Informação com credibilidade

Tag: PF Maranhão

PF prende presidente do Boi de Maracanã e assessora da ALEMA em esquema de lavagem de R$ 500 mil

Maria José de Lima Soares, viúva de Humberto de Maracanã, foi presa pela PF em São Luís suspeita de envolvimento em esquema de lavagem de dinheiro com emendas parlamentares.

Maria José de Lima Soares, viúva de Humberto de Maracanã, foi presa pela PF em São Luís suspeita de envolvimento em esquema de lavagem de dinheiro com emendas parlamentares.

A Polícia Federal prendeu em flagrante, nesta sexta-feira (17), três pessoas suspeitas de envolvimento em um esquema de lavagem de dinheiro que movimentou R$ 500 mil em recursos desviados de emendas parlamentares estaduais.

Entre os detidos está Maria José de Lima Soares, presidente do tradicional Boi de Maracanã e representante da Banzeiro Grande Produções LTDA. Viúva de Humberto de Maracanã, ícone da cultura popular maranhense, ela é apontada como uma das principais articuladoras do grupo.

Também foram presos Larissa Rezende Santos, assessora da deputada estadual Andreia Rezende, e Ivan Jorge da Piedade Madeira, presidente da Companhia de Cultura Popular Catarina Mina.

Prisão em flagrante e dinheiro vivo em agência bancária

O trio foi abordado dentro de uma agência do Banco do Brasil, no Centro de São Luís, logo após sacar R$ 400 mil em espécie. Segundo as investigações, o dinheiro seria destinado a um evento cultural em homenagem ao Dia das Crianças, que jamais aconteceu.

A Polícia Federal informou que há “fartos elementos informativos” indicando que os valores têm origem em crimes de peculato e corrupção passiva, sendo repartidos entre os envolvidos e outros possíveis beneficiários.

Durante a operação, Larissa Rezende foi flagrada tentando levar uma mochila com R$ 400 mil para a Assembleia Legislativa do Maranhão (ALEMA), onde, segundo a PF, entregaria o montante a uma deputada estadual.

Cultura usada como fachada

As investigações apontam que o dinheiro desviado partia de emendas parlamentares estaduais e era transferido para instituições culturais de fachada, contratadas para promover eventos que nunca ocorreram.

Em nota, a Polícia Federal destacou que as entidades funcionavam apenas para dar aparência de legalidade às transações. O esquema teria movimentado mais de R$ 2 milhões nos últimos meses.

“O montante apreendido tem origem ilícita e foi desviado de finalidades culturais, com indícios de participação de agentes públicos”, diz o comunicado da PF.

Autuação e crimes investigados

Os três suspeitos foram levados para a Superintendência Regional da Polícia Federal no Maranhão, onde foram autuados em flagrante pelo crime de lavagem de dinheiro, conforme o artigo 1º da Lei nº 9.613/1998, que prevê pena de até 10 anos de prisão.

A PF ainda apura se os recursos desviados foram usados para financiamento ilegal de campanhas eleitorais, o que configuraria também crime eleitoral e associação criminosa.

Repercussão e impacto político

O caso provocou forte repercussão no meio cultural e político maranhense. O Boi de Maracanã, símbolo do bumba meu boi e do folclore do estado, figura agora no centro de uma das maiores operações da PF envolvendo emendas culturais no Maranhão.

Nos bastidores da política estadual, a prisão da assessora da deputada Andreia Rezende também acendeu um alerta sobre a fiscalização das emendas parlamentares, especialmente as chamadas “emendas Pix”, repassadas sem controle rígido e sem exigência de prestação de contas detalhada.

Um golpe na credibilidade da cultura maranhense

A utilização da cultura popular como instrumento de desvio de recursos públicos causa indignação e ameaça a credibilidade de projetos sérios que dependem de apoio estatal.

“Quando o dinheiro da cultura é desviado, não é apenas um crime financeiro. É um golpe contra o patrimônio imaterial do povo maranhense”, afirmou um agente federal ouvido pela reportagem.

O que vem a seguir

As investigações continuam para identificar outros envolvidos, incluindo políticos beneficiados e instituições fantasmas que teriam recebido recursos semelhantes.
A Polícia Federal e o Ministério Público Federal trabalham em conjunto para rastrear o destino do dinheiro e identificar a origem das emendas parlamentares que financiaram o esquema.

A operação da PF em São Luís revela o uso de entidades culturais como fachada para desvio de emendas parlamentares estaduais, expondo a fragilidade no controle dos recursos públicos e lançando luz sobre a necessidade urgente de transparência no financiamento da cultura no Maranhão.

Escândalo em Caxias: PF Apreende R$ 467 Mil e Afasta Secretária, Mãe do Prefeito Gentil Neto

Dinheiro apreendido pela Polícia Federal durante a Operação Segunda Dose em Caxias; ação afastou secretária Adriana Raquel Sousa, mãe do prefeito Gentil Neto.

Dinheiro apreendido pela Polícia Federal durante a Operação Segunda Dose em Caxias; ação afastou secretária Adriana Raquel Sousa, mãe do prefeito Gentil Neto.

A cidade de Caxias (MA) amanheceu em choque nesta segunda-feira (8). Uma operação da Polícia Federal encontrou R$ 467 mil em dinheiro vivo, além de medicamentos e documentos suspeitos. No centro do escândalo está Adriana Raquel Sousa, secretária municipal de Proteção Social e mãe do prefeito Gentil Neto.

