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Trabalhadores maranhenses são resgatados no Ceará em operação contra trabalho escravo moderno

Operação da Superintendência Regional do Trabalho resgatou 16 trabalhadores em situação análoga à escravidão em Pacatuba (CE).

Operação da Superintendência Regional do Trabalho resgatou 16 trabalhadores em situação análoga à escravidão em Pacatuba (CE).

Uma operação conjunta realizada no Ceará resultou no resgate de 16 trabalhadores do Maranhão e do Piauí que viviam em condições análogas à escravidão. A ação ocorreu na semana passada, mas foi divulgada nesta segunda-feira (27) pela Superintendência Regional do Trabalho no Ceará (SRT-CE).

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Os trabalhadores foram encontrados em um alojamento precário ligado a uma obra no município de Pacatuba, na Região Metropolitana de Fortaleza. Segundo os auditores fiscais, o local não possuía acesso à água potável, e os trabalhadores dormiam em ambientes insalubres e superlotados, sem condições mínimas de higiene.

Durante a fiscalização, as equipes também constataram que os trabalhadores não utilizavam equipamentos de segurança durante as atividades na obra. Uma das vítimas chegou a sofrer um acidente de trabalho e não recebeu o devido atendimento.

Além da falta de segurança, a investigação revelou descontos indevidos nos salários e jornadas exaustivas. Diante das irregularidades, os auditores-fiscais embargaram a obra, e a empresa responsável foi obrigada a pagar os salários devidos e garantir o retorno das vítimas aos seus estados de origem.

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A ação contou com o apoio do Ministério Público do Trabalho (MPT) e da Polícia Federal (PF), reforçando a integração entre os órgãos no combate ao trabalho escravo contemporâneo.

Como denunciar casos de trabalho escravo

Denúncias podem ser feitas de forma anônima e gratuita pelo Sistema Ipê, disponível pela internet. O canal permite o envio de informações detalhadas sobre suspeitas de exploração laboral em qualquer parte do país.

O resgate reforça a importância da fiscalização contínua e da denúncia da população para combater práticas que ainda persistem em diversos setores da economia, especialmente na construção civil e em áreas rurais.

Operação resgata 108 maranhenses em situação análoga à escravidão em Goiás

Operação nacional resgata 108 maranhenses em situação análoga à escravidão em usina de Goiás; vítimas viviam em condições degradantes.

Operação nacional resgata 108 maranhenses em situação análoga à escravidão em usina de Goiás; vítimas viviam em condições degradantes.

 

Uma operação nacional contra o trabalho escravo resgatou 108 trabalhadores submetidos a condições degradantes no município de Vila Boa de Goiás, na divisa com o Distrito Federal.
A ação, realizada entre os dias 23 e 30 de setembro, revelou um esquema de aliciamento de mão de obra maranhense para o corte de cana-de-açúcar em uma usina de álcool da região.

A operação foi conduzida por uma força-tarefa do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), Ministério Público do Trabalho (MPT) e Polícia Federal (PF), que constatou graves violações aos direitos humanos, caracterizando trabalho em condições análogas à escravidão.

Condições degradantes e risco à saúde

Os auditores-fiscais encontraram os trabalhadores sem banheiros, locais de refeição ou abrigo adequado.
As marmitas eram consumidas no chão, sob o sol forte, em meio à poeira e fuligem da cana queimada.

A água servida estava contaminada por bactérias, segundo laudo técnico que detectou a presença de E. coli, causadora de gastroenterite, diarreia e até cólera.

Nos alojamentos, a situação era igualmente precária:

  • Casas sem ventilação, higiene ou roupas de cama;
  • Trabalhadores amontoados em ambientes abafados;
  • Alguns dormindo ao relento;
  • Ônibus irregulares utilizados no transporte da equipe;
  • Risco constante de ataques de animais peçonhentos.

Medidas e indenizações

Após a fiscalização, as frentes de corte, alojamentos e veículos foram interditados.
As vítimas foram acolhidas em hotéis da cidade, tiveram os contratos rescindidos e receberam todas as verbas rescisórias.

