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PF deflagra operação contra fraudes bancárias cibernéticas em Imperatriz: prejuízo passa de R$ 100 mil e alerta se estende ao Maranhão

Polícia Federal realiza operação Laranja Eletrônica 3 em Imperatriz contra grupo acusado de fraudes bancárias virtuais com prejuízo superior a R$ 100 mil.

Polícia Federal realiza operação Laranja Eletrônica 3 em Imperatriz contra grupo acusado de fraudes bancárias virtuais com prejuízo superior a R$ 100 mil.

A Polícia Federal (PF) deflagrou, na manhã desta terça-feira (28), a Operação Laranja Eletrônica 3, em Imperatriz, com o objetivo de desarticular um grupo criminoso envolvido em fraudes bancárias cibernéticas que causaram um prejuízo superior a R$ 100 mil.

Mandados e investigações em andamento

Durante a ação, foram cumpridos três mandados de busca e apreensão expedidos pela Justiça Federal de Imperatriz. A operação faz parte de uma série de investigações sobre o uso de laranjas digitais, ou seja, contas abertas em nome de terceiros, usadas para movimentar valores desviados de vítimas de golpes virtuais.

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Segundo a PF, os investigados poderão responder por furto mediante fraude, crime previsto no artigo 155 do Código Penal. As apurações continuam para identificar outros possíveis integrantes da rede criminosa e rastrear os fluxos financeiros das transações suspeitas.

“Nosso foco é identificar toda a cadeia envolvida e interromper o ciclo das fraudes eletrônicas que vêm afetando correntistas em todo o estado”, destacou um investigador da PF.

Cresce alerta sobre golpes com cartões de crédito no Maranhão

Enquanto a operação avança em Imperatriz, um novo tipo de golpe com cartões de crédito tem preocupado moradores de São Luís e outras cidades maranhenses.
De acordo com o delegado Jalves Carvalho, da Polícia Civil do Maranhão, diversas pessoas relataram tentativas de compras no valor de R$ 199, realizadas por meio de transações suspeitas.

As movimentações têm aparecido em nome de “Raildo Paulo da Silva”, “Vaunice” e “pg*ton Jessica Kuhn”, segundo o delegado. Embora a maioria das transações tenha sido negada pelos bancos, o número de tentativas vem aumentando — inclusive com relatos recentes em Imperatriz.

Como se proteger de fraudes e compras indevidas

O alerta divulgado nas redes sociais da Polícia Civil recomenda que os consumidores monitorem seus extratos e bloqueiem temporariamente seus cartões em caso de notificações suspeitas.

Se a tentativa foi negada:

  • Bloqueie o cartão nas carteiras digitais e no pagamento por aproximação;
  • Monitore o aplicativo do banco por 48 horas;

Se a compra foi aprovada:

  • Comunique imediatamente o banco ou operadora do cartão;
  • Guarde comprovantes das transações e registros de atendimento;

Mesmo que o cartão não tenha sido alvo, a recomendação é bloquear temporariamente como medida preventiva e só desbloquear quando for realmente necessário.

Cibercrimes em expansão

A PF reforça que o aumento das fraudes eletrônicas está ligado à sofisticação dos golpes digitais, especialmente em transações via aplicativos e redes sociais.
Nos últimos meses, diversas operações vêm sendo deflagradas em todo o país para combater grupos especializados em phishing, clonagem de cartões e desvio de valores via PIX.

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A Operação Laranja Eletrônica 3 marca mais um passo da PF no enfrentamento desse tipo de crime, com foco em identificar laranjas, intermediários e os beneficiários finais dos golpes.

Justiça Eleitoral cassa prefeito de São Benedito do Rio Preto por desvio de verbas do Fundeb: entenda o caso

Prefeito Wallas Rocha é cassado por uso irregular de verbas do Fundeb em São Benedito do Rio Preto; decisão inclui inelegibilidade por oito anos.

