públicos, aliados do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Flávio Dino e do atual governador do Maranhão, Carlos Brandão (sem partido), anunciaram rompimento político na terça-feira. Brandão, que foi vice de Dino e depois o sucedeu na governo estadual, acusa interlocutores do ex-aliado de usarem um processo no STF, sob a relatoria do ministro, para “chantagem”. Parlamentares próximos a Dino, por sua vez, alegam terem sido alvos de “grampos” do governo do Maranhão.

O rompimento gera preocupação para o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que havia pedido há duas semanas, durante visita ao Maranhão, que Brandão e Dino tivessem “responsabilidade” e evitassem “brigar dentro de casa”. Em entrevista à TV Imirante na ocasião, Lula declarou que o racha entre os dois poderia “dar para os adversários a chance de ganhar” a eleição de 2026 no estado. Por conta do rompimento, Brandão decidiu se desfiliar do PSB, partido pelo qual foi eleito, e articula uma candidatura contra o PT no estado, embora diga que segue “parceiro do presidente Lula sob qualquer circunstância”.

Como mostrou o blog da colunista do GLOBO Malu Gaspar nesta quinta-feira, o estopim do rompimento foi a divulgação de três gravações de conversas de aliados de Dino com um interlocutor não identificado. Em uma dessas gravações, o deputado federal Rubens Jr. (PT-MA) cobra Brandão a cumprir acordos políticos nas eleições municipais de 2024 para “liberar o TCE”. Duas ações em tramitação no STF, ambas sob relatoria de Dino, barraram o preenchimento de duas vagas abertas no Tribunal de Contas do Estado (TCE) do Maranhão, no início de 2024 e de 2025. Ambas seguem sem ser preenchidas.

Em outras duas gravações, envolvendo o deputado federal Márcio Jerry (PCdoB-MA) e o atual secretário-executivo do Ministério do Esporte, Diego Galdino, também há alusões a acordos entre aliados de Dino e de Brandão nas eleições de 2024.

Os dois deputados reagiram chamando o material de “clandestino” e “ilegal”, e anunciaram pedidos de demissão de dois secretários que representavam seu grupo político no governo Brandão. Na semana passada, os mesmos parlamentares haviam oficiado o presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), para que solicitasse à Polícia Federal abertura de investigação sobre um suposto “grampo” praticado pelo governo do Maranhão.

Procurada pelo GLOBO, a assessoria do STF afirmou, em nota, que Dino “não atua em assuntos estritamente políticos” desde que tomou posse na Corte, no início de 2024. “É impossível manifestar-se sobre gravações telefônicas de terceiros, de origem desconhecida e produzidas em datas não informadas”, diz a nota do STF.

Já o governador Carlos Brandão, em nota, afirmou ter “recebido a oferta” de apoiar “candidatura de interesse do deputado Marcio Jerry” nas eleições municipais de 2024 para destravar “vagas retidas no TCE”. Ele disse ainda que “impôs limites” a tentativas de ingerência em sua gestão. “A reação foi insana, agressiva, utilizando-se até de chantagens e barganhas nada republicanas”, declarou Brandão.

O caso das gravações

Na tarde de terça, o deputado Rubens Jr afirmou, na tribuna da Câmara, que foi “gravado ilegalmente” quando estava “dando o retorno para o governador” de uma conversa que teve com Dino. A data do diálogo não foi especificada. Antes de ser indicado por Lula ao STF, em dezembro de 2023, Dino foi governador do Maranhão por dois mandatos e, em 2022, apoiou a eleição de Brandão, seu antigo vice.

Segundo o deputado, ele havia procurado Dino, a pedido de Brandão, para articular uma pacificação entre aliados do ministro e do governador, já em meio a estremecimentos na relação. Na conversa, Rubens disse ter questionado o ministro sobre “essa questão do TCE, que tem processo aqui”, e que Dino respondeu que só trataria do assunto “nos autos”.

— O diálogo foi no campo do aconselhamento pessoal. Só que isso foi transformado em uma paranoia pelo senhor Marcus Brandão, irmão do governador, como uma tentativa de intimidação, perseguição e chantagem, o que não houve – alegou o deputado, na terça-feira, no plenário da Câmara.