Os trabalhadores terão direito a:

  • Três parcelas do seguro-desemprego especial;
  • Transporte de retorno ao Maranhão, custeado pela empresa;
  • Indenizações por danos morais individuais e coletivos.

O empregador assinou um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) com o MPT, comprometendo-se a regularizar as condições de trabalho e reparar os danos causados.

Denúncias

Casos de trabalho escravo ou condições degradantes podem ser denunciados de forma anônima pelo Sistema Ipê, disponível no site:
👉 https://ipe.sit.trabalho.gov.br/#!/

O Maranhão continua entre os principais estados de origem de trabalhadores resgatados em operações de combate ao trabalho escravo no país.
Segundo o MTE, a vulnerabilidade social, o desemprego e a falta de oportunidades impulsionam o recrutamento ilegal de mão de obra maranhense para atividades rurais em outros estados.

Dez pessoas são resgatadas de trabalho escravo em fazendas e comunidade terapêutica no Maranhão

Dez pessoas são resgatadas de trabalho escravo em fazendas e comunidade terapêutica no Maranhão; vítimas viviam sem salário e em condições degradantes.

Dez pessoas são resgatadas de trabalho escravo em fazendas e comunidade terapêutica no Maranhão; vítimas viviam sem salário e em condições degradantes.

Uma operação conjunta do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), Ministério Público do Trabalho (MPT), Polícia Federal (PF) e Defensoria Pública da União (DPU) resgatou dez pessoas em situação análoga à escravidão em Monção, Pinheiro e Imperatriz, no interior do Maranhão.
As ações ocorreram entre 15 de setembro e 10 de outubro, em oito fazendas e uma comunidade terapêutica, e revelaram condições de exploração extrema, ausência de remuneração e precariedade nas moradias e ambientes de trabalho.

Situação crítica em Monção e Pinheiro

Em Monção, um vaqueiro que trabalhava há 15 anos sem direitos trabalhistas em uma fazenda de pecuária informal foi encontrado morando com a família em uma casa de taipa sem banheiro e em condições insalubres.
Após a fiscalização, o empregador foi obrigado a pagar R$ 65.952,88 em rescisões trabalhistas retroativas e R$ 10 mil por danos morais, além de garantir o seguro-desemprego em três parcelas de um salário mínimo.

Já em Pinheiro, na região da Baixada Maranhense, outro vaqueiro não recebia salário desde 2012. Após o desabamento de sua casa, ele passou a viver de favor em uma propriedade vizinha, também sem banheiro e sem acesso à água potável.
Mesmo após firmar termo de ajustamento com o MPT e a DPU, o empregador ainda não quitou as verbas rescisórias, impedindo que o trabalhador fosse habilitado para o seguro-desemprego.


Exploração em comunidade terapêutica de Imperatriz

Em Imperatriz, oito pessoas foram resgatadas de uma comunidade terapêutica para dependentes químicos, onde eram obrigadas a trabalhar sem remuneração em tarefas de limpeza, preparo de alimentos e obras na construção da nova sede.

A investigação constatou que os documentos pessoais eram retidos, o contato com familiares era restrito, e não havia supervisão técnica no tratamento dos acolhidos.
As famílias pagavam R$ 300 mensais para manter os pacientes no local, que apresentava dormitórios e banheiros precários, água sem filtragem e instalações elétricas inseguras.

O responsável pela instituição firmou termo de ajustamento de conduta (TAC) com o MPT e se comprometeu a pagar mais de R$ 56 mil em verbas rescisórias de forma parcelada. As vítimas foram cadastradas no CadÚnico e habilitadas a receber o seguro-desemprego.

Maranhão soma 61 resgates em 2025

Com essa operação, subiu para 61 o número de trabalhadores resgatados de condições análogas à escravidão no Maranhão apenas em 2025.
As ações fazem parte da Operação Resgate V, iniciativa nacional que reúne órgãos federais no combate à exploração de trabalhadores e na reintegração social das vítimas.