A investigação faz parte da Operação Segunda Dose, que apura suspeitas de falsidade documental, exercício ilegal da medicina, peculato e lavagem de dinheiro. O esquema, segundo a PF, pode ter movimentado valores muito maiores.

Foram cumpridos cinco mandados de busca e apreensão em endereços ligados à secretária: sua casa, a sede da pasta que comandava e unidades de saúde nos bairros Salobro, Cohab e UPA.

Os agentes recolheram celulares, computadores e uma caixa de medicamentos destinada ao Fundo Municipal de Saúde. Mas o que mais chamou atenção foi o montante em espécie: R$ 467.050,00 guardados sem comprovação de origem.

Diante das evidências, a Justiça Federal determinou o afastamento imediato de Adriana Raquel Sousa das funções públicas e da atividade médica. Caso as denúncias sejam confirmadas, as penas podem ultrapassar 30 anos de prisão.

Até agora, a reportagem não obteve resposta da secretária investigada nem da Prefeitura de Caxias. O caso promete ter novos desdobramentos e já movimenta os bastidores da política maranhense.

Operação resgata 80 trabalhadores em condições análogas à escravidão no Maranhão

Uma operação conjunta realizada entre 13 de julho e 26 de agosto resgatou 80 trabalhadores em situação análoga à escravidão nos municípios de Magalhães de Almeida e Barreirinhas, no Maranhão. A ação contou com a Polícia Federal, auditores-fiscais do Trabalho e o Ministério Público do Trabalho.

Em Magalhães de Almeida, foram encontrados 76 trabalhadores na extração da palha de carnaúba. Eles viviam em alojamentos precários, sem água potável, banheiros ou alimentação digna, em condições degradantes e de grave violação aos direitos humanos.

Já em Barreirinhas, a fiscalização impediu que quatro pescadores embarcassem em uma jornada de até 15 dias em mar aberto. Eles estariam expostos a riscos severos de saúde e segurança, sem garantias mínimas para a atividade.

Todos os trabalhadores foram afastados imediatamente e receberam encaminhamento para seus direitos. Os responsáveis foram identificados e notificados a pagar as verbas trabalhistas e indenizações por danos morais.

Na esfera penal, a Polícia Federal instaurará inquérito para apurar responsabilidades e aplicar punições aos envolvidos. O Ministério Público do Trabalho reforçou que denúncias anônimas são fundamentais para localizar casos semelhantes.

O resgate de 80 pessoas é considerado uma das maiores ações recentes no Maranhão e evidencia a necessidade de intensificar a fiscalização em setores como a carnaúba e a pesca, historicamente associados a casos de exploração no estado.

PF realiza três operações contra pornografia infantil no Maranhão e prende dois suspeitos

A Polícia Federal deflagrou três operações distintas ao longo do mês de julho no Maranhão para combater crimes relacionados à exploração sexual infantil. As ações, batizadas como Operações Argos III, IV e V, ocorreram nos dias 8, 23 e 30 de julho, respectivamente, nas cidades de Imperatriz, São Pedro da Água Branca e Balsas.

Durante os cumprimentos de mandados de busca e apreensão nas residências dos investigados, dois homens foram presos em flagrante. Segundo a PF, os suspeitos armazenavam em seus celulares vídeos e imagens com cenas de abuso sexual infantil, o que configura crime grave previsto no Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA).

As investigações apontam que os suspeitos também utilizavam contas em redes sociais para compartilhar esse tipo de conteúdo ilegal. A Polícia Federal utilizou ferramentas de rastreamento digital para monitorar a atividade dos alvos na internet e identificar os responsáveis pelos perfis utilizados para disseminação do material criminoso.

Os aparelhos apreendidos nas ações serão submetidos à perícia técnica, com o objetivo de extrair provas digitais que subsidiem os inquéritos em andamento. Caso as suspeitas sejam confirmadas, os investigados podem responder por crimes como posse, compartilhamento e produção de pornografia infantil, com penas que podem chegar a 10 anos de reclusão.

As ações foram conduzidas pela Delegacia da Polícia Federal de Imperatriz, que concentra os trabalhos investigativos relacionados a crimes cibernéticos no sul do Maranhão. O órgão reforça que operações como essas seguem sendo prioridade no combate à exploração sexual de crianças e adolescentes.

A Polícia Federal também fez um apelo à população: denúncias podem ser feitas de forma anônima pelo Disque 100 ou por meio do site oficial da PF, garantindo o sigilo do denunciante. A colaboração da sociedade é considerada fundamental para desarticular redes criminosas que atuam na internet.

Com essas operações, a PF reforça sua atuação integrada e contínua no enfrentamento a crimes digitais, sobretudo os que envolvem vítimas em situação de vulnerabilidade, como crianças. O avanço da tecnologia tem sido, ao mesmo tempo, ferramenta de crime e instrumento de investigação.

Essas ações mostram que o Maranhão segue no radar nacional de combate à pedofilia e à pornografia infantil, exigindo vigilância permanente de autoridades, pais e educadores para proteger as novas gerações.

Desenvolvido em WordPress & Tema por WeZ | Agência Digital