Dino é relator de duas ações diretas de inconstitucionalidade (Adin) que questionam o rito de escolha de conselheiros do Tribunal de Contas do Estado (TCE) do Maranhão. As ações acabaram barrando a indicação do advogado Flávio Costa, aliado de Brandão, para o tribunal.

Também citado nas gravações, o deputado federal Márcio Jerry disse ter sido “vítima de uma armação feita pelo governo do estado do Maranhão, com participação do irmão do governador”. Considerado um nome influente na administração estadual, Marcus, irmão de Brandão, articula a candidatura do próprio filho, Orleans Brandão (MDB), para a sucessão no governo do Maranhão em 2026.

A candidatura de Orleans desagrada a aliados de Dino, que pleiteiam um apoio do governador ao atual vice, Felipe Camarão (PT).

— A gente infelizmente vê o governador querer reintroduzir no Maranhão um poder oligárquico que o povo já repudiou. Resolveu inventar uma candidatura do próprio sobrinho, e resolveu praticar esses atos lamentáveis que são vistos hoje – afirmou Jerry, no plenário da Câmara, referindo-se às gravações.

Nos discursos feitos nesta terça, os deputados anunciaram que dois secretários de Brandão pediriam demissão: o titular da pasta de Cidades, Robson Paz (PCdoB), aliado de Jerry, e o secretário de Relações Institucionais, Rubens Pereira, pai de Rubens Jr.

Procurado para comentar as declarações dos deputados, Marcus Brandão afirmou que o governador, seu irmão, é alvo de “pressões”, “tentativas de achaques” e ameaças de que o “afastariam do cargo”. Ele também alegou haver “documentos plantados criminosamente” para prejudicá-lo, e atribuiu a ação a “militantes do PCdoB”.

Menção a documentos falsos no STF

As acusações de Marcus sobre os documentos constam em um processo judicial que corre na Justiça do Maranhão. O irmão do governador acusa funcionários da Secretaria Estadual de Infraestrutura de terem forjado dados oficiais em seu nome, e que foram posteriormente usados em uma ação no STF sob a relatoria de Dino.

No processo em questão, ao qual O GLOBO teve acesso, o Ministério Público do Maranhão denunciou três servidores estaduais acusados de inserir na base de dados do estado, de forma fraudulenta, o nome de Marcus Brandão como um dos responsáveis por uma empreiteira, a Vigas Engenharia, que recebeu, no ano passado, R$ 13 milhões do governo estadual. A inserção indevida ocorreu em dezembro de 2024. Ao menos um desses servidores foi filiado ao PCdoB.

Segundo o MP, “os denunciados agiram com o propósito deliberado de inserir dados falsos no sistema oficial, visando criar uma situação fática inverídica, com o fim de causar dano à Administração Pública e à vítima”. No início deste mês, a 2ª Vara Criminal de São Luís aceitou a denúncia e tornou réus os três servidores. O GLOBO não conseguiu localizar as respectivas defesas.

O irmão do governador alegou ter tomado conhecimento da fraude depois que uma advogada peticionou a Dino, na ação que trata do preenchimento de vagas no TCE do Maranhão, uma denúncia sobre suposta “compra de vagas” no tribunal.

A denúncia da advogada alegava que a empreiteira em questão está em nome de um “laranja”, mas que “de fato pertence” ao irmão do governador, e baseava esta afirmação nos mesmos dados inseridos pelos servidores acusados de fraude.

Ao despachar sobre a denúncia, Dino ordenou a abertura de inquérito pela Polícia Federal (PF) para apurar os “possíveis crimes” levantados pela advogada. O inquérito foi aberto em agosto, e corre sob sigilo.

O imbróglio político no Maranhão também alcançou o desembargador federal Ney Bello, do Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF-1), que é próximo a Dino. Segundo o deputado federal Rubens Jr. e as gravações divulgadas por aliados de Brandão, o desembargador participou das conversas que buscavam “pacificar” os desentendimentos entre aliados do ministro e do governador do Maranhão.