“O trabalho análogo à escravidão ainda é uma realidade em áreas rurais e urbanas. As operações buscam garantir dignidade, justiça e o cumprimento da lei”, destacou o MPT em nota.

PF deflagra operação de combate ao trabalho escravo

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A Polícia Federal deflagrou nesta quarta-feira (24/7), na cidade de Grajaú/MA, a Operação Sem Descanso II. A ação consiste no cumprimento de um mandado de busca e apreensão em desfavor de investigado pela prática do crime de submissão de trabalhadores a condições análogas à escravidão.

No decorrer da investigação já foram resgatados 24 trabalhadores em condições degradantes e jornadas exaustivas em diversas carvoarias do investigado no interior do Maranhão.

A medida cumprida nesta data tem por objetivo obter novos elementos que possibilitem aprofundar a investigação e, eventualmente, apontar outros envolvidos e novas vítimas.

MPT-MA registra aumento de 31% em denúncias recebidas em 2022

Balanço divulgado nesta quarta-feira (4) pelo Ministério Público do Trabalho no Maranhão (MPT-MA) revela um aumento de 31% no número de denúncias recebidas no ano de 2022 em comparação com 2021. No ano passado, o órgão recebeu 1836 notícias de fato. A média é de 153 por mês, 38 por semana e cinco por dia. Em 2021, foram registradas 1404 denúncias.

Áreas recordistas

De acordo com o levantamento, houve um salto de casos em quatro áreas: meio ambiente de trabalho; assédio moral, sexual e eleitoral; trabalho infantil e trabalho escravo. Em 2022, das 1836 denúncias recebidas, 488 envolveram de irregularidades no meio ambiente de trabalho. Situações de assédio moral, sexual e eleitoral totalizaram 240 casos. A exploração do trabalho infantil resultou em 149 denúncias e o trabalho análogo à escravidão acumulou 80 casos reportados ao MPT-MA.

Recorde de denúncias de trabalho escravo

No caso específico da escravidão contemporânea, o número é recorde no histórico dos últimos 23 anos (de 2000 a 2022) pelo órgão. Só no ano passado, o MPT-MA realizou 14 forças-tarefas que resultaram no resgate de 84 trabalhadores de situação semelhante à de escravo. As 14 operações percorreram 19 municípios maranhenses: São Félix de Balsas, Chapadinha, Centro Novo do Maranhão, Montes Altos, Governador Edson Lobão, Porto Franco, Imperatriz, Loreto, Arame, Estreito, Bacabeira, São Luís, Cindelândia, Barra do Corda, Sítio Novo, Grajaú, São Raimundo das Mangueiras, Mirador e Balsas.

Em 2021, das 1404 denúncias registradas, foram 376 casos de irregularidades no meio ambiente laboral, 124 denúncias de assédio moral, sexual e eleitoral, 44 de trabalho escravo e 42 de trabalho infantil. Denúncias de trabalho infantil subiram 254% Logo, no comparativo de 2021 e 2022, houve aumento de 254% nos casos de trabalho infantil, de 93,5% nos casos de assédio moral, sexual e eleitoral, de 81,8% nas denúncias de trabalho escravo e de 29,7% nas denúncias de irregularidades no meio ambiente de trabalho.

Atuação dos procuradores do MPT-MA No ano passado, os procuradores do Trabalho instauraram 420 inquéritos civis para apurar as denúncias, ajuizaram 71 ações civis públicas (ACP) para cobrar na justiça o cumprimento da legislação trabalhista.

Eles também firmaram 66 termos de ajustamento de conduta (TAC) com empregadores que concordaram em regularizar os casos de forma administrativa, sem necessidade de acionamento dos órgãos do Judiciário. Os procuradores do Trabalho atenderam a 97 pedidos de mediação de conflitos entre patrões e empregados e instauraram 17 procedimentos promocionais para promover ações em diversas áreas, como combate ao trabalho infantil (Programa Infância sem Trabalho) e ao trabalho escravo (forças-tarefas de resgate), promoção do meio ambiente de trabalho seguro e saudável, combate ao assédio eleitoral no ano de 2022, entre outras.