Prefeito Wallas Rocha é cassado por uso irregular de verbas do Fundeb em São Benedito do Rio Preto; decisão inclui inelegibilidade por oito anos.

A Justiça Eleitoral determinou, nesta terça-feira (28), a cassação do mandato do prefeito de São Benedito do Rio Preto, Wallas Gonçalves Rocha (Republicanos), e de sua vice, Débora Heilmann Mesquita, por abuso de poder político e econômico. A decisão, proferida pela 73ª Zona Eleitoral de Urbano Santos, considerou comprovado o uso irregular de recursos do Fundeb para fins eleitorais.

Desvio de verbas e abuso de poder

Segundo a sentença, Rocha utilizou valores públicos da educação básica para cooptar apoio político durante o pleito de 2024. A Ação de Investigação Judicial Eleitoral (Aije) comprovou o pagamento ilegal de serviços e repasses em dinheiro a pessoas ligadas ao grupo político do gestor, sem contratos, licitação ou vínculo funcional.

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Entre os depoimentos, testemunhas relataram pagamentos em espécie após obras realizadas de forma verbal com o prefeito. Em outro caso, uma professora teria recebido R$ 5 mil sem contracheque nem registro formal. O juiz classificou as condutas como de “extrema reprovabilidade”, afirmando que o uso dos recursos do Fundeb teve impacto direto no equilíbrio do processo eleitoral.

Sanções e consequências

A decisão cassou o diploma do prefeito e da vice-prefeita e declarou inelegibilidade de Wallas Rocha por oito anos, contados a partir das eleições de 2024. Débora Heilmann, no entanto, não foi incluída na inelegibilidade por falta de provas de envolvimento direto.

O juízo determinou ainda a retotalização dos votos após o trânsito em julgado e o envio do processo ao Ministério Público Eleitoral (MPE) para as medidas cabíveis.

Operação Santa Chaga e afastamento anterior

Antes da decisão eleitoral, Wallas Rocha já havia sido afastado do cargo em 22 de outubro, durante a Operação Santa Chaga, da Polícia Federal, em parceria com a Controladoria-Geral da União (CGU). A ação apura um esquema de desvio de recursos do Fundeb, estimado em R$ 13,5 milhões, supostamente usados para compra de apoio político e repasses a familiares.

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Foram também afastados três servidores municipais: Jairo Viana Frazão (secretário de Educação), Celina Maria Albuquerque (secretária-adjunta) e Andreya Almeida Aguiar Monteiro da Silva (tesoureira).
A operação cumpriu 17 mandados de busca e apreensão em São Benedito do Rio Preto, Jatobá, Urbano Santos e São Luís.

Escândalo ganhou repercussão nacional

O caso veio à tona nacionalmente após reportagem do Fantástico, em novembro de 2024, revelar o desvio milionário de verbas da educação no município maranhense. O programa mostrou que, enquanto escolas enfrentavam falta de transporte escolar e estrutura precária, os recursos eram transferidos para contas de familiares do prefeito e da primeira-dama Brenda Gabrielle Nunes da Silva, também secretária municipal de Assistência Social.

O Ministério Público Eleitoral já havia solicitado a cassação do mandato e a inelegibilidade de Rocha, reforçando o uso indevido de recursos públicos em ano eleitoral.

Reflexos políticos e próximos passos

A defesa do prefeito cassado ainda pode recorrer da decisão. Caso a sentença seja mantida, uma nova retotalização de votos definirá o futuro político do município.

O episódio reacende o debate sobre o uso indevido de recursos da educação em campanhas eleitorais, tema que tem mobilizado órgãos de controle e a própria Justiça Eleitoral em todo o país.

“A utilização de verbas do Fundeb com finalidade política afronta os princípios da administração pública e desequilibra a disputa eleitoral”, afirmou o juiz na sentença.

Com a cassação, São Benedito do Rio Preto entra em mais um capítulo de instabilidade política, enquanto o caso se torna um símbolo de alerta sobre a responsabilidade na gestão de recursos públicos da educação.