De acordo com o deputado petista, Bello estava presente na ocasião em que ele perguntou a Dino sobre o andamento da ação que tratava das vagas no TCE do Maranhão.

Outro lado

Procurado pelo GLOBO, Bello afirmou, em nota, que “foi professor de graduação e mestrado” de Rubens Jr, com quem tem “antiga amizade”, e que “em razão disso naturalmente conversam sobre todos os assuntos como convém a amigos”.

“Como Magistrado há 30 anos, o professor e desembargador Ney Bello não possui atividade política partidária, e nem é relator de qualquer processo envolvendo políticos de sua terra natal”, diz a nota.

Em nota, a assessoria do STF disse que “o ministro Flávio Dino não atua em assuntos estritamente políticos” desde “fevereiro de 2024, quando encerrou o seu mandato de senador”. “Sobre processos judiciais distribuídos pela presidência do STF ao ministro Flávio Dino, as manifestações são exclusivamente nos autos, como manda a lei”, disse a Corte.

O governador do Maranhão, Carlos Brandão, afirmou que seu governo “não gravou” deputados, e sim que “eles se fizeram gravar”. “Agora temem os efeitos dessa exposição vexatória a que se submeteram, expondo nomes de outros níveis de poder”, completou a nota do governador.

Procurado para comentar a menção ao secretário-executivo Diego Galdino no caso, o Ministério do Esporte disse, em nota, que o “assunto mencionado não diz respeito” à pasta, e que por isso não poderia “fornecer posicionamento a respeito”. Galdino é o braço-direito do atual ministro, André Fufuca (PP), que articula para concorrer ao Senado pelo Maranhão em 2026.

Brandão reage com nota dura, PSB entrega cargos e crise política se amplia no Maranhão

Governador Carlos Brandão reagiu com nota dura às denúncias e marcou posição em meio à saída do PSB e do PCdoB do governo.

Governador Carlos Brandão reagiu com nota dura às denúncias e marcou posição em meio à saída do PSB e do PCdoB do governo.

A tensão política no Maranhão atingiu um novo patamar. Após a divulgação de áudios envolvendo lideranças do grupo governista, o governador Carlos Brandão (sem partido) quebrou o silêncio e divulgou uma nota oficial contundente, na qual denuncia tentativas de “chantagem” e “barganhas nada republicanas” dentro do cenário político estadual.

“Fui parceiro, mas impus limites. A reação foi insana e agressiva, utilizando-se até de chantagens e barganhas nada republicanas”, afirmou Brandão no comunicado.

Entre para o grupo do Blog do Olavo Sampaio no WhatsApp

A nota foi publicada nas redes sociais do governador e rapidamente repercutiu em todo o meio político, escancarando um racha entre brandonistas e dinistas — que antes formavam o núcleo do governo.

PSB entrega cargos e rompe oficialmente com o governo

O PSB, partido pelo qual Brandão foi eleito, anunciou oficialmente a entrega de todos os cargos que ainda ocupava no Palácio dos Leões.
A decisão foi comunicada pela presidente estadual da sigla, senadora Ana Paula Lobato, que justificou a medida como “um gesto de coerência política e defesa da ética”.

Nos bastidores, porém, analistas avaliam que o movimento tem caráter mais estratégico do que ideológico, marcando a consolidação do distanciamento do grupo ligado ao senador Flávio Dino e ao deputado Márcio Jerry.

O gesto do PSB ocorre logo após o PCdoB também entregar a Secretaria das Cidades, confirmando o esvaziamento político do governo e ampliando o isolamento de Brandão.

Colinas vira o epicentro da crise

De acordo com informações apuradas no Tá Na Hora Maranhão, as conversas que originaram os áudios teriam ligação direta com acordos políticos não cumpridos em Colinas, cidade natal tanto de Carlos Brandão quanto de Márcio Jerry e Marcos Brandão.
O impasse sobre o apoio a candidaturas locais e a disputa por vagas no Tribunal de Contas do Estado (TCE) estariam entre os principais fatores de conflito.