Como denunciar

O recebimento de denúncias trabalhistas funciona 24 horas por dia no site do MPT (mpt.mp.br) e também pelo aplicativo MPT Pardal, para celulares com sistemas Android ou iOS. É possível garantir o sigilo ou o anonimato dos denunciantes.

Empresário é preso em Grajaú, durante segunda fase da operação da PF que combate trabalho escravo em carvoarias do Maranhão

A Polícia Federal cumpriu um mandado de prisão preventiva na manhã desta quinta-feira (10), na cidade de Grajaú. Trata-se da segunda fase da “operação SEM DESCANSO”, tendo sido a primeira fase deflagrada em abril deste ano, visando reprimir o crime de redução de trabalhadores à condição análoga à de escravo em carvoarias do Maranhão.

A investigação iniciou-se a partir do resgate de 11 pessoas no município de Mirador, em julho de 2021, pela Superintendência Regional do Trabalho e Emprego no Maranhão. Conforme apurado, as vítimas trabalhavam em uma das várias carvoarias dos suspeitos e estavam sendo submetidas à jornada de trabalho exaustiva, especialmente os carbonizadores e as cozinheiras. Primeiramente, os trabalhadores tinham descanso a cada 40 (quarenta) dias, oportunidade em que receberiam o pagamento “mensal”, obtendo 05 (cinco) dias de folga, incluído o dia de ida e volta para casa. Ou seja, durante 40 dias eles trabalhavam de domingo a domingo, sem o intervalo mínimo interjornadas inclusive.

Um segundo exemplo de irregularidade encontrada refere-se à jornada de trabalho diária extremamente exaustiva. Em relação às cozinheiras, cada UPC (unidade produtora de carvão) possuía apenas uma, a qual era responsável não só pelo preparo de todas as refeições para cerca de 25 pessoas daquela unidade, como também pela higienização e limpeza de toda edificação de apoio e alojamento. Dessa forma, a jornada de trabalho começava às 04:00 horas até às 13:00, retornando ao trabalho às 15:00 até às 19:00. Já os carbonizadores, que exercem trabalho reconhecidamente insalubre, tinham jornada de 24 (vinte e quatro) horas de maneira intercalada, inclusive durante a madrugada.

Diante desses fatos graves, após representação da Polícia Federal no Maranhão, foram expedidos mandados de busca e apreensão em desfavor dos investigados, com a finalidade de apreender computadores, mídias e quaisquer outros materiais relacionados aos fatos apurados, com o objetivo de identificar outras vítimas exploradas nas carvoarias dos suspeitos, demais envolvidos no esquema criminoso e
o montante ilicitamente recebido pelos investigados com a prática do delito.

A partir da análise do material apreendido, identificou-se outras carvoarias dos suspeitos. Considerando a possibilidade de que eles replicassem as condições de trabalho em todas as carvoarias, realizou-se, juntamente com o Ministério Público do Trabalho e Ministério do Trabalho, novas fiscalizações nos outros estabelecimentos descobertos entre os meses de julho e outubro deste ano. Em todas as quatro
carvoarias recém-descobertas flagrou-se submissão de trabalhadores a condições análogas à escravidão, tendo sido resgatadas outras 08 (oito) vítimas.

Sendo assim, restou demonstrado que os investigados continuavam a praticar o delito, explorando outras vítimas, não obstante as cinco fiscalizações realizadas, além do cumprimento dos mandados de busca e apreensão. Por essa razão, representou-se pela prisão preventiva do principal empresário responsável pelas pessoas jurídicas do grupo.

Os suspeitos poderão responder por cinco crimes de submissão de trabalhadores à condição análoga à escravidão (art.149 do Código Penal). As penas podem chegar a 40 anos de reclusão.

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