Trabalhadores maranhenses são resgatados no Ceará em operação contra trabalho escravo moderno

Operação da Superintendência Regional do Trabalho resgatou 16 trabalhadores em situação análoga à escravidão em Pacatuba (CE).

Operação da Superintendência Regional do Trabalho resgatou 16 trabalhadores em situação análoga à escravidão em Pacatuba (CE).

Uma operação conjunta realizada no Ceará resultou no resgate de 16 trabalhadores do Maranhão e do Piauí que viviam em condições análogas à escravidão. A ação ocorreu na semana passada, mas foi divulgada nesta segunda-feira (27) pela Superintendência Regional do Trabalho no Ceará (SRT-CE).

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Os trabalhadores foram encontrados em um alojamento precário ligado a uma obra no município de Pacatuba, na Região Metropolitana de Fortaleza. Segundo os auditores fiscais, o local não possuía acesso à água potável, e os trabalhadores dormiam em ambientes insalubres e superlotados, sem condições mínimas de higiene.

Durante a fiscalização, as equipes também constataram que os trabalhadores não utilizavam equipamentos de segurança durante as atividades na obra. Uma das vítimas chegou a sofrer um acidente de trabalho e não recebeu o devido atendimento.

Além da falta de segurança, a investigação revelou descontos indevidos nos salários e jornadas exaustivas. Diante das irregularidades, os auditores-fiscais embargaram a obra, e a empresa responsável foi obrigada a pagar os salários devidos e garantir o retorno das vítimas aos seus estados de origem.

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A ação contou com o apoio do Ministério Público do Trabalho (MPT) e da Polícia Federal (PF), reforçando a integração entre os órgãos no combate ao trabalho escravo contemporâneo.

Como denunciar casos de trabalho escravo

Denúncias podem ser feitas de forma anônima e gratuita pelo Sistema Ipê, disponível pela internet. O canal permite o envio de informações detalhadas sobre suspeitas de exploração laboral em qualquer parte do país.

O resgate reforça a importância da fiscalização contínua e da denúncia da população para combater práticas que ainda persistem em diversos setores da economia, especialmente na construção civil e em áreas rurais.

PF pede ao STF investigação sobre suposta entrada de Filipe Martins nos EUA

 

PF pede investigação sobre suposta entrada de Filipe Martins nos EUA; CBP nega passagem do ex-assessor de Bolsonaro no país.

PF pede investigação sobre suposta entrada de Filipe Martins nos EUA; CBP nega passagem do ex-assessor de Bolsonaro no país.

PF solicita nova investigação ao STF

A Polícia Federal (PF) pediu ao Supremo Tribunal Federal (STF) a abertura de uma investigação para apurar a suposta entrada do ex-assessor especial para assuntos internacionais da Presidência, Filipe Martins, nos Estados Unidos, em dezembro de 2022.

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O pedido foi feito após o ministro Alexandre de Moraes solicitar esclarecimentos à PF sobre a controvérsia que envolve a viagem do ex-assessor, considerado um dos réus do chamado “Núcleo 2” da trama golpista que investigou a tentativa de ruptura institucional no país.

Departamento americano nega entrada de Martins

A dúvida sobre a viagem surgiu após o Departamento de Alfândega e Proteção de Fronteiras dos Estados Unidos (CBP) divulgar uma nota oficial negando que Filipe Martins tenha entrado no território norte-americano no dia 30 de dezembro de 2022.
De acordo com o CBP, o registro de entrada que apareceu nos sistemas oficiais não corresponde à realidade e ainda está sob investigação interna.

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A PF suspeita que os dados tenham sido inseridos de forma fraudulenta com o objetivo de atrapalhar as investigações relacionadas aos atos de 8 de janeiro de 2023, quando bolsonaristas invadiram as sedes dos Três Poderes, em Brasília.