Wellington do Curso deixa o NOVO e mira novos partidos

Em meio à turbulência, o deputado estadual Wellington do Curso confirmou sua desfiliação do Partido NOVO.
O parlamentar, conhecido por sua atuação crítica e independente, afirmou que já recebeu convites do PL e do PSD, siglas que buscam reforçar suas bancadas para 2026.

“Não teve nada que desabonasse. Caminho que segue. Recebi convites do PL, do PSD e de outros partidos. Ainda vou avaliar com calma”, declarou Wellington, em entrevista ao Tá Na Hora Maranhão.

O deputado destacou ainda que seguirá seu trabalho de fiscalização, denúncias e defesa dos servidores públicos, bandeiras que o tornaram um dos nomes mais populares da Assembleia Legislativa.

Notas e reações em cadeia

A nota de Brandão provocou reações imediatas.
O irmão do governador, Marcos Brandão, presidente estadual do MDB, também se manifestou, reforçando as acusações de pressões e “ameaças” contra o governo.

Veja também: Márcio Jerry anuncia que PCdoB entregou comando da Secid no governo Brandão

Do outro lado, o deputado Márcio Jerry (PCdoB) respondeu com críticas duras, alimentando ainda mais o embate entre antigos aliados.

O PT nacional, por sua vez, emitiu uma nota de solidariedade a Rubens Júnior, vice-presidente do partido, mas evitou ataques diretos ao governador, em um gesto de tentativa de pacificação entre as alas.

Cenário eleitoral e próximos passos

Com PSB e PCdoB fora do governo, Carlos Brandão agora deve reorganizar sua base política, com maior aproximação do PSD e do Republicanos.
O movimento abre caminho para uma nova configuração eleitoral, em que Felipe Camarão (PT) e Orleans Brandão (PSB) despontam como possíveis protagonistas da disputa pelo Palácio dos Leões em 2026.

Nos bastidores, a avaliação é unânime: a aliança que sustentou o poder por mais de uma década está desfeita.

“Agora é cada um por seu lado. E, pelo que tudo indica, nem o presidente Lula conseguirá costurar essa reconciliação”, comentou o jornalista John Cutrim, durante a resenha política.

📺 Assista ao Tá Na Hora Maranhão

O programa vai ao ar de segunda a sexta, às 18h30, na TV Difusora/SBT, com apresentação de Olavo Sampaio, e comentários de John Cutrim e Ricardo Marques.

Brandão rompe o silêncio e reage à crise política no Maranhão após vazamento de áudios

 

Governador Carlos Brandão se manifesta sobre crise política e acusa antigos aliados de tentarem manter controle do governo após eleição de 2022.

Governador Carlos Brandão se manifesta sobre crise política e acusa antigos aliados de tentarem manter controle do governo após eleição de 2022.

Governador quebra o silêncio após crise política

O governador do Maranhão, Carlos Brandão (PSB), se pronunciou nesta quarta-feira (22) sobre a crise política que tomou conta do estado após a divulgação de áudios atribuídos a aliados do ex-governador e atual ministro do STF, Flávio Dino.

Entre para o grupo do Blog do Olavo Sampaio no WhatsApp

Os áudios, revelados pelo deputado estadual Yglésio Moyses (PRTB), mostram supostas conversas internas entre lideranças do grupo dinista sobre acordos políticos e articulações com o Palácio dos Leões. O conteúdo gerou forte repercussão e desencadeou uma onda de rupturas e exonerações no governo.

Rompimentos e reações em cadeia

Na Câmara Federal, o deputado Rubens Jr. (PT) anunciou emocionado a entrega do cargo do pai, Rubens Pereira, então secretário de Articulação Política do governo Brandão.

Logo depois, o deputado Márcio Jerry (PCdoB) declarou incompatibilidade do PCdoB com a atual gestão e o secretário Robson Paz pediu desligamento da Secretaria de Estado das Cidades e Desenvolvimento Urbano (Secid).

A crise se aprofundou quando a Executiva Estadual do PSB, partido do governador, recomendou que todos os filiados deixem cargos no governo estadual.

