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Tag: Peculato

MPMA denuncia 19 pessoas por fraudes na Secretaria de Infraestrutura de Imperatriz

MPMA denuncia 19 pessoas por fraudes na Sinfra de Imperatriz; investigação aponta superfaturamento e lavagem de dinheiro.

MPMA denuncia 19 pessoas por fraudes na Sinfra de Imperatriz; investigação aponta superfaturamento e lavagem de dinheiro.

Operação Regalo revela direcionamento de contratos e indícios de lavagem de dinheiro entre 2019 e 2020

O Ministério Público do Maranhão (MPMA) denunciou 19 pessoas por participação em um esquema de fraudes em licitações da Secretaria Municipal de Infraestrutura de Imperatriz (Sinfra). A denúncia, aceita pela Justiça em 13 de outubro, integra as investigações da Operação Regalo.

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De acordo com o MPMA, as irregularidades envolvem licitações e contratos firmados com a empresa Maciel Transportes e Serviços Ltda., entre 2019 e 2020. O grupo é acusado de manipular processos licitatórios, superfaturar serviços e negligenciar a fiscalização contratual, o que teria causado prejuízos significativos aos cofres públicos.

Servidores e empresários entre os denunciados

A denúncia atinge servidores públicos e empresários locais, entre eles Francisco de Assis Amaro Pinheiro, Zigomar Costa Avelino Filho, Fábio Hernandez de Oliveira Sousa e Ivoni Assunção Pinheiro.

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Ivoni é apontada como administradora da empresa Lockimper Artefatos de Cimento Ltda., que teria recebido parte dos valores desviados da Sinfra. Já a Maciel Transportes, segundo o MP, recebeu pagamentos por serviços não executados, configurando enriquecimento ilícito e dano ao erário.

Esquema de triangulação financeira

As investigações apontam que o dinheiro público era movimentado por meio de uma triangulação financeira. Parte dos recursos foi repassada a terceiros e empresas de fachada, levantando suspeitas de lavagem de dinheiro.

Conforme o MPMA, os pagamentos irregulares e repetidos, sem a comprovação da execução dos contratos, reforçam a existência de um esquema orquestrado para desviar recursos públicos.

Decisão judicial e próximos passos

Na decisão que recebeu a denúncia, o magistrado responsável considerou que os elementos apresentados demonstram fortes indícios de corrupção e direcionamento de contratos públicos.

O Ministério Público pede a condenação dos 19 denunciados pelos crimes de organização criminosa, peculato e lavagem de dinheiro, além de outras sanções previstas na lei.

A Operação Regalo continua em andamento e deve resultar em novas diligências e quebras de sigilo bancário e fiscal para aprofundar as investigações.

 

Prefeitura de Caxias exonera servidor acusado de desvio de taxas do terminal rodoviário

 

Prefeitura de Caxias exonera servidor acusado de desviar Taxa de Embarque; cobrança era feita via Pix com identidade visual do município.

Prefeitura de Caxias exonera servidor acusado de desviar Taxa de Embarque; cobrança era feita via Pix com identidade visual do município.

Servidor é acusado de desviar recursos públicos

A Prefeitura de Caxias exonerou o servidor Wallas Maximiano Francisco de Oliveira, acusado de desviar valores arrecadados com a Taxa de Embarque do Terminal Rodoviário do município.

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Segundo as investigações preliminares, o funcionário direcionava os pagamentos feitos por passageiros para sua própria conta bancária, utilizando o Pix como meio de recebimento.

Pagamentos eram feitos por QR Code com identidade visual da prefeitura

A taxa de embarque, no valor de R$ 5, é cobrada de cada passageiro para custear a manutenção do terminal. O pagamento era realizado por meio de um QR Code afixado na parede do local, com a logomarca oficial da prefeitura e a inscrição de que o valor seria destinado ao poder público municipal.

Entretanto, a apuração constatou que a chave Pix estava registrada em nome do próprio servidor, identificado no painel como coordenador do Terminal Rodoviário.

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A prática teria permitido o desvio sistemático de recursos públicos durante um período ainda não totalmente identificado.

Exoneração imediata após descoberta

Com a constatação das irregularidades, a Prefeitura de Caxias determinou a exoneração imediata de Wallas Maximiano dos dois cargos que ocupava:

  • Supervisor (AS-6) da Secretaria Municipal de Administração, Finanças, Planejamento e Gestão Fazendária — função exercida desde janeiro de 2025;
  • Coordenador da Unidade de Vigilância de Zoonoses.

Em nota oficial, a administração municipal afirmou que instaurou um processo administrativo disciplinar assim que detectou inconsistências nos repasses da taxa.

“Ao identificar irregularidades na arrecadação, determinamos a abertura de processo disciplinar e a exoneração imediata do servidor envolvido”, informou a nota.

Cobrança da taxa é regulamentada por decreto

A Taxa de Embarque no terminal rodoviário de Caxias é regulamentada pelo Decreto Municipal nº 190/2025, que estabelece sua destinação exclusiva para a manutenção e melhorias da estrutura do espaço público.
Com o desvio, o município teria deixado de arrecadar valores que seriam aplicados em serviços de limpeza, iluminação, segurança e reparos estruturais do terminal.