Filipe Martins e a “minuta do golpe”

Filipe Martins é apontado pela Procuradoria-Geral da República (PGR) como um dos autores da minuta do golpe de Estado, documento que teria circulado nos últimos dias do governo Jair Bolsonaro e que previa a decretação de estado de sítio e prisão de autoridades, incluindo ministros do STF.

O ex-assessor foi preso em fevereiro de 2024, acusado de simular uma saída do Brasil e de tentar escapar da investigação. Ele foi solto seis meses depois, por decisão do ministro Alexandre de Moraes, e passou a usar tornozeleira eletrônica.

Defesa nega viagem e critica prisão

A defesa de Filipe Martins nega que ele tenha deixado o Brasil ou entrado nos Estados Unidos em qualquer momento de dezembro de 2022.
Os advogados afirmam que a prisão do ex-assessor foi baseada em informações falsas, e que a PF já havia sido informada oficialmente pela embaixada americana sobre a inexistência de registro de entrada.

“A defesa reitera que Filipe Martins jamais viajou para os Estados Unidos em dezembro de 2022. A prisão decretada com base nessa alegação foi injusta e carece de fundamento fático”, afirmaram os representantes do ex-assessor em nota.

Contexto da investigação

O nome de Martins aparece entre os réus ligados ao segundo núcleo investigado pela PF, conhecido como “Núcleo 2”, que teria atuado na formulação intelectual e política da tentativa de golpe.
Esse grupo é composto por ex-assessores, militares e aliados próximos de Jair Bolsonaro, responsáveis por orientar, redigir e difundir estratégias para impedir a posse do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

O caso faz parte do inquérito das Milícias Digitais, que apura a disseminação de informações falsas, incitação à desobediência civil e tentativa de golpe de Estado.

Moraes cobra esclarecimentos e transparência

A solicitação de investigação sobre a suposta viagem foi feita após Alexandre de Moraes cobrar da PF detalhes sobre as contradições nos registros de fronteira.
O ministro destacou a gravidade da inconsistência, uma vez que o registro de saída e entrada em sistemas internacionais costuma ser rigorosamente controlado e compartilhado entre países aliados.

Fontes próximas ao STF afirmam que Moraes quer entender se houve falha técnica, manipulação de dados ou tentativa deliberada de interferência nas investigações sobre o 8 de janeiro.

Situação atual do ex-assessor

Atualmente, Filipe Martins responde em liberdade, mas mantém restrições judiciais. Além da tornozeleira eletrônica, ele não pode sair do país nem se comunicar com outros investigados.
A PF deve cruzar dados de movimentação bancária, comunicações e deslocamentos para verificar se houve qualquer tentativa de simulação de viagem ou inserção indevida em sistemas internacionais.

PF quer investigar entrada de ex-assessor de Bolsonaro nos EUA

Ex-assessor de Bolsonaro, Filipe Martins é alvo de nova investigação da PF sobre possível entrada irregular nos Estados Unidos, em 2022.

Ex-assessor de Bolsonaro, Filipe Martins é alvo de nova investigação da PF sobre possível entrada irregular nos Estados Unidos, em 2022.

Departamento americano negou que Filipe Martins ingressou no país

A Polícia Federal (PF) pediu nesta segunda-feira (20) ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), a abertura de uma nova investigação. O objetivo é apurar a suposta entrada de Filipe Martins, ex-assessor de Jair Bolsonaro, nos Estados Unidos em dezembro de 2022.

O pedido ocorreu após Moraes solicitar explicações à PF sobre divergências na possível viagem de Martins. A entrada teria acontecido uma semana antes dos atos de 8 de janeiro de 2023, quando prédios dos Três Poderes foram invadidos em Brasília.

Veja mais: Moraes autoriza Bolsonaro a realizar festa de 15 anos da filha sob vigilância

O Departamento de Alfândega e Proteção de Fronteiras dos Estados Unidos (CBP) divulgou uma nota pública negando a entrada do ex-assessor em 30 de dezembro de 2022. Essa é a mesma data registrada no sistema brasileiro como o suposto desembarque de Martins em Orlando, na Flórida.