Brandão acusa “chantagens e barganhas”

Em publicação nas redes sociais, Brandão criticou antigos aliados e afirmou que parte do grupo de Dino tentou manter o controle do governo mesmo após a eleição de 2022.

“Em política, tem que se ter coerência. Sou parceiro do presidente Lula sob qualquer circunstância, mas aqui no Maranhão plantou-se uma divisão. O governo que se encerrou em 2022 quis permanecer no comando da gestão para a qual fui eleito. Fui parceiro, mas impus limites.”

O governador classificou a reação do grupo ligado a Dino como “insana e agressiva”, citando “chantagens e barganhas nada republicanas”.

“Tudo que agora veio a público já era sabido, porque eles próprios falavam abertamente. O deputado Rubens Júnior me trouxe um recado, uma oferta: eu apoiaria uma candidatura de interesse do deputado Márcio Jerry em Colinas e as vagas retidas do TCE seriam liberadas. O próprio Rubens Júnior confirmou isso na Câmara Federal”, declarou Brandão.

Negativa sobre gravações e defesa política

Carlos Brandão negou que seu governo tenha feito gravações. Segundo ele, os próprios envolvidos se gravaram e agora “temem os efeitos da exposição vexatória a que se submeteram”.

Veja também: Márcio Jerry anuncia que PCdoB entregou comando da Secid no governo Brandão

O Partido dos Trabalhadores (PT) divulgou nota de apoio a Rubens Jr., ressaltando que suas decisões seguem “a defesa da democracia e da soberania”.

Já o presidente estadual do MDB, Marcus Brandão, irmão do governador, reforçou a defesa da atual gestão e criticou o grupo político ligado a Flávio Dino.

Camarão rebate Brandão e descarta renúncia: “A hipótese é zero”

Felipe Camarão endurece o tom e diz que não renunciará “em hipótese alguma” em meio à crise política com Brandão ⚡️

Felipe Camarão endurece o tom e diz que não renunciará “em hipótese alguma” em meio à crise política com Brandão ⚡️

O vice-governador do Maranhão, Felipe Camarão (PT), descartou qualquer possibilidade de renunciar ao cargo como parte de um acordo político com o governador Carlos Brandão (PSB).
A declaração eleva novamente a tensão entre petistas e brandonistas dentro do grupo governista.

“Se a condição for eu renunciar, infelizmente, não vai ter acordo. A hipótese de eu renunciar é zero”, afirmou Camarão.

A fala do vice ocorre em meio às discussões sobre a sucessão estadual de 2026, e surge após especulações de que Brandão poderia propor um gesto conjunto de pacificação com renúncia simultânea dos dois, abrindo espaço para uma nova composição política.

Camarão, porém, deixou claro que não aceita imposições e defendeu que Brandão não pode interferir na escolha do sucessor caso o candidato seja alinhado ao presidente Lula (PT).

“O governador não pode impor condições à sucessão se for alguém leal ao projeto do presidente Lula”, disse o vice.

Nos bastidores, líderes políticos tentam reaproximar Brandão e Lula para evitar um racha definitivo entre PT e PSB no Maranhão.
Uma reunião entre os dois deve acontecer nos próximos dias em busca de entendimento e manutenção da unidade do grupo governista.

Lula quer unir Brandão e Dino e prega responsabilidade política no Maranhão

Lula quer reconciliação entre Carlos Brandão e Flávio Dino e defende permanência de André Fufuca no Ministério do Esporte.

Lula quer reconciliação entre Carlos Brandão e Flávio Dino e defende permanência de André Fufuca no Ministério do Esporte.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou que deve se reunir na próxima semana com o governador Carlos Brandão (PSB), em Brasília, para discutir as eleições de 2026 no Maranhão e buscar recompor a unidade do grupo político que governa o estado desde 2014.

Em entrevista à TV Mirante, Lula disse que pretende “colocar todos os líderes em torno de uma mesa” e defendeu que o foco seja o interesse do Maranhão, e não disputas pessoais ou partidárias.

“Não é o que é bom pra cada um, é o que é bom para o Maranhão. Tem que prevalecer o que é bom para o Maranhão”, declarou o presidente.