A prefeitura reforçou que nenhum passageiro será responsabilizado e que o sistema de cobrança está sendo revisto e reforçado com novos controles de segurança.

Servidor pode responder por crimes de desvio e peculato

Com base nas evidências reunidas até o momento, o caso será encaminhado ao Ministério Público do Maranhão (MPMA) para apuração de possíveis crimes de improbidade administrativa, peculato e desvio de verba pública.

As penalidades previstas podem incluir perda da função pública, devolução integral dos valores desviados, multa e inelegibilidade por até oito anos.
A Polícia Civil também deve ser acionada para investigar o uso indevido da identidade visual do município e a fraude eletrônica no recebimento de valores via Pix.

Prefeitura reforça compromisso com a transparência

A administração municipal declarou que o caso reforça a necessidade de fiscalização contínua e destacou o comprometimento da gestão com a transparência e o uso correto dos recursos públicos.

“Nenhum ato de desvio ou irregularidade será tolerado. A gestão municipal mantém uma política de tolerância zero com a corrupção”, ressaltou o comunicado da prefeitura.

Enquanto o processo administrativo corre, todas as operações financeiras relacionadas ao terminal estão sob auditoria interna.

Escândalo em Caxias: PF Apreende R$ 467 Mil e Afasta Secretária, Mãe do Prefeito Gentil Neto

Dinheiro apreendido pela Polícia Federal durante a Operação Segunda Dose em Caxias; ação afastou secretária Adriana Raquel Sousa, mãe do prefeito Gentil Neto.

Dinheiro apreendido pela Polícia Federal durante a Operação Segunda Dose em Caxias; ação afastou secretária Adriana Raquel Sousa, mãe do prefeito Gentil Neto.

A cidade de Caxias (MA) amanheceu em choque nesta segunda-feira (8). Uma operação da Polícia Federal encontrou R$ 467 mil em dinheiro vivo, além de medicamentos e documentos suspeitos. No centro do escândalo está Adriana Raquel Sousa, secretária municipal de Proteção Social e mãe do prefeito Gentil Neto.

A investigação faz parte da Operação Segunda Dose, que apura suspeitas de falsidade documental, exercício ilegal da medicina, peculato e lavagem de dinheiro. O esquema, segundo a PF, pode ter movimentado valores muito maiores.

Foram cumpridos cinco mandados de busca e apreensão em endereços ligados à secretária: sua casa, a sede da pasta que comandava e unidades de saúde nos bairros Salobro, Cohab e UPA.

Os agentes recolheram celulares, computadores e uma caixa de medicamentos destinada ao Fundo Municipal de Saúde. Mas o que mais chamou atenção foi o montante em espécie: R$ 467.050,00 guardados sem comprovação de origem.

Diante das evidências, a Justiça Federal determinou o afastamento imediato de Adriana Raquel Sousa das funções públicas e da atividade médica. Caso as denúncias sejam confirmadas, as penas podem ultrapassar 30 anos de prisão.

Até agora, a reportagem não obteve resposta da secretária investigada nem da Prefeitura de Caxias. O caso promete ter novos desdobramentos e já movimenta os bastidores da política maranhense.

Ex-funcionário de cartório é condenado a mais de 19 anos de reclusão, em Buriticupu

O ex-funcionário do Cartório de Buriticupu, Nivaldo da Silva Araújo, foi condenado a 19 anos de prisão por liderar um esquema de corrupção que causou um prejuízo de R$ 1,4 milhão ao Fundo Especial de Modernização e Reaparelhamento do Judiciário (Ferj) e ao próprio cartório. A sentença, além da pena de prisão, impôs a perda de bens no valor de R$ 3,2 milhões e fixou uma reparação mínima de danos em R$ 1,4 milhão. Ele foi denunciado pelo Ministério Público do Maranhão (MPMA) por crimes como peculato, falsidade ideológica, uso de documentos falsos, falsificação e lavagem de dinheiro.

A investigação, parte da operação Infelix Finix, revelou que Nivaldo se aproveitava de sua posição para manipular valores de emolumentos (taxas cartoriais), realizando registros imobiliários irregulares, alguns em nome de pessoas falecidas. Com o dinheiro desviado, ele comprou imóveis, fazendas, gado, cavalos e tratores, ocultando a origem dos recursos de forma ilícita.

Mesmo após ser demitido por justa causa, Nivaldo continuava a agir como funcionário do cartório, mantendo o esquema que havia construído. Entre 2018 e 2024, movimentou mais de R$ 3,2 milhões, valor incompatível com sua renda legítima, segundo as investigações.

O promotor de justiça Felipe Rotondo destacou que a decisão reforça o compromisso do MPMA em proteger o patrimônio público e combater a corrupção. A condenação abrangeu uma série de crimes, incluindo peculato, falsidade ideológica e lavagem de dinheiro, em um esquema que lesou significativamente os cofres públicos e beneficiou terceiros com transações fraudulentas.

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