A origem da polêmica

A confusão começou no início das investigações sobre a trama golpista associada a aliados de Bolsonaro. A PF encontrou registros migratórios que indicavam a entrada de Martins em território americano usando passaporte diplomático. Isso teria ocorrido poucos dias antes de Bolsonaro deixar o Brasil.

Essa informação serviu como base para incluir Martins entre os investigados na Petição 12.100/DF, que apura a tentativa de anular o resultado das eleições de 2022.

A Procuradoria-Geral da República (PGR) apontou o ex-assessor como um dos autores da chamada “minuta de golpe”, documento que previa medidas para impedir a posse do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva.

No entanto, a nota divulgada pelo governo dos EUA negando a entrada de Martins criou um impasse. Agora, a PF quer esclarecer se houve erro administrativo ou simulação deliberada de passagem migratória.

O que diz a Polícia Federal

O delegado Fábio Shor explicou que existem indícios suficientes para justificar uma investigação independente. Segundo ele, o caso pode envolver o uso indevido de prerrogativas diplomáticas para criar um registro falso.

“O registro de entrada, ainda que indiciário, mostra a possibilidade de que integrantes da organização criminosa, abusando das prerrogativas diplomáticas, tenham simulado uma entrada de Filipe Martins em território norte-americano”, disse o delegado.

O procedimento migratório de chefes de Estado e assessores com passaporte diplomático é diferente. Ele dispensa a presença física do viajante perante as autoridades de imigração. Segundo Shor, esse processo especial pode ter sido usado para fabricar uma entrada inexistente.

Nos registros iniciais, a PF havia identificado o uso do passaporte de Martins e um registro de chegada em Orlando no dia 30 de dezembro de 2022. Por isso, o delegado defende que o caso seja tratado como um inquérito específico, para evitar dúvidas sobre a autenticidade dos dados.

A defesa de Filipe Martins

A defesa nega qualquer viagem aos Estados Unidos naquele período. Os advogados afirmam que Martins não deixou o Brasil e que a prisão preventiva, decretada com base nessa informação, foi injusta.

Os representantes do ex-assessor também afirmam que ele foi vítima de um erro e que seu nome foi incluído indevidamente em registros diplomáticos.

Em agosto de 2024, Moraes determinou a libertação de Martins, que passou a usar tornozeleira eletrônica. Apesar disso, ele continua réu no inquérito sobre a organização criminosa e a tentativa de golpe de Estado.

“O caso foi construído sobre uma premissa falsa”, afirmam os advogados, que continuam pedindo a revisão das acusações.

Implicações políticas e jurídicas

A nova investigação tem peso político e jurídico. Se for comprovado que houve fraude, a PF poderá descobrir quem criou ou autorizou o registro falso. Caso contrário, se ficar provado que foi um erro administrativo, a defesa pode alegar abuso processual e enfraquecer parte da acusação.

Além disso, o caso reacende o debate sobre o uso de passaportes diplomáticos e a falta de transparência nas viagens oficiais do último governo. Martins fazia parte do núcleo estratégico do Palácio do Planalto e tinha acesso direto ao ex-presidente.

Por outro lado, a situação mostra que o processo migratório especial de comitivas oficiais pode abrir brechas para manipulação de registros. O tema deve gerar novas medidas de controle tanto no Brasil quanto em futuras cooperações internacionais.

Contexto da investigação

A Petição 12.100/DF, conduzida por Moraes, investiga vários núcleos que teriam participado da tentativa de golpe. Filipe Martins aparece no Núcleo 2, ao lado de militares e ex-assessores de Bolsonaro. Todos são acusados de participar da elaboração de medidas para reverter o resultado das urnas.

A nova apuração pode revelar outros envolvidos na suposta simulação de viagem. A nota do governo americano, divulgada oficialmente pelo CBP, é vista como prova importante para o avanço da investigação.