Lula tenta evitar ruptura entre dinistas e brandonistas

Lula afirmou que tem excelente relação tanto com Brandão quanto com o ex-governador Flávio Dino, e reforçou que a aliança vitoriosa no Maranhão deve ser mantida.
Segundo ele, a união entre os dois é essencial para garantir mais uma vitória do grupo nas eleições de 2026.

“Eu tenho uma relação muito boa com Brandão, com Dino, com os senadores Weverton e Eliziane, e com os deputados. Se a gente começar a brigar dentro de casa, a desavença chega a um ponto que não conserta mais. Temos que cuidar, porque se brincar em serviço, a gente dá aos adversários a chance de ganhar — e hoje eles não têm essa chance”, disse Lula.

O presidente enfatizou que todos os líderes políticos do estado têm responsabilidade — incluindo deputados, senadores e o vice-governador Felipe Camarão — e afirmou ter “convicção de que o grupo será vitorioso no Maranhão e no Brasil”.

Lula defende permanência de Fufuca no Ministério do Esporte

Durante a entrevista, Lula também falou sobre o impasse envolvendo o ministro do Esporte, André Fufuca (PP-MA), que está sendo pressionado por seu partido a deixar o governo.
O presidente disse que não pretende abrir mão de Fufuca e elogiou o desempenho do maranhense na pasta.

“Eu quero conversar com o Fufuca, eu não quero que ele saia. Acho que ele está fazendo um bom trabalho. É um equívoco do PP querer expulsá-lo. Não vou implorar pra nenhum partido estar comigo; quem quiser, fica, quem não quiser, vá — e que tenha sorte”, afirmou Lula.

Lula também lembrou que deve anunciar com Fufuca, em novembro, a criação da Universidade do Esporte, projeto que já foi mencionado em sua passagem por Imperatriz.

PP dá novo prazo, mas Fufuca deve resistir

O PP, assim como o União Brasil, havia determinado a saída de seus filiados do governo federal.
O presidente nacional da sigla, senador Ciro Nogueira (PI), deu um novo prazo até esta terça-feira (7) para que Fufuca deixasse o ministério, mas garantiu que o partido não pretende expulsá-lo.

Ciro, no entanto, advertiu que Fufuca pode perder o comando do diretório estadual do PP no Maranhão caso permaneça no governo.
Nos bastidores, aliados afirmam que o ministro pretende continuar no cargo e manter apoio ao presidente Lula.

Confusão na Câmara de São Luís: vereadores travam embate sobre Lula e Bolsonaro

Um embate acalorado marcou a sessão da Câmara de Vereadores de São Luís. A discussão entre Jhonatan do Coletivo Nós (PT) e a vereadora Flávia Berthier (PL) acabou obrigando o encerramento antecipado da reunião. O motivo foi a troca de acusações em torno da política nacional, envolvendo os nomes do presidente Lula e do ex-presidente Jair Bolsonaro.

O episódio chamou a atenção porque a pauta principal deveria ser o debate sobre os problemas da capital maranhense, mas os vereadores preferiram se enfrentar em torno da polarização política nacional. A sessão terminou em clima de tensão, deixando no ar a pergunta: até que ponto esse tipo de embate ajuda a cidade?

No mesmo dia, o governador Carlos Brandão voltou a desabafar. Ele afirmou estar sendo alvo de perseguição, mas disse confiar que “Deus está do lado dele”. A fala reforça o tom emocional que o chefe do Executivo maranhense tem adotado em meio às críticas e disputas políticas no estado.

Já no cenário nacional, o governo federal intensifica a articulação para barrar a votação da anistia dos réus do 8 de Janeiro. O tema envolve diretamente o ex-presidente Jair Bolsonaro e continua dividindo opiniões no Congresso e na sociedade.

👉 Acompanhe a resenha política do Tá Na Hora Maranhão, ao vivo, de segunda a sexta-feira, às 18h30, na TV Difusora/SBT.

Page 1 of 3

Desenvolvido em WordPress & Tema por WeZ | Agência Digital