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Ataque hacker desvia R$ 26 milhões da fintech FictorPay; BC ainda não se pronunciou

 

Ataque hacker à fintech FictorPay desvia R$ 26 milhões; falha foi explorada em aplicativo interno da empresa.

Ataque hacker à fintech FictorPay desvia R$ 26 milhões; falha foi explorada em aplicativo interno da empresa.

Sistema financeiro volta a ser alvo de criminosos digitais

O sistema financeiro nacional voltou a ser alvo de criminosos cibernéticos. No último domingo (19/10), a fintech FictorPay, controlada pela holding Fictor, sofreu um ataque hacker que resultou em um rombo de R$ 26 milhões.
A informação foi divulgada inicialmente pelo portal PlatôBR.

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Segundo a investigação preliminar, os hackers se aproveitaram de uma vulnerabilidade em aplicativos internos da companhia e realizaram pelo menos 280 transações via Pix para 270 contas-laranja abertas em diferentes bancos e fintechs.

Como o ataque foi realizado

O golpe começou com a invasão à conta de uma prestadora de serviços da FictorPay, o que permitiu aos criminosos efetuar transferências não sujeitas ao limite de valores imposto pelo Banco Central (BC).
A fintech, por não ser participante direta do Pix, opera por meio de intermediárias, que são prestadoras de serviços de tecnologia financeira (PSTI) autorizadas pelo BC.

Veja também: Instabilidade do Pix em grandes cidades coincide com falha na Amazon

Uma dessas intermediárias é a Celcoin, que confirmou ter detectado uma “movimentação atípica” em uma conta de cliente.
Em nota, a empresa informou:

“Assim que o comportamento foi percebido, bloqueamos preventivamente as operações e alertamos imediatamente o cliente. As análises indicam que a origem do incidente está em uma empresa provedora de soluções de aplicativo ‘white label’, utilizada por este cliente e por outras empresas do mercado, impactando diversos players de BaaS e Core Banking, sem qualquer relação com a Celcoin.”

A Celcoin acrescentou que nenhum dado foi comprometido e que todas as operações permanecem estáveis e seguras, em conformidade com as normas do Banco Central.

FictorPay e Fictor Holding

A FictorPay é uma fintech pertencente à Fictor Holding, grupo fundado em 2007, com atuação nos setores financeiro, alimentício e de infraestrutura. A empresa possui cerca de 4 mil funcionários e vinha expandindo suas operações no mercado de pagamentos digitais e banking as a service (BaaS).

O ataque representa um duro golpe na credibilidade do setor, que enfrenta uma onda crescente de ciberataques complexos desde o início de 2024.

Quinto ataque em três meses

O caso da FictorPay é o quinto ataque hacker registrado em apenas três meses contra instituições que se conectam ao Sistema de Pagamentos Brasileiro (SPB), ambiente que abriga o Pix, as TEDs e a liquidação interbancária.

Antes da FictorPay, os alvos foram:

  • C&M Software, com prejuízo superior a R$ 1 bilhão;
  • Sinqia, com rombo estimado em R$ 710 milhões;
  • Monetaire (Monbank), atacada em setembro, com R$ 4,9 milhões desviados;
  • e E2 Pay, também vítima de invasão recente.

Essas empresas atuam como pontes tecnológicas entre bancos e o Banco Central, fornecendo infraestrutura digital para liquidação de pagamentos e serviços financeiros.

Nos casos da C&M e da Sinqia, os hackers chegaram a acessar contas de reserva de instituições financeiras mantidas pelo BC, comprometendo temporariamente o sistema de liquidação do Pix.

Banco Central ainda não se pronunciou

Até o momento, o Banco Central do Brasil não se manifestou oficialmente sobre o ataque à FictorPay.
Fontes ouvidas por portais especializados indicam que a autoridade monetária acompanha o caso de perto e pode determinar bloqueios preventivos de valores assim que a investigação avançar.

Nos episódios anteriores, o BC conseguiu recuperar cerca de R$ 360 milhões dos valores desviados no caso da Sinqia.

Novas regras de segurança do BC

Diante da escalada de ataques cibernéticos, o Banco Central anunciou em setembro novas normas para reforçar a segurança do Sistema Financeiro Nacional (SFN).
Entre as medidas, está o teto de R$ 15 mil por operação via TED e Pix para instituições de pagamento não autorizadas diretamente pelo BC e que operam por meio de prestadores terceirizados.

A restrição será temporária, podendo ser revogada após a comprovação de protocolos robustos de segurança da informação.
Além disso, o BC determinou que toda instituição de pagamento deverá obter autorização prévia para operar até maio de 2026. Caso o pedido seja negado, a empresa deverá encerrar as atividades em até 30 dias.

Essas medidas visam conter a atuação de grupos criminosos especializados em explorar brechas no ecossistema do Pix, um sistema que movimenta bilhões de reais por dia e é hoje a principal forma de pagamento digital do país.

Histórico de prejuízos milionários

O ataque à C&M Software, ocorrido em junho de 2024, segue sendo considerado o maior ciberataque da história do sistema financeiro brasileiro.
Na ocasião, um funcionário da empresa, João Nazareno Roque, foi preso acusado de facilitar o acesso dos hackers em troca de pagamento.
Os criminosos desviaram valores de diversas instituições, incluindo a provedora BMP, que perdeu R$ 541 milhões sozinha.

Já o caso da Sinqia, registrado em agosto, expôs a vulnerabilidade de grandes empresas de tecnologia financeira.
A companhia identificou que as transações indevidas ocorreram por meio de credenciais legítimas de fornecedores de TI, exploradas por criminosos.