O STF deve decidir nos próximos dias se autoriza a nova linha de apuração. Caso seja aprovada, a investigação ocorrerá dentro do processo principal dos atos antidemocráticos, garantindo transparência e acesso direto às informações.

Enquanto isso, a PF continua coletando dados e analisando os protocolos de viagem usados por comitivas presidenciais no fim de 2022. O objetivo é identificar se houve manipulação deliberada dos sistemas migratórios.

O que vem a seguir

A solicitação da PF marca uma nova fase nas apurações sobre o 8 de janeiro. O caso de Filipe Martins pode abrir precedentes para revisar outras viagens diplomáticas do período de transição de governo.

Além das implicações jurídicas, o caso tem repercussões políticas. Ele reforça o debate sobre responsabilidade institucional e uso indevido do poder público durante o governo Bolsonaro.

Por fim, o resultado dessa investigação pode influenciar decisões futuras do STF e definir novos rumos para os processos relacionados aos atos antidemocráticos.

 

Fonte Agência Brasil

PF apreende lista com nomes de dez deputados do Maranhão em operação sobre desvios na Cultura

 

Polícia Federal apreendeu documento com nomes de dez deputados estaduais do Maranhão durante prisão de assessora parlamentar em São Luís.

Polícia Federal apreendeu documento com nomes de dez deputados estaduais do Maranhão durante prisão de assessora parlamentar em São Luís.

Polícia Federal apreende documento com nomes de parlamentares

A Polícia Federal apreendeu um documento contendo nomes de dez deputados estaduais do Maranhão durante a prisão de Larissa Rezende, assessora da deputada Andreia Rezende (PSB). A detenção ocorreu na última sexta-feira (17), durante operação que investiga suposto esquema de lavagem de dinheiro e desvio de recursos públicos provenientes de emendas parlamentares destinadas à Secretaria de Estado da Cultura (Secma).

Segundo informações publicadas pela jornalista Carla Lima, do portal Imirante.com, o relatório da PF detalha que o material apreendido com Larissa inclui nomes de deputados, associações beneficiadas, títulos de eventos culturais e valores repassados pela Secma.

Lista inclui dez deputados estaduais

Os nomes citados no documento são:

  • Antônio Pereira (PSB)
  • Arnaldo Melo (PP)
  • Guilherme Paz (PRD)
  • Júnior Cascaria (Pode)
  • Cláudia Coutinho (PDT)
  • Leandro Bello (Pode)
  • Juscelino Marreca (PRD)
  • Wellington do Curso (Novo)
  • Florêncio Neto (PSB)
  • Helena Duailibe (PP)

Entre os parlamentares, Guilherme Paz aparece com cinco emendas indicadas junto à Secretaria de Cultura. Leandro Bello teria sete emendas, cada uma de R$ 250 mil, e Juscelino Marreca é citado oito vezes, também com emendas de R$ 250 mil.

Esquema investigado envolve repasses da Secma

A investigação da PF busca esclarecer se parte dos recursos destinados a projetos culturais foi desviada por meio de entidades supostamente ligadas ao esquema, com liberação irregular de verbas públicas.

De acordo com a apuração de Carla Lima, Larissa Rezende atuava intermediando projetos culturais e captando emendas parlamentares, mantendo acesso facilitado à Secma e servindo de ponte entre deputados e associações beneficiadas.

Deputados se manifestam sobre a investigação

Até o momento, apenas dois deputados citados na lista se pronunciaram.
O deputado Guilherme Paz informou que irá reunir sua equipe para verificar as emendas mencionadas antes de emitir um posicionamento oficial.
Helena Duailibe confirmou ter indicado uma emenda para o projeto “Festividade das Crianças da Ilha”, mas negou qualquer ligação com o material apreendido em posse de Larissa Rezende.

Os demais parlamentares listados não se manifestaram até o momento.

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