Impacto e alerta para o setor

O ataque à FictorPay reacende o alerta de segurança digital no mercado de fintechs e instituições de pagamento.
Especialistas destacam que, apesar dos avanços em criptografia e autenticação, brechas em sistemas terceirizados e integrações com APIs continuam sendo o elo mais fraco da cadeia de segurança financeira.

Analistas apontam que o caso deve acelerar a implementação das novas normas do Banco Central e pressionar empresas menores a investirem em monitoramento em tempo real e auditorias independentes de segurança.

Câmara de SL aprova uso de pix em pagamentos de passagens de ônibus

Foi aprovado pela câmara Municipal de São Luís na manhã desta segunda-feira (21) o Projeto de Lei do vereador Octávio Soeiro que permite o pagamento de passagem no transporte público municipal com cartão de débito, crédito, pix ou via QR Code. Agora a proposta aguarda a sanção do prefeito de São Luís, Eduardo Braide. 

Segundo o parlamentar, o objetivo é modernizar o sistema de tarifa em São Luís.

O projeto também tem como finalidade testar a adesão e aceitação do novo método de pagamento. Essa nova forma de pagamento será mais uma alternativa para cobrança das passagens de ônibus na cidade de São Luís, trazendo um grande avanço no sistema de transporte público, visando aperfeiçoar ainda mais o pagamento das passagens e facilitar a vida do usuário”, justificou o vereador Octávio Soeiro. 

Em setembro de 2023, o vereador Dr Gutemberg apresentou um projeto semelhante que também pedia a implantação do uso de sistema de pagamento instantâneo, mais conhecido como pix, no sistema de transporte público de São Luís. 

Pela proposta do parlamentar, o programa deveria ser instituído através de projeto técnico elaborado pelo Executivo Municipal, que seria implantado de forma a disponibilizar meios para o pagamento das tarifas através deste meio.

Homem é condenado a devolver pix que recebeu por engano

ilustração na qual aparece uma tela de celular com o aplicativo PIX, e a expressão DEVOLUÇÃO

Um homem foi condenado a devolver o valor de R$ 1.316,35, referente a um PIX que recebeu por engano. A ação tramitou no 7o Juizado Especial Cível e das Relações de Consumo de São Luís, e teve como autor o dono de uma creche. Ele alegou que, em 6 de junho de 2024, realizou uma transação via PIX para a conta do requerido, no valor citado. A operação, no entanto, foi realizada por engano, pois o demandado não era o beneficiário ao qual a parte autora pretendia realizar a transferência.

Após verificar o equívoco, a parte demandante entrou em contato com o número do reclamado via aplicativo WhatsApp, o qual confirmou sua identidade. Contudo, ao questionar a possibilidade de retorno da transferência, não obteve mais resposta. Diante da situação, entrou na Justiça pedindo pela restituição do valor erroneamente transferido. Ao ser citado, o réu não apresentou defesa e nem compareceu à audiência designada pela unidade judicial, que tem como juíza titular Maria José França Ribeiro. Foi decretada a revelia do réu.

“Conforme se observa em documentos anexados ao processo, a parte demandante efetuou transferência ao réu, via PIX, o importe de R$ 1.316,35 (…) Conforme narrado na ação, a parte requerente conseguiu firmar contato com o demandado, mas esse não respondeu e nem se manifestou expressamente sobre a vontade de devolver a quantia a ele transferida (…) Ademais, diante de sua revelia, o reclamado não diz que não recebeu a transferência e nem demonstra que a quantia lhe era, de fato, devida (…) Desse modo, já que o demandado incorreu em posse de quantia que não era sua, entendo necessária a restituição”, destacou a magistrada, citando decisões semelhantes proferidas por outros tribunais em casos semelhantes.

E finalizou: “Assim, entendo que a alegação da parte reclamante está bem fundamentada, já que as provas que estavam ao seu alcance foram produzidas, restando clara a necessidade de devolução dos importes erroneamente transferidos ao requerido (…) Ante todo o exposto, julgo procedentes os pedidos formulados para condenar o réu a pagar à parte autora a quantia de R$ 1.316,35”.

TSE autoriza doações para campanhas eleitorais pelo Pix

Fachada do TSE

O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) autorizou hoje (31) os partidos políticos a utilizarem o Pix, sistema de pagamento instantâneo do Banco Central (BC), para receberem doações de pessoas físicas para as campanhas às eleições de outubro. 

Por unanimidade, os ministros entenderam que as transações realizadas pelo Pix podem ser identificadas e são rastreáveis, não havendo qualquer impedimento para a arrecadação dos recursos. 

O julgamento foi motivado por uma consulta feita pelo PSD ao tribunal. A legenda questionou o TSE sobre a possibilidade receber doações de pessoas físicas pelo Pix, a validade da realização de pagamentos por esse meio de pagamento e a legalidade de venda de convites para eventos partidários fora do período eleitoral. 

Além das doações de pessoas físicas, as campanhas também poderão contar com R$ 4,9 bilhões do Fundo Especial de Financiamento de Campanha (FEFC) em 2022. O recurso é destinado ao financiamento público de campanhas políticas e está previsto no orçamento federal deste ano.

O repasse foi criado pelo Congresso em 2017 após a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF), que, em 2015, proibiu o financiamento das campanhas por empresas privadas. Além do Fundo Eleitoral, os partidos também contam com o Fundo Partidário, que é distribuído anualmente para manutenção das atividades administrativas. Da Agência Brasil.

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